quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A ARTE DOS BONS ENCONTROS



É no encontro com a terra que a semente germina. É no encontro com a água que os peixes multiplicam a vida. É no encontro com a luz que tudo adquire identidade e vigor. É nos bons encontros da vida que garantimos os vínculos de existências saudáveis. A vida é a vasta rede dos mil encontros que vai configurando a própria história pessoal. Viver é encontrar-se e encontrar-se é viver.
No acontecer da vida, um dos componentes mais surpreendentes é o encontro. Cruzamos uns com os outros nos caminhos da vida. Tropeçamos em tantos pés e, no entanto, em raras ocasiões nos encontramos. Existem muitas formas de encontros: há encontros fortuitos, outros evitados, tantos provocados e desejados e tantos rejeitados. Também são diversos os níveis de encontro: físico, amistoso, comercial, familiar, profissional, social, religioso etc. Porém, não é comum, nem fácil, o encontro profundamente humano.
Tantos encontros deixam marcas ruins e lembranças indesejadas, outros são tão superficiais que logo passam ao esquecimento. Há encontros que geram alegria e outros, tristeza. Acontecem encontros que mudam o rumo da história pessoal e se eternizam num amor comprometido. Há encontros que escravizam e outros que libertam. Muitos encontros enriquecem a vida, outros a empobrecem.
A vida é a arte dos bons encontros. Não podemos ignorar que esta arte vem carregada de responsabilidade. A pessoa não é um terreno de invasões. Nem Deus invade e nem arromba a porta da liberdade de seus filhos para provocar encontros. Pela imensa sacralidade de cada pessoa, todo o encontro precisa ser precedido por um imenso respeito e cuidado.
A arte dos bons encontros não é comum. Em todos os dias manejamos coisas, tratamos com pessoas e nos enfrentamos com muitos acontecimentos vitais. Porém, para que aconteça um bom e verdadeiro encontro temos que nascer sempre de novo, nos despojar dos preconceitos, nos libertar dos mecanismos de defesa e nos abrir para uma comunicação solidária e amorosa.
Para que aconteça um bom encontro necessitamos desalojar de nosso coração todas as resistências e obscuridades que impedem a transparência e a comunicação. Como em tudo o que faz parte da gratuidade do amor, a iniciativa do bom encontro é sempre de cada um de nós. Aqui vale o empenho da confiança para podermos ser acolhedores de quem vem ao nosso encontro. Confiança não é louca ingenuidade, mas confiança prudente de quem sabe a arte do necessário cuidado.
A sagrada experiência humana dos bons encontros não se improvisa. Encontros que geram amizade, mútua ajuda e comunhão de destino precisam ensaiar um caminho de aprofundamento, gradual e progressivo de conhecimento, confiança e corresponsabilidade. Um antigo filósofo dizia que “só seremos amigos verdadeiros, depois que comermos juntos um alqueire de sal”. Com isso confirmava que os bons encontros garantem a durabilidade, na medida de sua alegre seriedade.

NESTE CAMINHO SO PASSAREI UMA VEZ



Nem todas as sementes lançadas nascerão, mas algumas ajudarão a compor a primavera futura

