domingo, 14 de julho de 2019

A VERDADEIRA EDUCAÇÃO CONSISTE NO CULTIVO DO CORAÇÃO.

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A educação é um processo contínuo, permanente de interação, que tem início antes do nascimento do indivíduo, com a educação de seus pais, e dura toda a vida, desenvolvendo-se em instituições específicas e além delas. Nesse encontro com a sabedoria interior, os, educadores, podem ser meros transmissores de informação ou estabelecer como objetivo um verdadeiro conceito de educação. Se assumirem ser EDUCADORES, poderão contribuir para uma mudança social a partir do desenvolvimento individual e coletivo. Para isso, terão que participar da mudança e vivê-la como um desafio essencial. Assim poderão colaborar na construção de uma comunidade harmoniosa, apoiada nos VALORES HUMANOS como base do crescimento pessoal e comunitário.

A vida nesta nossa complexa e comprometida época é difícil porque o desenvolvimento de nossos conhecimentos intelectuais levou-nos a explorar milhões de quilômetros de um espaço até há pouco inexplorado, mas a habilidade e o esforço para explorar um milímetro do nosso próprio espaço interior foram diluídos. 


O educador francês Celestine Freinet disse: “... a ciência constrói robôs que... calculam a uma velocidade vertiginosa e que são capazes de vencer o poder, criando uma grande devastação. Infelizmente, a ciência ainda não conseguiu produzir o homem que pensa não por meio de fios e engrenagens, mas com seu ser sensível, e capaz de determinar o destino dos robôs. Esse ser sensível é que devemos educar, não apenas para criar e animar os robôs, mas para dominá-los e exaltar os elementos de consciência e humanidade que são a grandeza e a razão de ser do Homem”.

Vivemos um momento histórico crucial, em que ainda podemos colaborar para a criatividade, a participação responsável e a cooperação na construção de uma comunidade harmoniosa, baseada em Amor, energia de crescimento e de transformação, respeito, verdade, retidão e justiça. 

Em nosso trabalho cotidiano, precisamos projetar um futuro com sentido e ações diferentes. Respeitar toda expressão de vida e levar à prática a idéia de que “o homem seja irmão do homem” são atitudes resultantes de uma vida sustentada no desenvolvimento dos valores. Quando cada um de nós se pergunta: “A que sociedade aspiro?”, a resposta é unânime:
Todos desejamos uma sociedade solidária, compreensiva, tolerante, justa e participativa.

Um dos espaços para a transmissão de valores poderá ser a escola, desde os balbucios do jardim de infância até a cátedra pós-universitária. Para isso, devemos ter consciência da relevância da atividade diária da aula como um espaço de vivência exemplar e habitual dos valores a que aspiramos e que sejam definidos socialmente. O primeiro passo consiste em dar-nos conta da importância de, como os PROFESSORES, praticam esses valores em todos os momentos, já que são eles que nos dão uma verdadeira qualidade humana.
Nossa sociedade necessita reencontrar o homem e sua essência como objetivo central e, partindo dessa visão, avançar na busca de seu bem-estar e felicidade em interação harmônica com a natureza e o Cosmos.

Só sobreviveremos se aprendermos a elaborar um novo paradigma, no qual cooperar seja mais importante que competir, a igualdade de oportunidades, uma realidade e não um mero enunciado, e em que construamos pontes de união entre os pensamentos e as ações, sem limitar-nos ao nosso relativo ponto de vista. A partir da resolução pacífica dos conluios e do prazer de sentir e viver a paz, semearemos a base para uma Futura Paz Mundial. 

A grande crise que vivemos hoje é ao mesmo tempo uma grande oportunidade para reencontrar a pureza da vida, com a autenticidade e a sinceridade daquelas almas que não se contundiram com o egoísmo e a competitividade de nossa época e que esperam o reencontro do homem com seu Ser Interior. 

Quando aprendemos a viver em nossa essência de Valores Humanos, amamos sem egoísmo, compreendemos, toleramos e compartilhamos. Este Novo Homem, em permanente processo de construção, AMA. Ama a vida em todas as suas manifestações. Nutre-se da verdade e da retidão. Busca a paz como manifestação autêntica do ser humano. Condena a violência e privilegia atitudes, gestos, palavras e pensamentos que conduzem à não-violência. Afronta com valentia e decisão o reencontro com a dimensão positiva do Ser, construindo a partir daí um novo paradigma para a humanidade.

Um professor sufi disse certa vez: “Podes voltar às tuas origens e lá plantar uma árvore com o melhor de ti mesmo”.
Plantemos essa semente no coração das crianças e dos jovens, e lá crescerão as árvores que oxigenarão o planeta.
Assim reencontraremos o equilíbrio e tornaremos realidade o seguinte pensamento do educador Sai Baba:
“A verdadeira educação consiste no cultivo do coração.” Um dos muitos propósitos que deveria ter a educação neste pais.

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