sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O HOMEM ESTÁ BRINCANDO DE DEUS

Hoje a sorte da vida é jogada em muitas frentes. Na civilização e no planeta terra. Embora bandeira universal, a luta em favor da vida se reveste de muitas contradições. Choramos pela morte de um animal doméstico, protestamos contra a derrubada de uma árvore, lamentamos a ameaça que pesa sobre muitas espécies, mas fazemos pouco caso pouco da sorte de milhões de homens e mulheres, vitimadas pelas bombas, pela fome, pelos atentados políticos. A medicina descobre drogas maravilhosas para combater as última pandemia, mas prosaicamente ainda se morre de doenças andêmicas. De gripes comuns e de desnutrição. A poluição é também uma forma silenciosa de morte que baixa sobre o universo. O uso egoísta e irresponsável dos bens não leva em conta a necessidade de cuidar da terra, nosso lar. Como todas as realidades humanas, a bioética vem carregada de ambigüidades . É um gigantesco salto em favor da vida, mas sobre ela pesam perigosas sombras. É o homem brincando de Deus e se apossando da vida. Fixando limites e estabelecendo critérios duvidosos. Ilustrativo é o caso dos transgênicos. É uma luta que trará vida ou morte? Nem a ciência e nem os cientistas são absolutos. A técnica tem o dever de interrogar a ética.

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