O velho ônibus fazia, todos os dias, a viagem entre duas cidades. Os passageiros quase sempre os mesmos. Uma senhora lia a Bíblia, um jovem escutava música; ao lado dele um senhor tentava completar um quadro de palavras cruzadas e algumas crianças faziam algazarra. Quando as casas iam rareando, uma velha senhora, roupas simples, lenço na cabeça, entrava no ônibus. Sentava no primeiro banco, abria uma bolsa, tirava um pacotinho e passava a viagem jogando alguma coisa pela janela.
Um militar, já idoso, quis saber o que ela jogava pela janela. Jogo sementes, respondeu ela. A paisagem é tão triste, gostaria que ela ficasse mais bonita. Mas estas sementes não vão vingar, disse o militar. A terra é árida, cheia de pedras e espinhos, as sementes podem ser pisadas, sem falar nos passarinhos e pequenos animais roedores. Isto é verdade, concordou a velhinha, mas certamente algumas sementes irão germinar.
O militar ficou algum tempo longe da cidade. Quando voltou a viajar notou que a velhinha não estava no seu lugar. O motorista informou laconicamente: ela morreu. Mas a paisagem não era mais a mesma.
Aqui e ali apareciam algumas flores isoladas e, mais adiante, verdadeiras ilhas floridas. Na desordem harmoniosa que só a natureza sabe fazer, flores de todos os tamanhos, formas e cores eram balançadas pela brisa. Também era possível perceber a presença de pássaros e borboletas participando da festa da natureza.
A velhinha não chegou a ver as flores por ela semeadas. Não importa, mas agora os passageiros, sobretudo as crianças, olhavam, com satisfação, a paisagem florida. Ela não passara inutilmente por aquele caminho. Deixara uma herança de ternura e beleza para todos os que passassem por ali. Passada a primavera, quando o inverno se aproximava do fim, as crianças começaram a disputar as primeiras janelas e jogavam sementes, como viram a velhinha fazer.
A vida é uma grande caminhada. Porque nós passaremos uma única vez por este caminho, é importante que deixemos alguns sinais de nossa passagem. Podemos e devemos semear flores, semear ternura, semear amor... Nem todas essas sementes germinarão, mas algumas ajudarão a compor a primavera futura.
O Evangelho nos fala do semeador que saiu a semear. Não ignorou as dificuldades, mas sempre existiu a terra boa que acolheu a semente. E uma semente que germina compensa cem que se perderam.

DONA EUROPA E SUAS FILHAS

Dona Europa livrou-se, há séculos, da tutela do Senhor Feudal, ao qual esteve submetida ao longo de mil anos. Cabeça feita por Copérnico, Galileu e Descartes, casou-se com o Senhor Moderno Liberal e montou casa no bairro da Democracia.
Dona Europa puxou o tapete dos nobres, deu um chega pra lá no Papa e elegeu governos constitucionais que trocaram a permuta pela moeda, evitaram fazer uso de mão de obra escrava, transformaram antigos camponeses em operários merecedores de salários.
Dona Europa passou a nutrir ambições desmedidas. Fitou com olho gordo o imenso mapa-múndi que enfeitava a sala de sua casa. Quantas riquezas naquelas terras habitadas por nativos ignorantes! Quantas áreas cultiváveis cobertas pela exuberância paradisíaca da natureza!
Dona Europa lançou ao mar sua frota em busca de ricas prendas situadas em terras alheias. Os navegantes invadiram territórios, saquearam aldeias, disseminaram epidemias, extraíram minerais preciosos, estenderam cercas onde tudo, até então, era de uso comum.
Dona Europa praticou, em outros povos, o que se negava a fazer na própria casa: impôs impérios, reinados e ditadores; inibiu o acesso à cultura letrada; implantou o trabalho escravo; proibiu a industrialização; internacionalizou normas econômicas que lhe eram favoráveis, em detrimento dos povos alhures.
Um dos povos de além-mar dominados por Dona Europa ousou rebelar-se em 1776, emancipou-se da tutela e se tornou mais poderoso do que ela – o Tio Sam.
O professor Maquiavel ensinou à Dona Europa que, quando não se pode vencer o inimigo, é melhor aliar-se a ele. Assim, ela associou-se a Tio Sam para exercer domínio sobre o mundo.
Dona Europa e Tio Sam acumularam tão espantosa riqueza, que cederam à ilusão de que seriam eternos o luxo e a ostentação em que viviam. Tudo em suas casas era maravilhoso. E suas moedas reluziam acima de todas as outras.
Ora, não há casa sem alicerce, árvore sem raiz, riqueza sem lastro. Para manter o estilo de vida a que se acostumaram, Dona Europa e Tio Sam gastavam mais do que podiam. E, de repente, constataram que se encontravam esmagados sob dívidas astronômicas. O que fazer?
A primeira medida foi a adotada em turbulência de viagem de avião: apertar os cintos. Não deles, óbvio. Mas de seus empregados: despediram alguns, reduziram os salários de outros, deixaram de consumir produtos importados. Assim, a crise da dupla se alastrou mundo afora.
Dona Europa e Tio Sam não são burros. Sabem onde mora o dinheiro: nos bancos. Tio Sam, ao ver o rombo em sua economia, tratou de rodar a maquininha da Casa da Moeda e socorreu os bancos com pelo menos US$ 18 trilhões.
Dona Europa tem várias filhas. Segundo ela, algumas não souberam administrar bem suas fortunas. A formosa Grécia parece ter perdido a sabedoria. Gastou muito mais do que podia. O mesmo aconteceu com a sedutora Itália, a encantadora Espanha e a inibida Irlanda.
Como o cofre da família é de uso comum, Dona Europa se cobriu de aflições. Puniu as filhas gastadoras e apelou à mais rica de todas, a severa Alemanha, para ajudá-la a socorrer as endividadas.
A Alemanha é manhosa. Disse que só socorre as irmãs se puder controlar os gastos delas. O que significa cortar as asinhas das moças – o que em política equivale a anular a soberania.
Soberana hoje, na casa de Dona Europa, só a pudica Alemanha. O resto da família é dependente e está de castigo. A mais cheirosa das filhas, a França, anda rebelde. Após aparecer de mãos dadas com a Alemanha, agora que arrumou namorado novo encara a irmã com desconfiança.
Nós, aqui do sul do mundo, que ainda não cortamos o cordão umbilical com Tio Sam e Dona Europa, corremos o risco de ficar gripados se Dona Europa continuar a espirrar tanto, alérgica ao espectro de um futuro tenebroso: a agonia e morte do deus Mercado, cujos fiéis devotos mergulharam em profunda crise de descrença.

