sábado, 1 de junho de 2019

SALVE-SE QUEM PUDER NO REINO DA BANCOCRACIA


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Primeiro, foram os inativos, no governo Temer; soltaram o FGTS deles; a economia estava naquela base, horror puro; deu uma sacudidela; não mais que isso; agora, quando está tudo piorado, com desemprego saindo pela ladrão, com a fome avançando nas ruas, povão pobre feio e sujo se espalhando pelas praças, esmolambados, dormindo nos bancos sujos etc, vem outra mágica furada; Guedes promete soltar grana do FGTS dos ativos; certamente, está sabendo que o desemprego continuará crescendo; afinal, não haverá mais oferta de trabalho, se a previdência em regime de capitalização passar, à custa, pelo que já se vê, de todas as promessas disfarçadas de compras de votos etc; grana para isso tem; os banqueiros, os mais interessados, estão de burra cheia; os lucros dos bancos crescem 20%, enquanto o PIB tem crescimento negativo de 0,2% no primeiro trimestre.
Guedes sabe que liberar dinheiro privado é um viagra insuficiente para sustentar potência por muito tempo; algo, meramente, passageiro; a dose forte, porém, não virá, que é a supressão do congelamento dos gastos sociais, do teto de gasto, a única variável econômica independente, no capitalismo – a demanda estatal -, para girar, sustentavelmente, a produção e o consumo; teria, também, que ser complementada por mecanismo capaz de conter concentração de renda já excessivamente concentrada, tipo reforma tributária, para tentar taxar os mais ricos, os que não pagam impostos sobre lucros e dividendos, juros sobre capital próprio, os que se beneficiam das elisões fiscais, dos perdões, remissões e anistias de dívidas, para manter constante sua taxa de lucro, enquanto cai o poder de compra dos salários etc.

Paulo Guedes sabe que a “reforma” da Previdência é uma jogada para tirar dos pobres para dar aos ricos, como sempre; não vai gerar empregos prometidos; é, na verdade, uma fakeada econômica; por isso, anuncia que outras maldades virão, em doses homeopáticas; o capital especulativo, com Guedes, o especulador, está no poder; com ele, não tem composição social, alianças de classes de interesses antagônicos etc.

É o interesse dele e acabou. Financeirização econômica ampla, geral e irrestrita. O resto que se lasque. O capital financeiro impõe sua férrea lei, no Congresso, cuja maioria será, facilmente, cooptada. Restarão as ruas cheias de miseráveis e desempregados revoltados, até o momento, sem voz de comando político partidário para organizá-los; as cúpulas fazem os conchavos, para, apenas, mexer nos móveis da sala, mudando-os de lugar, deixando o conteúdo dramático corrosivo da crise como está. Salve-se quem puder no reinado da bancocracia.

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