domingo, 3 de fevereiro de 2013

O PESO AMBIENTAL

Um estudo da Organização Mundial da Saúde realizado em 2006 apontou que 24% das doenças em nível mundial e 23% das mortes prematuras são decorrentes de exposição a riscos ambientais evitáveis. Por exemplo: 94% das doenças diarreicas, 42% das doenças respiratórias e 42% dos casos de malária. Falta de água tratada e esgoto contribui em 88% na incidência de 1,5 milhão de mortes de crianças causadas por diarreias, no ano. Mais de um milhão morrem por infecções respiratórias agudas. Nos países em desenvolvimento, 18% do total de doenças e mortes prematuras estão relacionadas ao meio ambiente. Falta de água e saneamento responsáveis, por 7%, poluição atmosférica, 4%, doenças causadas por vetores contaminantes, 3%, poluição atmosférica urbana, 2%, e lixo agroindustrial, 1%.

Pequim, janeiro de 2013. A cidade está tomada pela fumaça. As pessoas usam máscara para conter a poluição, pior, as partículas microscópicas que penetram nos pulmões e entram na corrente sanguínea provocam doenças cardiovasculares e infecções agudas. Uma pesquisa do Greenpeace-Ásia, em conjunto com uma universidade chinesa, identificou 8,6 mil mortes prematuras em 2012, consequência da poluição atmosférica. No Brasil, os estudos apontam para 20 mil mortes por ano, quatro mil somente na cidade de São Paulo. A OMS diz que o recomendável é que circulem 20 microgramas por metro cúbico das partículas poluentes. Em algumas cidades o índice é 15 vezes maior. Em Pequim chegou a 25. Pequim parece Londres em 1952, quando uma inversão térmica concentrou a fuligem do carvão das usinas térmicas e das fábricas, matando quatro mil pessoas.

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