RISCOS E AVANÇOS NA EDUCAÇÃO.

Os índices variam, mas todos os estudos divulgados nos últimos anos mostram a expansão do volume de acessos ao sistema escolar no Brasil. Tem mais criança estudando, não há dúvida. As incertezas começam a aflorar quando se investiga a qualidade da formação desses alunos.
O Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação Educativa, revelou que apenas 26% dos brasileiros podem ser considerados plenamente alfabetizados. Foram entrevistadas duas mil pessoas, de 15 a 64 anos, para aferir a capacidade de leitura e compreensão de textos e aplicar operações de raciocínio lógico. O resultado gerou quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados. Os chamados analfabetos funcionais representam 27% da população e os de nível básico, 47%.
O percentual de alfabetizados em nível pleno é o mesmo constatado em 2001. Reflete, portanto, uma realidade preocupante: houve avanços na fase inicial do alfabetismo, mas não o suficiente para atingir o pleno domínio de habilidades imprescindíveis à inserção na sociedade letrada - e, de certa forma, no mercado de trabalho.
O estudo também indica que quanto maior for a renda familiar, menor é a proporção de alfabetizados rudimentares. Mais do que isso: o esforço para aumentar a escolaridade e buscar o ensino superior não produz os ganhos de aprendizado esperados.
Fica evidente a opção pela quantidade, reeditando política adotada no período da Ditadura Militar, quando multiplicaram-se as vagas em faculdades sem o devido investimento para a qualificação do ensino. Lamentavelmente, a situação se repete, comprovando que a educação, classificada nos discursos como alavanca para o sucesso do país, segue longe de ser real prioridade.

Dados como estes aumentam muito a importância a ser dada a inauguração, neste dia 30 de julho de 2012, de mais uma rosa de Lutero no Campus Arnoldo Schneider da FAHOR - Parabéns, sucesso e longa vida a nossa Faculdade, seus dirigentes, colaboradores e Horizontina, que tanto se orgulha de estar formando profissionais de qualidade para o país e o mundo.

ELE ERA SÁBIO E PRUDENTE.


