terça-feira, 3 de abril de 2012

RESSURREIÇÃO, A MAIOR DAS FESTAS.

A Quaresma começa com a Quarta-feira de Cinzas e termina na celebração da Última Ceia, na Quinta-feira Santa. Nesse tempo, os domingos não são dias quaresmais. Eles não contam na soma dos 40 dias! Domingo é o dia em que fazemos a memória da Ressurreição de Jesus. É dia de lembrar a vitória de Deus sobre a morte e por isso é dia de festa.

Dentro da Quaresma e como abertura da Semana Santa, temos a Festa do Domingo de Ramos. Nele festejamos a chegada de Jesus em Jerusalém. Junto com o povo de Israel, comparamos Jesus com Salomão, o Filho de Davi que vem montado num jumento para reinar com justiça e equidade sobre todo o povo de Deus. Como anunciara o profeta Zacarias, ele é o Filho de Davi que vem expulsar os que oprimem e fazem o povo sofrer e instaurar um tempo de justiça e de paz. Por isso, Domingo de Ramos é dia de festa, de cantar e celebrar antecipadamente o triunfo de Deus sobre todos os poderosos deste mundo que, com medo do novo que pode acontecer, querem fazer o povo calar.
E, como não há festa sem comida, o Tríduo Pascal começa com uma Ceia. Ela lembra a Última Ceia Pascal de Jesus com seus discípulos. Festa tensa, pois Jesus sabia que as autoridades, tanto judaicas como romanas, não suportavam sua presença em Jerusalém e sua mensagem de alegria e esperança. Mas, mesmo sabendo da presença à mesa de um dos que o traíram, Jesus deixou de festejar a Páscoa da libertação do Egito. E, para que continuássemos festejando a vitória da vida sobre a morte, deixou o pão repartido e o vinho partilhado como sinais de sua presença viva no meio de nós. E, no gesto do Lava-pés, nos ensinou que, na festa da vida, é maior a alegria de servir do que de ser servido.
Mas a grande festa, a mãe de todas as festas, para os cristãos, é a Festa da Ressurreição que celebramos na Vigília Pascal. É uma festa rica de elementos simbólicos: a luz que rompe as trevas da escuridão e, na vitória de Cristo sobre a morte, ilumina toda a humanidade e o mundo  O canto do Exulted, juntamente com o Glória e o Aleluia, que voltam a ser cantados, proclamam que os que crucificaram a Jesus não têm a última palavra, mas que a última palavra é de Deus que, na ressurreição de Jesus, faz justiça ao que pendeu do madeiro e a todos os que, junto com Jesus, foram e são crucificados por causa da justiça do Reino de Deus. Por isso, com o apóstolo Paulo cantamos: “A morte foi tragada pela vitória; onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”

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