O reconhecimento do direito à vida, considerando todas as suas etapas, é o alicerce seguro que sustenta a convivência humana e a comunidade política. Cresce, pois, a urgência de os cristãos – e dos que a eles se aliam por partilharem convicções, princípios e valores – anunciarem o Evangelho da vida. As muitas crises na sociedade brasileira – sanitária, econômica, política, ética, cultural – devem interpelar os discípulos de Jesus, homens e mulheres de boa vontade, para desarmar as armadilhas arquitetadas pela ganância e pelo lucro – com suas manipulações e inverdades que enjaulam cidadãos e cidadãs em lógicas prejudiciais ao desabrochar da vida plena, atrasando, sempre mais, o sonho de uma sociedade impulsionada pela fraternidade universal.
Os cristãos não ignorem a realidade desafiadora da contemporaneidade, hibernando em “zonas de conforto”. Ao invés disso, é urgente crescer na veneração e no compromisso com a vida do outro, especialmente do pobre e indefeso, por uma sociedade solidária e fraterna. A doutrina do Evangelho da vida só é vivida e testemunhada quando inspira a busca por rumos novos, capazes de afastar a sociedade dos cenários vergonhosos da desigualdade social e de outros atentados contra a vida, dom inviolável. É hora de novas lógicas, gerando renovadas narrativas com força libertadora. Lembra bem o Papa Francisco: ninguém se salva sozinho. Todos no mesmo barco. Valha, de verdade, o Evangelho da vida.
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