domingo, 17 de agosto de 2014

UMA ESCOLHA RADICALMENTE PESSOAL

Mais do que uma época de mudanças, estamos vivendo uma mudança de época. É uma passagem radical. Todos sentem essa situação. Devido a esse fato, a sociedade, como um todo, está tonta. Perdeu a direção. Está bebeda. Cumpre tarefas, mas não sabe para quê e para quem e para onde ir. Simplesmente se dedica a correr e a sobreviver. Afinal de contas, alguém me colocou neste planeta terra e tenho que suportar-me nos meus oitenta a cem anos. E como numa ventania que vem e que vai, as pessoas se amam e se odeiam, se criam e se matam, se encontram e desencontram. A grande mudança de época roubou a tranquilidade e a serenidade da vida. Assim mesmo, no coração de cada ser humano permanecem perguntas que todos devem responder, mas nem sempre as respostas satisfazem.
Quem sou eu? Milhares de filósofos e pensadores passaram a vida tentando responder a essa pergunta. Milhares de livros foram escritos sobre essa questão. Os problemáticos sentam angustiados diante de psicólogos e psiquiatras e são perguntados: quem é você? O que você sabe de você? O que você sente? O que você quer? O grande pensador Sócrates aconselhava aos alunos: “Conhece-te a ti mesmo.” Este é o princípio de toda a sabedoria. Você já começou esta tarefa ou vai esperar para quando não houver mais tempo?
De onde vim? Poucas pessoas olham para traz. Há uma história nesta humanidade. A Bíblia fala numa história sagrada, de um começo privilegiado: criaturas saídas das mãos de Deus, feitas à sua imagem e semelhança. Mas, ao lado desse ensinamento, há muitos outros. Todos com suas razões. É isso que torna linda a história da humanidade. Ninguém sabe do seu começo e nem como foi seu começo. Se a pessoa tem sua origem das mãos de Deus, ou da evolução, ou se chegou voando de outros sistemas estelares, pouco importa. Importa descobrir a grandeza que somos, os sonhos e os desejos infinitos que nos habitam, e que tudo isso não pode ter nascido ao acaso, mas que temos uma origem especial e sagrada. Nossos sonhos e desejos nos revelam que somos filhos do eterno.
O que vim fazer aqui? É a grande questão. Tenho uma missão ou simplesmente sou um número nesta humanidade? Sou um ser irrepetível e único ou vou dançando de reencarnação em reencarnação, ficando voltado em vidas passadas, que não existiram? Prefiro sentir-me único e irrepetível, com identidade própria, criatura escolhida e abençoada, amada e predestinada a tornar-me participante da vida de meu Criador!
Para onde vou? Simplesmente para um túmulo ou meus sonhos e desejos ultrapassam o túmulo? Ultrapassam o tempo e o espaço? É a grande pergunta. Será que tudo acaba com a morte? Para o materialista e o ladrão, para o assassino e o destruidor, para o ganancioso e o ambicioso, tudo parece acabar ali mesmo na sepultura. Há uma resposta radical: aquilo que fazemos com amor e por amor, com solidariedade e construção, dura para sempre. Cada pessoa vai construindo sua eternidade ou destruição. É uma escolha radicalmente pessoal.

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