domingo, 19 de dezembro de 2010

O QUE NOS ENSINAM AS CATÁSTROFES

Os números podem não ser exatos, mas servem de indicativo. Ao ser anunciado que as catástrofes naturais ou provocadas pelo homem de janeiro a novembro deste ano causaram prejuízos de US$ 222 bilhões, fica evidente que se parte delas fosse evitada, haveria uma economia significativa em termos de valores. E a relação que surge é com estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo os quais saciar a fome do mundo exigiria investimentos anuais de US$ 40 bilhões.

Se desastres como o que espalhou pelo Golfo do México 780 milhões de litros de óleo não ocorressem, o meio ambiente não sofreria violenta agressão e não haveria necessidade de despender quantias fantásticas de recursos financeiros para estancar os estragos ou minimizar seus efeitos. O principal: seriam poupadas as vidas de 11 operários.
Por não ser infalível, o ser humano deveria se cercar de mais cuidados. A ganância, porém, não vê limites, ignora regras e confunde, com frequência, ousadia com aventura, arrojo com inconsequência.
A dimensão dos males só vem à tona quando se calcula o volume de perdas, como o levantamento feito pela companhia de resseguros Swiss Re. Em grande parte dos casos, a grandiosidade do planeta impede que a destruição seja integralmente conhecida - o desmatamento e a poluição dos oceanos crescem a todo instante sem o acompanhamento que ofereça um relato permanente e confiável dos efeitos, apesar da evolução tecnológica e da luta de ambientalistas.
Muito melhor do que lamentar prejuízos - sociais, ecológicos e financeiros - é evitá-los. Isso se faz respeitando as leis da natureza e, principalmente, os direitos dos cidadãos. Com respeito mútuo e conscientização, diminuem os desastres, a devastação, a fome e o sofrimento.

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