quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

ESPERANÇAS PARA 2019

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Apesar de todos os votos de "feliz ano novo", as perspectivas sociais, políticas e econômicas para esse ano novo no Brasil e também para o mundo não são as melhores. A palavra mais usada é crise. Nem mesmo os mais conservadores conseguem esperar propostas de esperança vindas dos governantes atuais do Brasil, dos Estados Unidos ou da Europa. No entanto, celebramos o ano novo para nos reanimar na esperança.

Um dos filmes que têm feito sucesso na Europa se chama "Amanhã". É um documentário francês que conta a aventura de um casal que percorre vários continentes atrás de experiências e testemunhos que deem esperança para a humanidade. O que surpreende no filme é ver como, mesmo no momento atual tão complexo e no qual a situação política não é fácil, por todo o mundo, se espalham experiências sociais promissoras, crescem iniciativas de solidariedade e, por todos os continentes, organizações de base assumem como perspectiva de vida o cuidado uns com os outros, assim como a responsabilidade com a terra e a natureza.

Essa boa notícia faz com que saibamos: é possível desejar uns para os outros e para toda a humanidade os melhores votos de ano novo.

Para as culturas antigas, a palavra é eficaz quando nasce no mais profundo do coração e é precedida pela prática de vida. O Mahatma Gandhi ensinava: “Comece por você mesmo a mudança que deseja para o mundo”. O Evangelho diz que a palavra de Deus se realizou em João Batista no deserto. Isso significa que, primeiramente João viveu a palavra e só depois a proclamou. Quando vivemos o amor, a generosidade, a solidariedade e a partilha de vida, então, o nosso desejo de que o mundo caminhe para isso se torna eficaz. Evidentemente que não temos força para mudar organizações sociais e sistemas complexos e baseados em leis estruturais. Não podemos pensar que somente pelo fato de desejar, conseguiremos transformar o mundo. No entanto, podemos contribuir para que se criem as condições necessárias para transformar estas leis e sistemas. O importante é se comprometer em transformar esse bom desejo em um caminho positivo concreto e efetivo para um futuro melhor tanto para nós como pessoas e como membros da grande família da vida.

No Novo Testamento, a 1ª carta de Pedro insiste que “nós temos a vocação da bênção, isto é, somos chamados a bendizer, ou seja, invocar o bem sobre as pessoas e sobre o universo.

Você quer, de fato, que este ano seja um tempo de profunda renovação da sua vida? Deseja que isso repercuta bem para as pessoas ao seu redor e para todo o universo?

Então, refaça neste início de ano novo o compromisso de, a cada dia, consagrar um tempo, por mínimo que seja, de gratuidade e interioridade para renovar um verdadeiro e profundo diálogo consigo mesmo/a. Ao mesmo tempo, comprometa-se em ser, cada vez mais, uma pessoa de diálogo com os outros, inclusive com as pessoas que pensam e agem a partir de valores que você não aprova. O diálogo mais fecundo é justamente com os que pensam e atuam diferentemente de nós. Além disso, procure de todos os modos intensificar a comunhão solidária com a terra, a água e todos os seres vivos do planeta. Faça isso e a bênção deste ano novo se realizará em você e, a partir de você, no mundo. Você constatará, então, como se tornarão verdadeiras e fecundas em sua vida, assim como para os que convivem com você, as palavras da antiga bênção irlandesa: “O vento sopre leve em teus ombros. Que o sol brilhe cálido sobre tua face, as chuvas caiam serenas onde moras. E até que, de novo, eu te veja, que Deus te guarde na palma da sua mão”.

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