Numa região do sul da Europa, no século XIX, havia um pregador muito procurado pelos fiéis por sua maneira de ensinar. Tinha fama de santo pelo que dizia e pelo que vivia. Mas não havia nele nada de excepcional, exceto o fato de que anotava tudo que diria e tinha o cuidado de citar os autores. Era culto, mas acessível.
Um dia sua sobrinha quis saber o que ele pensava de ser tão famoso. E ele disse entre sério e brincalhão: - Todos os dias oro para que Deus me faça menos tolo e me ajude a jamais ferir as pessoas com minhas palavras ou com meu comportamento. A mesma boca que leva a Deus pode afastar de Deus. E não há pregador que possa dizer que nunca errou e que nunca levou alguém a ter dúvidas de fé por conta de suas palavras ou de seu comportamento.
E acrescentou que pregar as próprias ideias é fácil. O difícil é pregar o consenso e as doutrinas de vinte séculos. Aí, o pregador precisa gostar de livros, o que não acontece com todos. É bem mais fácil orar e pedir luzes e, sem abrir livro algum, ir lá e falar. O difícil é orar, pedir luzes e folhear os livros para saber o que já foi dito sobre o tema. Por isso ele orava para não confiar demais no seu charme ou no seu talento. Os livros o faziam mais humilde, porque passava ao povo não apenas suas conclusões, experiências e ideias, mas as ideias mestras desde o começo do cristianismo.
Sábio e prudente! Num mundo em que se escolhe sempre o mais fácil e o que rende mais aplauso, ele escolhera ser porta-voz não de si mesmo, mas de toda uma Igreja. Sabedoria é entender que precisamos da sabedoria dos outros para sermos sábios.

OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS: NÓS OCIDENTAIS

O complexo de crises que avassala a humanidade nos obriga a parar e a fazer um balanço. É o momento filosofante de todo observador crítico, caso queira ir além dos discursos convencionais e intrassistêmicos.
Por que chegamos à atual situação que, objetivamente, ameaça o futuro da vida humana e de nossa obra civilizatória? Respondemos sem maiores justificativas: principais causadores deste percurso são aqueles que nos últimos séculos detiveram o poder, o saber e o ter.
Eles se propuseram dominar a natureza, conquistar o mundo inteiro, subjugar
os povos e colocar tudo a serviço
de seus interesses.
Para isso foi utilizada uma arma poderosa: a tecnociência. Pela ciência identificaram como funciona a natureza e pela técnica operaram intervenções para benefício humano sem reparar nas consequências.
Esses senhores que realizaram esta saga foram os ocidentais europeus. Nós, latino-americanos, fomos à força agregados a eles como um apêndice: o Extremo Ocidente.
Estes ocidentais, entretanto, estão hoje extremamente perplexos. Perguntam-se aturdidos: como podemos estar no olho da crise, se possuímos o melhor saber, a melhor democracia, a melhor consciência dos direitos, a melhor economia, a melhor técnica, o melhor cinema, a maior força militar e a melhor religião, o Cristianismo?
Ora, estas “conquistas” estão postas em xeque, pois elas, não obstante seu valor, inegavelmente não nos fornecem mais nenhum horizonte de esperança. Sentimos: o tempo ocidental se esgotou e já passou. Por isso perdeu qualquer legitimidade e força de convencimento.
Arnold Toynbee, analisando as grandes civilizações, notou esta constante histórica: sempre que o arsenal de respostas para os desafios não é mais suficiente, as civilizações entram em crise, começam a esfacelar-se até o seu colapso ou assimilação por outra. Esta traz renovado vigor, novos sonhos e novos sentidos de vida pessoais e coletivos. Qual virá? Quem o sabe? Eis a questão cruciante.
O que agrava a crise é a persistente arrogância ocidental. Mesmo em decadência, os ocidentais se imaginam ainda a referência obrigatória para todos. Para a Bíblia e para os gregos esse comportamento constituía o supremo desvio, pois as pessoas se colocavam no mesmo pedestal da divindade, tida como a referência suprema e a última realidade. Chamavam a essa atitude de hybris, quer dizer: arrogância e excesso do próprio eu.
Foi esta arrogância que levou os EUA a intervir, com razões mentirosas, no Iraque, depois no Afeganistão e antes na América Latina, sustentando por muitos anos regimes ditatoriais militares e a vergonhosa Operação Condor, pela qual centenas de lideranças de vários países da América Latina foram sequestradas e assassinadas.
Com o novo presidente Barack Obama se esperava um novo rumo, mais multipolar, respeitador das diferenças culturais e compassivo para com os vulneráveis. Ledo engano. Está levando avante o projeto imperial na mesma linha do fundamentalista Bush. Não mudou substancialmente nada nesta estratégia de arrogância. Ao contrário, inaugurou algo inaudito e perverso: uma guerra não declarada usando “drones”, aviões não tripulados. Dirigidos eletronicamente a partir de frias salas de bases militares no Texas atacam, matando lideranças individuais e até grupos inteiros nos quais supõe estarem terroristas.
O próprio cristianismo, em suas várias vertentes, se distanciou do ecumenismo e está assumindo traços fundamentalistas. Há uma disputa no mercado religioso para ver qual das denominações mais aglomera fiéis.
Assistimos na Rio+20 a mesma arrogância dos poderosos, recusando-se a participar e a buscar convergências mínimas que aliviassem a crise da Terra.
E pensar que, no fundo, procuramos a singela utopia bem expressa por Pablo Milanes e Chico Buarque: “A história poderia ser um carro alegre, cheio
de um povo contente”.

