sexta-feira, 20 de outubro de 2017

RAÇÃO PARA POBRE.


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Ainda temos muito a falar sobre a ração que o prefeito de São Paulo, João Dória, prometeu fornecer aos pobres para erradicar a fome na cidade, com possibilidade de extensão do fornecimento para todo o território nacional. Não apenas pela falta de sensibilidade de quem elaborou o projeto e teve a coragem de apresentá-lo a sociedade, mas também pela quantidade de pessoas que apoia tamanho vilipêndio a dignidade humana. Entre elas, alguns líderes religiosos.

Assisti ao vídeo de lançamento da campanha, no qual Dória classifica a ração como um "alimento abençoado", e confesso que o que mais me chocou, foi constatar a presença de padres, freiras e até de um grande líder do espiritismo cristão, dando apoio ao projeto. Qualquer estupidez que venha a sair da mente de Dória ou da direita, não me surpreende, mas saber que pessoas - que se propuseram a ter uma vida religiosa cristã, e que por isso, deveriam ter um compromisso maior com a dignidade humana - apoiam esse tipo de coisa, me entristece.

Fazendo um comparativo entre as ideias e preocupações dos governos da direita justa, meritocrática e moralista, com os governos da esquerda maligna, delinquente e assistencialista, no sentido de erradicar a fome ou de pelo menos não permitir que ela aumente, percebemos uma diferença brutal na percepção social do problema. O governo Alckimin está envolvido em um escândalo, que configura um desvio de mais de 2 milhões de reais, na verba destinada a merenda escolar das crianças de São Paulo. Ou seja, alguém que ganhou votos para fazer algo pelos menos favorecidos, está roubando o dinheiro que deveria alimentar os mesmos. Mas ninguém foi preso.

Por outro lado, o ex governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, foi preso, acusado de comprar votos, dando comida aos mais pobres. O que não foi provado. Logo, ele teve que ser solto. Vale lembrar que o mesmo Garotinho, trouxe para o estado, um projeto chamado "Restaurante Popular", que mesmo não tendo sido uma ideia original sua, a adoção foi uma tremenda bola dentro no seu governo. As refeições eram servidas ao preço módico de 1 real. Os Governos seguintes acabaram com o projeto, que agora retornou sob a benção do bispo e prefeito nas horas vagas, Marcelo Crivella, muito mais por conta da presença da atuante e engajada deputada federal licenciada, Clarissa Garotinho, filha de Garotinho e hoje secretária de administração no governo do sobrinho de Edir Macedo. Duvido que tal ideia tivesse partido do prefeito fantasma. Até porque, o senhor Crivella ainda não repassou para as creches do município, os 13 milhões de reais que seriam destinados as escolas de samba e que ele vetou, justificando que as crianças eram mais importantes. E são mesmo. E também acho que as escolas de samba não devem receber dinheiro público. Mas cadê o dinheiro? Será que está guardado em alguma arca no templo de salomão?

Então você apoia quem beneficia os mais pobres em troca de votos? Não necessariamente. Mas analisemos friamente a questão. Entre votar em alguém, que além de não fazer nada a seu favor, ainda vai roubar o pouco que você tem, não seria mais inteligente - ou até mesmo por uma questão de legítima defesa - votar em alguém que fará algo por você ou lhe prejudicará menos? Entre um candidato que promete lhe servir ração e outro que lhe oferece uma refeição digna por 1 real, em quem você votaria? Sabendo que ambos irão se beneficiar de alguma coisa - por menor que seja - quando eleitos. Isso é fato. E não importa se o candidato é de direita, esquerda, centro ou do cateto oposto a hipotenusa. Não sejamos hipócritas.

O Bolsa família de Lula gerou revolta em boa parte da elite, a mesma que prefere que o pobre coma os restos oferecidos por Dória, a ter um pouco mais de dignidade. O mantra: "Não pago imposto para sustentar vagabundo", foi e ainda é muito entoado, por uma turma que vê o dinheiro dos seus impostos sendo armazenados em malas secretas, investidos em jóias e barras de ouro e sendo usado para comprar deputados e senadores, para que esses garantam a governabilidade - pasmem - de um presidente que desde que aplicou o golpe, faz de tudo para ferrar ainda mais a vida do povo brasileiro. E tem conseguido com louvor.

O prefeito de São Paulo ainda não oficializou a distribuição da "Dória Chow", mas devemos lembrar que a sua administração já sugeriu como contenção de gastos, que se "marcasse" as crianças com tinta de caneta, para que as mesmas não repetissem a merenda na escola. Isso tudo porque a verba destinada a merenda não sai do bolso do estado. Até porque, o estado não gera renda. O dinheiro é nosso, dos nossos impostos, tributos e afins e deveria ser usado como nós quiséssemos e de acordo com as nossas necessidades mais urgentes. Mas isso é utopia. Esquece!

Oferecer ração para os mais pobres, é uma verdadeira cachorrada (com todo respeito e o meu pedido de perdão aos caninos pela comparação), que nos faz deduzir que a ração proposta, se alinha mais com as necessidades alimentares dos cães fascistas que andam ladrando por aí. Segundo Dória, o mesmo composto alimentar possui vários sabores e é consumido por Astronautas em viagens espaciais. Estaria ele planejando enviar os pobres para lua? Para o espaço ele já os mandou há muito tempo.

Oremos!

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