sábado, 10 de outubro de 2020

QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER

 




Um dos grandes sonhos da humanidade é encontrar vida inteligente em outro planeta. De alguma forma, já vivemos essa experiência no passado. Nossa espécie, os sapiens, foi contemporânea de outro grupo inteligente de hominídeos, os neandertais. As espécies conviveram e até acasalaram deixando possíveis primevos “Romeus e Julietas”, responsáveis por 2% dos genes dos “primos” em nós.

Seu desaparecimento é um mistério. Uma teoria especula que a extinção teria ocorrido num período glacial há 30 mil anos. Residentes na fria Eurásia, apesar de mais robustos e com dieta calórica superior, não teriam desenvolvido vestimentas sofisticadas. Nossos ancestrais, ao contrário, por evidências de agulhas e outros apetrechos, aprimoraram tecnologias na área do vestuário e da moda. Coser peles e adaptá-las ao corpo teria permitido que sobrevivessem ao desafio climático. E a moda teria salvado os sapiens!

O impacto adaptativo de uma peça de roupa é algo que podemos apreciar em nossos dias. Falo da máscara, desse acessório que não só é roupa em sua função de proteger e cobrir, mas é moda: diz algo sobre nós! Não há como negar a sensação de que andamos nas ruas como se houvesse duas espécies distintas convivendo, mascaradas por seus valores e civilização. Diria que os de máscaras se assemelham a sapiens aceitando intercorrências e buscando soluções. Os sem máscara encaram com sua “robustez” o desafio. E apostaria que aqueles da espécie sem máscara coincidem com os que passam ao largo de questões do clima e das adaptações necessárias, tal como os “primos” fizeram.

Conviver com outras espécies “inteligentes” não é fácil. Talvez devamos gozar de nossa solidão cósmica em vez de sonharmos com encontros de “terceiro grau”. Para a sociedade, a “moda-que-não-pegou” expôs a difícil arte de tolerar. Para a evolução que não é tolerante, mas implacável na seleção “do que sabe”, o sapiens, a coisa é diferente. Quem sapiens faz a hora, não espera acontecer!

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