INATIVIDADE FÍSICA MATA TANTO QUANTO TABAGISMO



Um estudo publicado na conceituada revista médica Lancet afirma que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo. A pesquisa estima que um terço dos adultos não pratica atividades físicas suficientes, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo. A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como infarto, diabetes e câncer de mama ou colorretal, diz o estudo.
Os pesquisadores afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.
A comparação com o cigarro é contestada por alguns especialistas. Segundo eles, se o tabagismo e a inatividade matam o mesmo número de pessoas, têm que considerar que a quantidade de fumantes é bem menor que a de sedentários, tornando, portanto, o tabaco muito mais perigoso. Para Claire Knight, do Instituto de Pesquisa de Câncer da Grã-Bretanha, “quando se trata de prevenção de câncer, parar de fumar é de longe a coisa mais importante que você pode fazer”.
Na América Latina e no Caribe, o estudo mostra que o estilo de vida sedentário é responsável por 11,4% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama ou colorretal. No Brasil, esse número sobe para 13,2%. Os países com as populações mais sedentárias da região são Argentina, Brasil e República Dominicana. E a nação com a população menos sedentária é a Guatemala.
A inatividade física na América Latina seria a causa de 7,1% dos casos de doenças cardíacas, 8,7% dos casos de diabetes tipo 2, 12,5% dos casos de câncer de mama e 12,6% dos casos de câncer colorretal. No Brasil, o sedentarismo é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.
A médica I-Min Lee, do Hospital Brigham e da Escola Médica da Universidade de Harvard, que dirigiu o estudo, diz que, na região das Américas, poderiam ser evitadas cerca de 60 mil mortes por doenças coronárias e 14 mil mortes por câncer colorretal. Os pesquisadores recomendam aos adultos 150 minutos por semana de exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo e jardinagem, em dias alternados.

MAIS LIVROS VENDIDOS


Brasileiro comprou 470 milhões de exemplares em 2011
 O brasileiro está comprando mais livros. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foram 469,5 milhões em 2011, 7,2% mais que os cerca de 440 milhões vendidos em 2010. De acordo com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), o volume é recorde. Mesmo assim, a média segue muito baixa: pouco mais de dois livros por habitante/ano. O faturamento do setor cresceu 7,38% no mesmo período e passou de R$ 4,8 bilhões.
A pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”, feita anualmente pela Fipe, por encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e da CBL, revela ainda que em 2011 cresceu também o número de títulos publicados: foram 58.192, um aumento de 6,28% em relação ao ano anterior. Desse total, 20.405 foram lançamentos.
Entre as modalidades de venda, o ano de 2011 viu uma queda de mais da metade dos livros vendidos de porta a porta: de 21,66% para 9,07%. Todas as demais categorias tiveram aumento na participação. As livrarias continuam concentrando a maior parte deste segmento do comércio e tiveram crescimento de vendas de 40,51% para 44,9%.
As vendas de editoras para igrejas e templos subiram de 1,26% para 4,03% do total comercializado; em supermercados, de 1,47% para 2,4%; e nas bancas de jornal, de 0,36%, para 2,21%.

