segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

UM POUCO DE HISTÓRIA PARA AJUDAR A ELUCIDAR.

Por que a ação militar que teria matado Bin Laden mereceu o nome de Operação Jerônimo? Prescott Bush integrava, em 1918, a associação estudantil Skull & Bones (Crânio e Osso). Desafiado pelos colegas, invadiu um cemitério apache e roubou o escalpo do lendário cacique Jerônimo.
Dono de terras no Texas, Prescott tornou-se um exitoso empresário de petróleo e amigo íntimo de John Foster Dulles, que comandava a CIA por ocasião do assassinato de John Kennedy, em 1963. Dulles convenceu o amigo a fazer um gesto magnânimo e devolver aos apaches o escalpo de Jerônimo. Bush o atendeu, mas não tardou para os indígenas descobrirem que a relíquia restituída era falsa…


A amizade com Dulles garantiu ao filho mais velho de Prescott, George H. Bush, o emprego de agente da CIA. George destacou- se a ponto de, em 1961, coordenar a invasão da Baía dos Porcos, em Cuba. Malgrado a derrota, tornou-se diretor da CIA em 1976.
Triste com o mau desempenho de seu primogênito como 007, Prescott Bush consolava-se com o êxito dele nos negócios de petróleo. E aplaudiu o faro empresarial do filho quando George, em meados dos anos 60, tornou-se amigo de um empreiteiro árabe que viajava com frequência ao Texas: Muhammad Bin Laden. Em 1968, ao sobrevoar os poços de petróleo de Bush, Bin Laden morreu em acidente aéreo no Texas. Mas os laços de família estavam criados.
George Bush não pranteou a morte do amigo. Andava mais preocupado com as dificuldades escolares de seu filho George W. Bush, que só obtinha média C. Para evitar que o filho fosse convocado para o Vietnã, tratou de alistá-lo na Guarda Nacional.
Papai George incentivou o filho a fundar, em meados dos anos 70, sua própria empresa petrolífera, a Arbusto (bush, em inglês) Energy. Graças aos contatos internacionais que o pai mantinha, George filho buscou investimentos de Khaled Bin Mafouz e Salem Bin Laden, o mais velho dos 52 filhos gerados pelo falecido Muhammad. Mafouz era banqueiro da família real saudita e casara com uma das irmãs de Salem. Esses vínculos familiares permitiram que Mafouz se tornasse presidente da Blessed Relief, a ONG árabe na qual trabalhava um dos irmãos de Salem, Osama Bin Laden.
Em 1988, Salem faleceu, como o pai, num desastre de avião.
Naquele mesmo ano, os soviéticos invadiram o Afeganistão. Papai George, que coordenava operações da CIA, recorreu a Osama, um dos irmãos de Salem, que aceitou infiltrar-se no Afeganistão para, monitorado pela CIA, fortalecer a resistência afegã contra os invasores comunistas.
Os dados acima são do analista italiano Francesco Piccioni. Mais detalhes no livro A fortunate son: George W. Bush and the making of an American President, de Steve Hatfield.
Em 1979, a pedido de George Bush pai, então diretor da CIA, Osama, já com 23 anos, transferiu-se para o Afeganistão para administrar os recursos financeiros destinados às operações secretas da agência contra a invasão soviética àquele país. Preocupado com a ofensiva de Moscou, o governo dos EUA havia liberado a mais alta soma que a CIA recebeu para atuar em um só país: US$ 2 bilhões.
Quando o presidente George W. Bush, após 11 de setembro, enquadrou, como crime anexo ao terrorismo o “aproveitamento ilícito de informações privilegiadas”, sabia do que falava. Tudo indica que, graças a essas informações, Osama Bin Laden montou a sua rede terrorista mundo afora, movimentando recursos através de paraísos fiscais.
Talvez Freud pudesse explicar um detalhe das armas escolhidas pelos terroristas de 11 de setembro: aviões. O pai e o irmão mais velho de Osama Bin Laden morreram em acidentes aéreos, ambos nos EUA.
Se o escalpo de Jerônimo era falso, quem garante que Bin Laden foi mesmo morto no Paquistão? Não seria mais útil agarrá-lo vivo e obrigá-lo a revelar tudo sobre a Al-Qaeda? Não duvido que, em algum porta-aviões dos EUA, Bin Laden esteja sendo torturado para dizer o que sabe. Depois, basta adotar a “solução argentina”: atirar o corpo ao mar. Caso o encontrem boiando em alguma praia, ficam por conta dos afiados dentes dos peixes as marcas profundas.

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