terça-feira, 26 de maio de 2015

TODOS ESTAMOS NA BUSCA PELA FELICIDADE.

O ouro sempre fascinou o homem. Muitos deram a vida procurando a receita da alquimia, a arte de fabricar ouro. Outros deram a vida na procura do metal, por vezes em regiões inóspitas e perigosas. Um explorador embrenhou-se nos sertões da Califórnia em busca do ouro. Acabou morrendo sozinho, vitimado pelas febres. Seus restos mortais foram localizados meses depois. Ao lado deles, um diário que relatava suas buscas e sonhos. A última página dizia: finalmente encontrei o que procurava, morrerei rico! Uma análise superficial revelou que nem isso aconteceu! O que ele imaginava ouro eram pedras coloridas, mas sem valor.
A vida é uma corrida, é a busca de um objetivo que faça a pessoa feliz. Cada um estabelece aquilo que o fará feliz. Porque a vida é complexa, isto exige uma escala de valores. É preciso determinar o que é secundário, o que é importante, o que é o grande objetivo da vida. A isso chamamos ideal. O ideal perseguido pode ser o dinheiro, pode ser a glória, pode ser a sabedoria. Há ideais bem menores: um carro do último tipo, uma casa na praia, uma viagem à ilha de Aruba... Há também quem se contente em gozar a vida. Há pessoas que colocam seu ideal em fazer a felicidade dos outros. Isso pode acontecer na área da medicina, na promoção social, na fé. E nesta área colhemos os santos, os heróis, os mártires.
O poeta português Fernando Pessoa narra o idealismo dos navegadores. Enfrentaram mares desconhecidos e perigosos, naufrágios, decepções e muitos deles jamais retornaram. Valeu a pena, pergunta o poeta? E ele mesmo responde com uma frase densa e cheia de sentido: Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena!
Os meios de comunicação exaltam apenas o extraordinário, o maior, o mais rápido, o que vende mais, o que faz mais sucesso. Eles esquecem o heroísmo do dia a dia, alimentado por “uma alma que não é pequena”. Nossas ações valem pelo sentido profundo que nelas imprimimos. Mais importante que o sucesso - que nem sempre depende de nós – é a luta e a causa. São Paulo proclama: combati o bom combate, guardei a fé. Mais que o triunfo, um dia Deus olhará nossa determinação em combater o bom combate. Olhará também a escala de valores que perseguimos.
Há realidades mais importantes que o ouro, que a glória, que o sucesso. Podem não ter cotação no mercado. O Evangelho fala do comerciante que vende tudo o que possui para comprar uma misteriosa pérola que o fará feliz. Aparentemente pode parecer um mau negócio, mas não é possível ignorar seu objetivo: ser feliz.
Ser feliz é o maior de todos os sonhos. Desde que a pessoa nasce até a morte, procura ser feliz. Sábios, ignorantes, homens e mulheres, crianças e idosos, brancos, negros, amarelos, todos estamos em busca da felicidade. Determinar o que é ser feliz se constitui a grande tarefa da vida. A maior tragédia seria alcançar o objetivo e dar-se conta que isso não o faz feliz. É descobrir que os tesouros eram falsos. Pior ainda, a mágoa por ter jogado fora diamantes verdadeiros, imaginando serem falsos.

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