FRIO ELEVA A INCIDÊNCIA EM 30%

Oscilações de temperatura e tempo seco são responsáveis por praticamente 90% dos problemas respiratórios que acometem a população durante o outono e o inverno. Mas esse quadro climático também pode desencadear outras doenças: as cardíacas.
Segundo o cardiologista João Vicente da Silveira, as infecções e viroses típicas deste período afetam diretamente a circulação sanguínea. “As infecções respiratórias comprometem todo o organismo e causam um processo de inflamação nas artérias, o que exige um esforço maior do coração, resultando em um desiquilíbrio do músculo cardíaco. Quem já tem problemas cardíacos, acaba ficando mais exposto a infartos”, explica. Esse processo inflamatório também agrava a ateroesclerose, formação de placas de gordura na parede dos vasos, diminuindo seu diâmetro e aumentando os riscos.
Quando o frio entra em contato com a pele, o corpo produz espasmos arteriais para manter sua temperatura natural. Essas contrações causam aumento da pressão arterial e predispõem a formação de coágulos no sangue. “Os espasmos fecham as artérias fazendo com que o coração trabalhe mais para bombear o sangue por todo o corpo”, esclarece Silveira. “Isso pode resultar em uma arritmia, levando a uma angina cardíaca ou a um infarto agudo”, completa.
Dados da Associação Americana do Coração mostram que o inverno aumenta em até 25% a incidência de doenças cardiovasculares. No Brasil, o aumento chega a 30% nos meses frios, segundo os especialistas. Silveira afirma que aproximadamente 30% dos infartos registrados no país são decorrentes das mudanças bruscas de temperatura. Com o frio, o sangue também pode ficar mais denso. “Há registros de acidente vascular cerebral por conta das alterações na densidade sanguínea”, diz o especialista.
Ainda de acordo com o médico, tabagistas, idosos e hipertensos são os mais propensos a desenvolver problemas cardíacos nesta época do ano. “Nesses casos, as chances de sobrevida após um infarto caem pela metade”, afirma o médico. Daí a necessidade de manter os cuidados, realizando os exames preventivos; alimentando-se de forma equilibrada; praticando atividade física, evitando cigarro e álcool. Nas cidades brasileiras mais frias, o cardiologista recomenda que as pessoas mantenham-se mais agasalhadas e consumam bebidas quentes como chás. Caldos e sopas leves também são uma boa alternativa.

MILHO COM IDENTIDADE.


O novo padrão oficial de classificação do milho, que entra em vigor a partir de 1º de setembro de 2013, influi diretamente na vida da população. O que vai ocorrer com o milho já acontece com o arroz e o feijão. “Ao comprar um grão do “tipo I”, por exemplo, o consumidor sabe que está adquirindo um alimento de melhor qualidade, maior percentual de grãos inteiros e maior rendimento no cozimento”, explica Marco Aurélio Pimentel, pesquisador da Embrapa.
No caso do milho, o atual padrão oficial de classificação tem 36 anos (de 1976) e apresenta-se defasado, já que não atende mais às necessidades e exigências dos mercados consumidores. O novo padrão tem o objetivo de atualizar os limites de tolerância para atender às exigências mercadológicas. “Isso permite que a norma seja aplicada na safra 2013/2014, o que dará tempo suficiente para que os produtores se adaptem às novas exigências de classificação”, afirma o coordenador de Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Fábio Fernandes.
Uma das principais diferenças está na diferenciação do padrão de qualidade do milho pipoca para o milho comum. “Antes, havia um padrão único para os dois produtos”, lembra. A partir de 2013, o milho será classificado em grupos (duro, semi duro, dentado e misturado), classes (amarela, branca, cores e misturada) e tipos (I, II, III e fora de tipo), estabelecidos conforme a qualidade (ver tabelas). Além disso, haverá alteração quanto ao percentual mínimo de grãos com as características do grupo para o enquadramento.
Limites - Os limites máximos de tolerância de grãos ardidos, mofados, quebrados, carunchados, matérias estranhas e impurezas foram revisados e tornaram-se mais rígidos. Pelas novas regras oficiais, para o grão ser classificado como milho “Tipo 1”, por exemplo, em cada tonelada poderá haver até 6% de grãos avariados, enquanto que atualmente seria permitido até 11% desses grãos por tonelada.
Os novos limites exigem a adequação de produtores, armazenistas e indústrias quanto aos cuidados com os grãos na manutenção da qualidade, desde o cultivo, no manuseio, no transporte, no acondicionamento e com técnicas de controle de pragas e de armazenamento.
Impacto - De acordo com o pesquisador da Embrapa, o novo padrão de classificação trará vantagens aos consumidores pela disponibilidade de alimentos à base de milho com melhor qualidade, devido ao maior rigor nos limites de tolerância. Por outro lado, sustenta Pimentel, produtores rurais, cooperativas e indústrias também serão beneficiados pelo novo padrão.
Os produtores terão que se adequar ao uso de sistemas de produção que forneçam grãos com maior qualidade, como o Sistema de Produção Integrada, terão de fazer uso adequado de máquinas colhedoras, de sistemas de secagem, estruturas e práticas de armazenamento que permitam alcançar maior qualidade dos grãos na pós-colheita.

