sexta-feira, 24 de outubro de 2014

QUE LAR VOCÊ QUER TER?

Chen, uma chinesa de 30 anos, na Província de Chongquing, poderá bater no marido apenas uma vez por semana. Dois anos mais velho que ela, o marido atende pelo nome de Zhang e esclarece que já apanhava no tempo de namoro. Eles se casaram há seis meses e a agressividade de sua amada aumentou. Diante disso, foram chamadas as duas famílias e testemunhas. Nesse encontro ficou acertado que ela poderá bater no esposo só uma vez por semana. Pelos termos do acordo, ela terá de passar três dias na casa dos pais se passar da cota semanal. Ela é muito obediente aos pais e estes sempre apoiam o genro nas brigas conjugais. Chen, bonita e de olhos amendoados, explica que sempre se arrepende das agressões, mas na hora não consegue se controlar.
Não é novidade que muita atitudes doentias são levadas para o casamento. Para prevenir este tipo de coisas, existe o namoro e o noivado. É um tempo para mútuo conhecimento e para preparar o futuro. Quando os dois decidem dizer um “sim” para sempre, deve estar estabelecido o modo de vida em comum. Isso significa, entre outras coisas: onde vão morar, com que meios vão subsistir, quantos filhos desejam, ela vai ou não trabalhar fora, como ficarão as diversas atividades domésticas? Também é interessante que seja contemplado o aspecto religioso e a liberdade do casal em relação aos pais e sogros. O Evangelho fala dos que constroem sobre a rocha. Muitos, hoje, preferem a areia do comodismo e levam em conta apenas aspectos acidentais: beleza, juventude, erotismo, bom partido... Diante disso são inevitáveis os fracassos.
Para a Igreja, o amor dos esposos é confirmado pelo Sacramento do Matrimônio. Isso significa fazer de duas vidas uma só vida, de dois projetos, um só projeto. Classicamente é um amor para os bons e maus momentos. É o compromisso de amar mesmo quando o amor, em seu aspecto periférico, acabou. É apostar no amor e no seu dinamismo, capaz de superar qualquer dificuldade. O diálogo e a oração são instrumentos para superar os imprevistos e chegar sempre a um consenso.
Entre marido e mulher não deve existir dominação, mas igualdade. Amar não é ser feliz, mas fazer feliz a pessoa escolhida. É intolerável a agressão, seja verbal ou física. É aconselhável também manter uma razoável distância dos pais.
A família de Nazaré é chamada de Sagrada. Na ótica divina, todas as famílias precisam ser sagradas. Ao longo da caminhada existem três perguntas que devem ser respondidas: estou preocupado apenas comigo mesmo, será que não estamos dialogando pouco e como e quanto falamos com Deus? O matrimônio cristão é arquitetura humana e divina. Devem ser assumidas todas as mediações humanas e toda a proteção e graças que vem de Deus.

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