terça-feira, 28 de agosto de 2018

DANDO COR A SOLIDÃO

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Vou me perder até que eu possa achar maneiras de lidar com minha solidão. “Minha” porque sei que é a que sinto, que me tolhe, me põe de joelhos diante do que não consigo entender, nem direcionar. Só (sentir-me sozinho) (lidar com essa imensidão). Enfim, imensidão de me sentir só, até que eu possa olhar para o alto e para dentro e me amparar.

No meio de lindas e produzidas fotos, festas, gente rindo, brincando... olhei para a solidão que vai embalada dentro de mim e do outro. São muitas as pessoas que vivem essa solidão e tentam camuflá-la. Essa solidão disfarçada está ali, no casulo dentro do indivíduo, à procura por acolhida ou por alguém que compreenda o que está sendo sentido e, assim, ajude a achar o caminho para acalmar esse sentimento. Nessas comemorações, não há brinde, na verdade não há com quem brindar. Mas há anseio por vida, por liberdade, por compreensão e principalmente pelo resgate da esperança.

Passar por dentro da solidão e compreender como lidar com ela e como colori-la é perceber que existem maneiras de deixá-la mais aconchegante, mais serena, menos dura ou invasiva.

Acredito que as melhores palavras para expressar o oposto de solidão sejam: amigo, família, compreensão, serenidade, entre outras que dão sentido ao nosso viver.

Nas estradas frias da alma inquieto procuro em mim a inteireza e maneiras de lidar com o sentir-me só. Procuro, sem descanso, o aconchego da alma. Sabendo que colorir é viver, é enxergar diferente, é recordar, é amar, é ver e sentir com novo olhar. É a fagulha de vida que vem iluminar. A música que plenifica meus sentidos faz-me ir ao encontro de mim mesmo, amparando toda a solidão sentida naquele momento.

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