domingo, 29 de julho de 2012

OS SETE PASSOS PARA A SUPERAÇÃO DO CONTROLE DO EGO.



Olá amigos!
Estamos constantemente envolvidos com as armadilhas do ego, é preciso vigiá-lo constantemente e toda atenção é pouca. A filosofia budista considera que o ego é o grande demônio da humanidade. Mas ao mesmo tempo, ele tem sua importância em nosso processo de individuação. Portanto, nosso crescimento e aprendizado não envolve "destruí-lo", mas sim colocá-lo em seu devido lugar. Nós não somos apenas o ego, a mente. Somos muito mais...
Compartilho um resumo do texto de Wayne W. Dyer que pode nos ajudar a transcender alguns conceitos enraizados. Vamos a ele:

1. Pare de se sentir ofendido.
Existe a ofensa apenas quando você se enfraquece. Se procurar por situações que o aborreça, as encontrará em cada esquina. É o ego no controle convencendo você que o mundo não deveria ser do jeito que é. Mas é possível tornar-se um observador da vida e alinhar-se com o Espírito da Criação universal. Não se alcança o poder da intenção sentindo-se ofendido. Procure erradicar, de todas as formas possíveis, os horrores do mundo que emanam da identificação maciça do ego, e esteja em paz. Ficar ofendido cria o mesmo tipo de energia destrutiva que a princípio o feriu, e leva a agressão, ao contra-ataque e a guerra.

2. Abandone o querer vencer.
O ego adora nos dividir entre ganhadores e perdedores. É impossível vencer sempre. Algumas pessoas serão mais rápidas, mais sortudas, mais jovens, mais fortes e mais espertas que você e acabará se sentindo insignificante e sem valor diante delas. Você não se resume em suas conquistas e vitórias. Não há perdedores num mundo onde todos compartilham da mesma fonte de energia. Só se pode afirmar que, em determinado dia, sua atuação esteve num certo nível comparada a outras. Mas cada dia é diferente, com outros competidores e novas situações a serem consideradas. Você continua sendo a infinita presença num corpo que está a cada dia ou a cada década, mais velho. Seja um observador, perceba e aprecie tudo sem a necessidade de ganhar um troféu. De forma inusitada, as vitórias aparecerão mais em seu caminho quanto menos as desejá-las.

