terça-feira, 14 de julho de 2020

NÃO INTERESSA AO GRUPO DO 1% DOS PRIVILEGIADOS:


1% caviar: a elite que nunca vi | Terraço Econômico

– Se milhares de brasileiros, a maioria pobre e preta, morrerão na pandemia vítimas da incúria do governo central e sua tropa negacionista;

– Se populações indígenas estão sendo, mais uma vez, vítimas de genocídio — com as vistas grossas desse mesmo governo;

– Se o povo é tratado como massa de manobra para atender aos interesses mais escusos das máfias e milícias incrustadas nos poderes econômico e político (e também religioso), com a complacência do governo;

– Se o estado está sendo militarizado para agradar os velhos intentos corporativos dos pretorianos das elites;

– Se no plano internacional o país se torna um pária, ignorado e gradativamente excluído, simbólica e objetivamente, no concerto das nações;

– Se o que resta do nossa soberania e meio-ambiente são negociados com quem der mais, de portas abertas para a boiada passar;

– Se o moralismo religioso (dos sepulcros caiados, obscurantistas e fundamentalistas) se impõe como política pública, estuprando o estado laico;

– Se o sistema de justiça continua um dos mais seletivos, elitistas e vingativos do planeta;

– Se o desmonte do Estado — com a dilapidação de suas riquezas e patrimônio e a destruição das políticas públicas e sociais — levará o país a bancarrota em pouco tempo…

Interessa para esses grupos de privilegiados a defesa de um modelo de sociedade que mantenha os lugares sociais historicamente pré-determinados (dos pobres, pretos, vulneráveis; enfim, dos descartáveis). E que a apropriação dos bens públicos, a expropriação das riquezas nacionais e a exploração do trabalho continuem monopólios garantidos às famílias dos coronéis de sempre.

O discurso de defesa da democracia e da Constituição, entre outros, muitas vezes é usado como um artigo de perfumaria, manobrado estrategicamente por esses privilegiados quando percebem que seus interesses estão ameaçados.

Mais uma vez, parece se construir um pacto entre elites, inclusive com alguns dos burocratizados setores das esquerdas. Um acordão que vira as costas para o povo, a soberania nacional, a possibilidade de construção de um país onde caibam todas e todos, mantendo-se um governo claramente neofascista.

Se não é possível disfarçar o malcheiroso bode que esses setores colocaram na sala, nem com colossal quantidade de perfume importado, parece que se pactuará para que o bode continue, desde que não estrague os planos dos capitães do mato de sempre.

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