Duas das mais importantes categorias de trabalhadores,
colono e motorista voltam a comemorar o dia a elas dedicado - 25 de julho. E
neste ano com motivos adicionais.
O colono, identificado com a figura do
agricultor familiar, segue rompendo limites de produção, ao ponto de ser o
responsável por 70% dos alimentos que o brasileiro consome. E o motorista acaba
de ter a profissão regulamentada, bandeira de décadas de luta.
Exercendo
atividades que exigem aprimoramento, esforço e dedicação constantes, motorista e
colono adotaram também um papel de complementaridade, ou de interdependência. O
sucesso de um, muitas vezes, está atrelado ao do outro. Por melhor qualidade que
tenha a fruta ou a hortaliça, ela vai para a vala do desperdício se não chegar
ao mercado consumidor - e se não for vendida para gerar a receita que sustentará
a família.
Apesar de indicadores positivos, colono e motorista estão
envolvidos em situações complicadas. O produtor rural sente ameaçada a
continuidade de seu trabalho pela falta de sucessores. Estão com o futuro
incerto dezenas de milhares de propriedades gaúchas.
Já o motorista de
caminhão, que festejou a regulamentação da profissão, vive realidade cercada de
dúvidas e preocupação. Típico de leis criadas em gabinetes, o texto que deveria
estar vigorando carrega pelo menos um item cujo cumprimento é impossível. O
sonhado descanso de 11 horas por dia se tornou inviável porque não há
infraestrutura para o caminhoneiro parar.
A legislação dos motoristas precisa
ser adequada, com bom senso, para produzir os benefícios esperados pela
categoria. E a atividade rural merece melhor atenção, com programas que
mantenham o jovem no campo, garantindo ao adulto de amanhã qualidade de vida e
perspectivas de crescimento. É o mínimo que governantes podem fazer por essas
classes de trabalhadores.
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