quarta-feira, 8 de novembro de 2017

AS FOLHAS DO COQUEIRO

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O coqueiro  é o mesmo, novas folhas surgiram, outras caíram. O vento provoca balanços variáveis. A pombinha rola fez novamente seu ninho, no encontro da folha com o tronco. Por onde se passa é possível acompanhar os movimentos. Até registros fotográficos aconteceram, além de ser assunto quase diário, entre seus admiradores. Ela não escolheu um lugar mais seguro. Certamente a sua confiança é bem maior que os possíveis riscos. Ela bem sabe que suas duas asas podem proteger e também levantar um rápido voo, em caso de emergência. O cenário é belo e inspirador, principalmente por ser despojado e simples.

O ninho da pombinha rola recorda o lar de muitas famílias, onde nada é luxuoso, mas repleto de harmonia e felicidade. A simplicidade deveria adentrar corações e lares de todas as pessoas que, um dia, decidiram morar debaixo do mesmo teto. Ter um lugar para morar é um direito, uma questão de justiça social. Infelizmente nem todos são contemplados, por isso alguns são denominados de sem teto. Um dia, talvez, o mundo seja diferente. Tomara que a ganância possa ser controlada e o ímpeto de possuir sempre mais seja inibido. Viver com o suficiente é o segredo para que todos sejam contemplados com o mínimo necessário.

Quando o lar é simples e aconchegante, a vida transborda, a convivência é harmoniosa, surge o prazer de voltar para casa. É do conhecimento de todos que o vento nem sempre é suave. Quantos vendavais atingem um número elevado de famílias. Não falo do vento que sopra lá fora, me refiro aos impactos das mudanças sociais que atingem em cheio a vida familiar. O sonho da eternidade do amor continua válido e sempre atual. O amor não nasce para terminar, mas para eternizar-se. Aprender a conviver, aceitando as diferenças é o segredo, o caminho mais indicado. A pombinha rola não se preocupa com a velocidade do vento. Ela sabe da agilidade das suas asas. Que o amor sustente todos os sonhos de felicidade.

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