quinta-feira, 27 de abril de 2017

EM DEFESA DA VIDA

Nesses últimos dias a mídia, escolas, igrejas, secretarias de saúde, órgãos públicos e tantos grupos se manifestaram sobre a série “13 Reasons Why” (Os treze porquês), série americana disponível gratuitamente aos assinantes do serviço de streaming Netflix. E sobre o jogo Baleia Azul (Blue Whale), que consiste em um jogo clandestino em que no qual são dadas instruções que estimulam atividades autodestrutivas para jovens e adolescentes. Diante dessa ameaça à vida, tomo a liberdade de escrever a respeito da necessidade da formação integral e integradora da juventude.

Ao olhar o significado etimológico da palavra ‘jovem’ descobri que sua origem vem do latim “juvare”, que significa literalmente “ajudar, socorrer”. Também “levar pela mão, juntar, congregar”. Quando socorremos alguém levamos alegria, proteção, vida. Na formação grego-romana a criança não era valorizada por não ter capacidade física e mental para ajudar, mas quando começava a servir, ou seja, ao chagava na fase adulta mudava o olhar sobre seu valor e importância.

Essa visão é muito comum ainda hoje em algumas comunidades no tocante a presença, capacidade e efetividade da juventude. Por outro lado, os pais, por vezes, trabalham duro para dar o melhor para os filhos e esquecem de oferecer o essencial e o importante, isto é, o afeto, tempo, carinho, atenção, amor.

Hoje parece urgente refletir como as crianças, adolescentes e jovens das comunidades de fé estão sendo atendidos através da catequese, grupos de jovens etc. Também como acontece o processo de acompanhamento nessas fases? Como andam os investimentos afetivos e efetivos no cuidado para com a juventude?

É muito fácil gritar aos quatro ventos em socorro da juventude diante de um jogo que vem ceifando suas vidas. Contudo, parece que estamos atingindo apenas a ponta do iceberg e não indo na causa do problema. Toda pessoa desde o ato da concepção até o final da vida natural passa por diversas fases. Em cada uma tem suas necessidades. Por isso pergunto: Por que tanto descrédito dos adultos em relação à força da juventude? Quais são os incentivos disponíveis e viáveis no processo continuo da formação integral e integradora da juventude? Pois, muitas vezes, tantas iniciativas juvenis para o bem são tolhidas pelo descrédito e falta inclusive de apoio!

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