quinta-feira, 21 de junho de 2018

ELEVADORES

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Em tempos onde se fala frequentemente de acessibilidade, o elevador passou a ser praticamente uma obrigação. Em alguns prédios eles são velozes, mesmo assim a pressa faz com que eles pareçam demorados. Tal como outras coisas criadas pelo homem, o elevador começou de forma simples, inicialmente nada mais sendo que uma plataforma puxada pela força do homem e dos animais. Sabe-se que os Egípcios já utilizavam métodos elevatórios para tirarem água do Nilo em 1500 a.C., através da força de animais. O arquiteto romano Vitruvius, que viveu no século I a.C., descrevia um princípio de utilização de uma plataforma suspensa para transportar pessoas e materiais pesados dentro de uma cabina vertical. O primeiro elevador conhecido foi o que o rei Luís XV mandou instalar, em 1743, no Palácio de Versalhes. Foi só no ano de 1854 que um americano, Elisha Graves Otis, inventou o primeiro sistema de segurança. Esta inovação permitiu a utilização do elevador por pessoas. Hoje, Elisha Graves Otis é reconhecido como o homem que inventou o elevador, pois foi graças às suas extraordinárias inovações, para o adequar ao uso humano, que todos nós podemos ser transportados dentro de arranha-céus com mais de cem andares, de uma forma segura.

Mesmo sendo um meio comum, algumas pessoas ainda sentem medo de andar de elevador. Outros optam pelas escadas para não perder a oportunidade de fazer exercício físico. O elevador é o lugar das palavras e também do silêncio. Alguns até olham para o teto, outros cumprimentam e ensaiam diálogos. O assunto mais frequente nos elevadores é em relação ao clima. Para além das palavras, o espaço delimitado de um elevador não deixa de ser um lugar de breve convivência. Fica até divertido quando alguém de bom humor está no elevador. Dependendo da situação, todos acabam rindo. Por outro lado, o elevador não deixa de ser um termômetro da aproximação ou do distânciamento das pessoas. A espontaneidade deveria perpassar todos os ambientes, inclusive poderia pegar carona em todos os elevadores. Mas sabemos que nem sempre é assim. Algumas pessoas preferem desconhecer a presença do outro. É bem verdade que nem todos estão abertos para estabelecer trocas, mas ninguém está isento de reconhecer o semelhante. Um sorriso, uma humilde palavra: para quem quer, é muito fácil a convivência humana.

Num dia desses, ao entrar num elevador me deparei com uma dica, que chamou imediatamente minha atenção: ‘tarefa do dia: ser feliz!’ Todos os usuários daquele elevador, diariamente são convocados à felicidade. A velocidade dos dias é tamanha, que é necessário colocar lembretes nos espaços de maior circulação. Para além das preocupações e exigências cotidianas, ser feliz é condição para continuar dando sentido à vida. Ninguém deveria passar um dia sem experimentar uns minutos de felicidade. Afinal, viver é a especialidade que requer determinação e alto investimento. Subindo ou descendo de elevador ou utilizando as escadarias, a vida vai adquirindo sabor e possibilitando a oxigenação daqueles pensamentos que nem sempre contribuem para o essencial. Como tudo seria difertente se todos levassem a sério a mais interessante tarefa diária: ser feliz. Não é dificil ser feliz, basta ser leve e sensivel. Alguns elevadores transportam tristezas. Elas pesam demais. Outros, sobem e descem com pessoas que não abrem mão da felicidade. Que os elevadores se transformem em espaços de muita alegria e de intensa convivência.

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