quinta-feira, 26 de setembro de 2019

POSSO PERDOAR, ESQUECER NÃO!

Resultado de imagem para bolsonaro na onu

Discordo das afirmações de que Bolsonaro fez um discurso agressivo na ONU. Ele fez um discurso estúpido. Revelou em sua natureza crua a total falta de cultura e de educação, a imbecilidade revestida de ideologia nacionalista, as tiradas de patriotismo hipócrita.

Posso perdoar, embora não poderei esquecer a afirmação de que a Amazônia não seja um patrimônio da humanidade, como se qualquer pedaço de terra no mundo não fosse um patrimônio comum dos humanos. 


Posso perdoar, embora não poderei esquecer, o insulto gratuito aos socialistas do mundo inteiro a partir de uma figura patética, que dá todos os sinais de que sequer saber o que é socialismo. 

Posso perdoar, mas não esquecerei da infame acusação aos índios como culpados pelas queimadas da Amazônia. 

Posso perdoar, mas não poderei esquecer a manipulação pública de uma índia em plena Assembléia Geral para justificar uma política indigenista de extermínio cultural.

De tudo que ouvi de Bolsonaro na ONU, a parte que mais me chamou a atenção foi a que evocou em mim, no final do discurso no estilo hitlerista, carregado de ódio e de falso patriotismo, a frase célebre do grande pensador inglês, Samuel Johnson: 

“O patriotismo é o último refúgio do canalha.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário