quarta-feira, 29 de abril de 2009

ÁGUA LIMPA NA TORNEIRA, SEM TRATAMENTO

Um dos exemplos mais bem-sucedidos de planejamento de Nova York é o da preservação de mananciais. A metrópole não tem uma única estação de tratamento. A água que sai das torneiras chega direto das Montanhas Catskills, a 200 quilômetros da cidade. Recebe só uma injeção de cloro, para cumprir a legislação, e uma pitada de flúor, para fortalecer os dentes. Nos restaurantes, quando o cliente pede água, é comum o garçom perguntar: "Bottle or tap?", "Garrafa ou torneira?" A qualidade é a mesma, mas a da torneira é de graça.
receita secreta é conservação. Nos anos 1990, quando a expansão urbana pôs em risco a qualidade da água, Nova York se viu diante de duas opções: construir estações de tratamento ou proteger represas da poluição. Optou pela segunda. Comprou terras no entorno dos mananciais e financiou programas de boas práticas agrícolas. "Preferimos manter a água limpa em vez de limpá-la", diz Kathryn Garcia, diretora de Projetos Estratégicos do Departamento de Proteção Ambiental. Desde 1997, Nova York investiu R$ 410 milhões na compra de 176 mil km quadrados de terra. A água é distribuída por dois túneis, inaugurados em 1917 e 1936.

Para ter água limpa em Horizontina além de pagar bem os agricultores para que cuidem dos mananciais, teremos que pagar bem aos cidadãos da cidade para que não poluam os arroios que levam a água até o local de captação da água que eles mesmos vão tomar depois. Portanto, aqui, o buraco é mais embaixo.

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