quinta-feira, 12 de novembro de 2015

COM A CONCORDÂNCIA DE TODOS VOCÊS, HOJE VOU FALAR DE MIM.

A tarefa mais difícil de um escritor em transpor suas ideias para qualquer lugar é, sem dúvida, falar de si mesmo. Hoje,  vou me dar o trabalho de falar de mim.

Mas eu não existiria sem o mim do "eu lírico", "eu crítico", "eu sarcástico", "eu belo". Calma, nada a ver em filosofar sobre o que penso de minha pessoa. Sou apenas um lugar comum com algo um pouco diferente. Uma tempestade com raios, trovões, relâmpagos e muitos ventos...

Ventos que levam e elevam o meu catamarã de ideias... Umas com ondas grandes e fortes e outras com apenas o balanço do mar.

Ah, o mar!!! O meu mar tem elementos que vão além dele mesmo. Claro! Tem vida marinha, tem frutos, tem correntezas... mas tem calmaria... tem Leandro, Marcia Fabíola, Dalvo, Cleusa, Deise, Izadora, tem Renã e tem Liane.

Eu tenho em mim todos os sonhos de pessoas como o do meu pai Alcides e amor como o de minha saudosa mãe Leonida, que tanto amo.

Cara, tenho tanta coisa que seria chato falar de todas, mas tem uma, apenas uma, que quero ressaltar aqui. Como na canção "Imagine", de Lennon, sou sim um dreamer, um sonhador que sonha inclusive acordado. Mas o que seria dos sonhos se não pudéssemos contemplá-los em pensamentos diários?

Quer saber, sou um taurino que não ataca ninguém, um gramadense de nascimento,  mas amo a meu  querido Gramado também. Mas sou um horizontinesne de coração, trazido pelo acaso dos sonhos de um jovem e onde eu aprendi o sentimento mais nobre do ser humano – o amor.

Te digo mais: sou um eterno aprendiz... acho que não escrevo bem e muitas das vezes , até abuso das autocríticas. Sou muito exigente comigo e consigo com isso expulsar qualquer sentimento de vaidade que poderia vir. Como ser vaidoso sendo gordinho, careca e barrigudo?

A minha vaidade acontece quando realizo uma vontade, um desejo, um sonho... Coisas do tipo comer um bom prato preparado com capricho por alguém que eu gosto. Ou talvez me emocionar com aquela cena triste de um filme, novela, comercial de margarina ou saída de um participante de simples reality show. Ou até gargalhar com uma charge, cartoon ou videocassetadas em programas de televisão.

Sou do tipo paizão, sempre gostei de sair com meus filhos fosse pra comer pipoca no cinema, levá-los ao parquinho da praça ou da escola mesmo. Ah, também fui rígido, quando a palmada se faz necessária, as presentiei, por que não? Levei muitas palmadas e nem por isso sou traumatizado.

Medos? Já tive muitos... mas quando a gente vai crescendo, vai percebendo que o tamanho deles vai diminuindo conforme sua maturidade.

Às vezes sou criança, me pego discutindo com meus netos como se fôssemos velhos colegas de escola. Um erro? Pode ser, mas esse sou eu!

Gosto de inventar coisas legais, criei até um sanduíche com pão de forma, queijo, presunto, tomate e cenoura. Calma, não é misto quente, é de um jeito que só eu sei preparar.

Música? Gosto muito e acreditem, de todos os gêneros, ritmos e alturas. Tudo vai depender de onde, quando e com quem... As vezes creio que sou o "Último romântico daquela velha mais atual música do Lulu".

Sou quem eu sempre quis ser, um multimídia! Poeta sem livro publicado . Sou videomaker. Sou publicitário, jornalista, designer... são tantos que até esqueço quem sou.

Afora tudo isso, sou algo mais importante de tudo que falei aqui: sou eu autêntico, alguém que se reinventa todos os dias. Um ser pra lá de humano, sou às vezes mais do que penso ser... Sou a prova cabal que Deus existe e criou seus filhos com sua semelhança. Tenho fé e muita fé, que me desculpem os ateus. Mas Deus está em mim assim como toda a minha família todos os dias da minha vida e... se eu for embora , já cumpri minha missão:

Plantei uma árvore, estou escrevendo um livro e fiz filhos. Alguém pode querer mais do que isso na vida? Aos 73 completados , me dou ao direito de dizer que toda a infelicidade do ser humano, jamais será suplantada pela felicidade real. E só é infeliz quem quer ser infeliz por qualquer que sejam as adversidades. A vida pra mim sempre será uma longa, eterna e brilhante festa.

Obrigado meu Deus por chegar até aqui com discernimento e coragem pra lutar. Que eu possa em mais alguns anos de vida terrena, fazer bem mais pelos outros do que já fiz até hoje. E que as pessoas possam , assim como eu, escrever mais sobre si, para perceberem que haverá (ou não!) muitas linhas para serem escritas nessa jornada evolutiva da vida. Só depende de cada um fazer a sua parte e acreditar que amanhã sempre pode ser melhor do que ontem e hoje. Mas se Deus não quiser, posso ir feliz, porque tenho a certeza de que sou uma pessoa do bem e isso me faz muito bem e quiçá fará também para outras gerações que virão depois da minha.

Nasci em 40, cresci em 50, curti em 60 e vi o mundo mudar em 2000. Fui pai em 1962 e 1965. Chego a 2015 acreditando que meus filhos e netos vão poder também fazer boas mudanças quando chegar o tempo deles. Espero poder ver que a nossa "geração ainda fará muita diferença em nosso País.

Viva eu, Viva tu e viva nós de 1940.

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