terça-feira, 12 de novembro de 2019

AS PERSPECTIVAS SÃO AS PIORES POSSÍVEIS.


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Após o Supremo Tribunal Federal reconhecer que a Constituição é constitucional, a esperança foi colocada novamente em liberdade. Qualquer palavra ou espaço se torna pequeno diante da dimensão que é a liberdade de um líder de projeção mundial, como é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Imediatamente à soltura, Lula foi convidado para posse do presidente da Argentina, Alberto Fernández, para ser homenageado em Paris, de quem recebeu o título de cidadão honorário e convidado a conceder entrevista a um sem número de noticiosos nacionais e internacionais. Lula foi posto em liberdade em respeito à Constituição, apenas isso.

Foi colocada em liberdade a força política capaz de organizar a sociedade na luta contra a agenda ultraliberal, imposta pelo mercado financeiro, por meio de Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes. O Brasil, assim como alguns países da América Latina, vive uma efervescência provocada pelas políticas econômica e social adotadas por governos ultraliberais, desde o golpe de 2016, nefastas para o conjunto da sociedade. Desde a reforma da Previdência às reformas trabalhistas, chegando à PECs emergenciais, apresentadas na última semana, o objetivo do mercado financeiro, por meio do governo, é o de implantar um impossível Estado Mínimo, que só existe nos delírios do ultraliberal Guedes, que não terá mais o Estado para induzir o desenvolvimento com investimentos em obras de infraestrutura.

Em relação às últimas medidas apresentadas, as perspectivas são as piores possíveis para um país cujo PIB passou de R$ 1,5 trilhão, em 2003, para R$ 5,5 trilhões, em 2015. Um país cuja reserva internacional, em 2003, foi de US$ 10 bilhões e, em 2015, foi de R$ 380 bilhões. O Brasil é um dos 10 maiores PIBs do mundo, apesar de ser o nono país mais desigual. Há, no País, cerca de 14 milhões de pessoas na extrema pobreza, que vivem com R$ 8,00 por dia e, metade da população, ou 110 milhões, vive com R$ 415 reais por mês. Como nada está tão ruim que não possa piorar, eis que Bolsonaro e Guedes foram ao Congresso Nacional apresentar três propostas de emenda à Constituição (PECs) que, junto com a reforma da Previdência, sacramenta o fim do Estado como indutor do desenvolvimento. Haverá redução e relativização de despesas obrigatórias, como o pagamento de salários. O BNDES, que financia o Seguro Desemprego e o Abono Salarial, vai perder 40% do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Não haverá reajuste salarial, das aposentadorias, das pensões e nem dos benefícios. Qualquer valor arrecadado acima do deficit fiscal, de R$ 340 bilhões, não será destinado para saúde ou educação, senão para o pagamento de serviços da dívida, ou seja, dinheiro para banqueiros. Os vencimentos dos servidores serão reduzidos em 25%. Quase todos os fundos públicos serão extintos e isso significa um retrocesso incomensurável. O financiamento da ciência e da tecnologia pode desaparecer para Bolsonaro entregar ao mercado financeiro mais de R$ 200 bilhões. Nesse sentido, tem tanto significado a soltura de Lula quanto a vociferação de seus algozes, que criaram uma mentira da qual nunca puderam se desvencilhar, que não conseguiram provar e que, agora, é desmascarada pela série de reportagens da Vaza Jato. O pronunciamento de Lula , nos braços do povo que o aguardava às portas da masmorra onde foi mantido ilegalmente preso, não dá margem a equívocos e tergiversações. Sabemos quem são os inimigos do Brasil. Unamo-nos ao chamado do líder para formar as fileiras que produzirão a necessária ruptura com um sistema que tem o objetivo único de transformar o Brasil em uma grande fazenda a serviço do desenvolvimento de outras nações. O personagem político que pode inverter essa lógica perversa de Estado, a pessoa que mais contribuiu para tirar o Brasil do Mapa da Fome, está livre e nos chamando à organização. Às ruas.

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