As chuvas voltaram. Parece letra de música, mas soa
com muito mais melodia aos ouvidos dos produtores rurais da região Sul, afetados
pela estiagem que ainda assola microrregiões dos três Estados do Sul desde
novembro de 2011. O problema preocupa. Somente no RS e em SC são mais de 260
municípios atingidos.
Até o momento, conforme dados da Emater,
o que foi perdido na safra de grãos, na produção leiteira e de frutas, é
irrecuperável. “Agora é o momento de represar águas e não perder a cultura da
irrigação”, avalia meteorologista Flávio Varone, do Centro Estadual de
Meteorologia da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro).
O Rio
Grande do Sul deixou de colher nesta safra 6 milhões de toneladas de soja, 3,2
milhões/t de milho, 2,7 milhões/t de trigo. No total, as perdas poderão chegar a
29 milhões de toneladas, o equivalente a R$ 20 bilhões. Um número desastroso
sobre o PIB gaúcho de R$ 228,3 bilhões. Por causa do clima, de cada 10 safras,
sete são desastrosas no Estado.
Contudo, a chuva regular está retornando. A
promessa é de rios com vazão normal, como o Uruguai, um dos mais importantes da
radiografia do Sul do Brasil. O Centro Estadual de Meteorologia, em nota
técnica, divulgada na sexta 4, decreta o final do fenômeno La Niña, o que
significa mais regularidade nas chuvas para os meses de maio, junho e julho.
“Haverá volta gradual da chuva, segundo os prognósticos”, endossa o
meteorologista da Fepagro.
Em maio, são esperadas precipitações acima da
média para todo o Estado, principalmente nas regiões Oeste e Noroeste. As
temperaturas mínimas também devem ficar próximas à média, enquanto as máximas
permanecerão um pouco abaixo do normal, principalmente na região Oeste.
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