Os primeiros reafirmam que a produção de conhecimento e tecnologia deve estar voltada à produção de mercadorias e que o Estado deve se abrir cada vez a esse setor, possibilitando aos interesses privados uma ingerência mais efetiva nos rumos da Embrapa. Para isso, sua estrutura e “cultura” organizativa devem se adequar aos valores apregoados e praticados nas relações de trabalho da iniciativa privada. O alimento e todo o conhecimento dali gerados serão mediados pelo interesse particular, agora no seu DNA jurídico-administrativo.
Ao defender uma Embrapa 100% pública, o segundo grupo apresenta uma aparente contradição a essa ideia. No entanto, logo nas primeiras linhas de sua argumentação, com raras exceções, querem dizer, na verdade, que a Embrapa tem de ter dinheiro 100% público voltado a interesses 100% privados.
A pergunta que deve ser feita é: o que a sociedade brasileira deseja da Embrapa
para consolidar um projeto de país soberano, justo e sadio do ponto de vista
alimentar e tecnológico? Respondido isso, cabe ao governo e ao Estado brasileiro
fazer as políticas públicas fluirem e determinar à Embrapa o cumprimento das
metas ali estabelecidas.
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