Discordo das afirmações de que Bolsonaro fez um discurso agressivo na ONU. Ele fez um discurso estúpido. Revelou em sua natureza crua a total falta de cultura e de educação, a imbecilidade revestida de ideologia nacionalista, as tiradas de patriotismo hipócrita.
Posso perdoar, embora não poderei esquecer a afirmação de que a Amazônia não seja um patrimônio da humanidade, como se qualquer pedaço de terra no mundo não fosse um patrimônio comum dos humanos.
Posso perdoar, embora não poderei esquecer, o insulto gratuito aos socialistas do mundo inteiro a partir de uma figura patética, que dá todos os sinais de que sequer saber o que é socialismo.
Posso perdoar, mas não esquecerei da infame acusação aos índios como culpados pelas queimadas da Amazônia.
Posso perdoar, mas não poderei esquecer a manipulação pública de uma índia em plena Assembléia Geral para justificar uma política indigenista de extermínio cultural.
De tudo que ouvi de Bolsonaro na ONU, a parte que mais me chamou a atenção foi a que evocou em mim, no final do discurso no estilo hitlerista, carregado de ódio e de falso patriotismo, a frase célebre do grande pensador inglês, Samuel Johnson:
De tudo que ouvi de Bolsonaro na ONU, a parte que mais me chamou a atenção foi a que evocou em mim, no final do discurso no estilo hitlerista, carregado de ódio e de falso patriotismo, a frase célebre do grande pensador inglês, Samuel Johnson:
“O patriotismo é o último refúgio do canalha.”
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