3. Abandone o querer estar certo.
O ego é a raiz de muitos conflitos e desavenças porque o impulsiona julgar as pessoas como erradas. Quando a pessoa é hostil, houve uma desconexão com o poder da intenção. O Espírito de Criação é generoso, amoroso e receptivo; e livre de raiva, ressentimento ou amargura. Cessar a necessidade de ter razão nas discussões e nos relacionamentos é como dizer ao ego; "Não sou seu escravo. Quero me tornar generoso. Quero rejeitar a necessidade de ter razão". Mas fique atento, pois o ego é um combatente determinado. Tenho visto pessoas terminarem lindos relacionamentos por apego a necessidade de estarem certas. Quando estiver no meio de uma discussão, pergunte a si mesmo; "Quero estar certo ou ser feliz?" Ao optar por ser feliz, amoroso e predisposto espiritualmente, a conexão com a intenção se fortalecerá. A Fonte universal começará a colaborar com você para uma vida criativa ao qual foi predestinado a viver.

4. Abandone o querer ser superior.
A verdadeira nobreza não é uma questão de ser melhor que os outros. É uma questão de ser melhor ao que você era. Concentre-se em seu crescimento, consciente de que ninguém neste planeta é melhor que ninguém. Não julgue as pessoas pelas aparências, conquistas, posses e outros índices do ego. A distinção sempre leva a comparações. Baseia-se na falta vista no outro, e se mantém pela procura e ostentação das falhas percebidas. Perceba a expansão de Deus em cada um. Todos nós emanamos da mesma força de vida criadora. Todos temos a missão de realizar nossa pretendida essência, tudo que precisamos para cumprir nosso destino está ao nosso alcance. Mas nada é possível quando nos sentimos superiores aos outros.

5. Deixe de querer ter mais.
O mantra do ego é "mais". Ele nunca está satisfeito. Não importa o quanto conquistou ou conseguiu, o ego insiste que ainda não é o suficiente. Ele põe você num estado perpétuo de busca e elimina a possibilidade de chegada. Na realidade, você já está lá e a forma que opta para usar esse momento presente da vida é uma escolha. Ao cessar essa necessidade por mais, as coisas que mais deseja começam a chegar até você. Sem o apego da posse, fica mais fácil compartilhar com os outros. Você percebe o pouco que precisa para estar satisfeito e em paz. A Fonte universal é feliz nela mesma, expande-se e cria vida nova constantemente. Nunca obstrui suas criações por razões egoístas. Cria e deixa ir. Ao cessar a necessidade do ego de ter mais, você se unifica com a Fonte. Como um apreciador de tudo que aparece, aprende a lição poderosa de São Francisco de Assis: "É dando que se recebe". Ao permitir que a abundância lhe banhe, você se alinha com a Fonte e deixa essa energia fluir.

6. Abandone a idéia de você baseado em seus feitos.
É um conceito difícil quando se acredita que a pessoa é o que ela realiza. Deus compõe todas as músicas. Deus constrói todos os prédios. Deus é a fonte de todas as realizações. Posso ouvir os egos protestando em alto e bom som. Mas, vá se afinizando com essa idéia. Tudo emana da Fonte! Você e a Fonte são um só! Você não é esse corpo ou os seus feitos. Você é um observador. Veja tudo ao seu redor e seja grato pelas habilidades acumuladas. Quanto menos atribuir a si mesmo suas realizações, mais livre será para realizar e muito aparecerá em seu caminho. Quando nos apegamos às realizações e acreditamos que as conseguimos sozinhos abandonamos a paz e a gratidão à Fonte.

7. Deixe sua reputação de lado.
Sua reputação não está localizada em você. Ela reside na mente dos outros. Você não tem controle algum sobre isso. Ao falar para 30 pessoas, terá 30 imagens. Conectar-se com a intenção significa ouvir o coração e direcionar sua vida baseado no que a voz interior lhe diz. Esse é o seu propósito aqui. Ao preocupar-se demasiadamente em como está sendo visto pelos outros, mostra que seu eu está desconectado com a intenção e está sendo guiando pelas opiniões alheias. É o seu ego no controle. Você se desconecta da fonte de poder, convencido de que seu propósito é provar o quão poderoso e superior é. Desperdiça energia na tentativa de obter uma reputação maior entre outros egos. Guie-se sempre pela voz interior conectada e seja grato à Fonte. Atenha-se ao propósito, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade do que reside dentro de você: seu caráter. Como o título de um livro diz: O que você pensa não me diz respeito!

Sejamos felizes!