quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

MANCHETES E ESCANDALOS

Quem tem paciência para garimpar nas notas curtas dos jornais, tanto em suas edições de papel como na tela do computador, fica sabendo que a comissão criada para estudar o projeto das candidaturas de ficha limpa se reúne na quarta-feira (10/2), na Câmara dos Deputados.

A chamada grande imprensa dá grandes espaços para os escândalos já produzidos, mas não acompanha os esforços para a moralização da política.

Essa comissão informal não tem poderes para definir mudanças no Projeto de Lei 518, de 2009, que tenta colocar restrições a candidaturas eleitorais de cidadãos com problemas na Justiça. Mas pode indicar alterações.

O grupo, que terá um representante de cada partido, não atraiu as figuras mais notórias do Parlamento, e, portanto, não chama a atenção dos repórteres de Brasília, que costumam dar repercussão apenas aos chamados caciques da política.

Acontece que um dos temas mais sérios em tramitação no Congresso, que trata da qualidade moral dos futuros candidatos a cargos eletivos, acaba ficando nas mãos do chamado "baixo clero", aqueles parlamentares que não participam da cúpula mas somam os votos que decidem.

Depois de tantos escândalos e tantas manchetes sobre suspeitas de improbidade de políticos, era de se esperar que a imprensa manifestasse mais interesse pelo projeto que tenta regulamentar o ingresso de "fichas-sujas" na vida pública.

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