quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O MAIS ANTIGO NACESTRAL

A análise de um esqueleto fóssil de mais de 4 milhões de anos pode mudar a maneira como os cientistas investigam a origem do homem. Este é o mais antigo esqueleto de um ancestral do ser humano já encontrado até agora. O estudo foi divulgado pela Revista Science.
Batizado de Ardipithecus Ramidus, ou simplesmente Ardi, o fóssil pertence a uma fêmea que viveu há 4,4 milhões de anos. Até então, acreditava-se que a ossada mais velha de um ancestral direto do homem era a de Lucy, de 3,2 milhões de anos, descoberta em 1974.
As primeiras partes do esqueleto de Ardi foram encontradas na cidade de Aramis, na Etiópia, em 1994. Análises do crânio, mandíbula, bacia, pés e mãos revelaram que ela tinha uma forma intermediária de caminhar, com a coluna não totalmente ereta, como a dos seres humanos atuais, mas sem precisar usar as mãos como apoio, como fazem os macacos.
Segundo os cientistas, Ardi é a evidência de que primatas como o gorila e o chimpanzé não são um bom exemplo de como seriam os ancestrais humanos. Ardi não se parece com o homem, o que não é uma surpresa, mas também não se parece com um chimpanzé, e isso é surpreendente para os pesquisadores.
O estudo demorou 15 anos para ser publicado, tempo que os cientistas levaram para reconstruir o esqueleto. A descoberta já é considerada uma forma de reescrever a origem do homem, o que pode dar novo rumo às pesquisas.

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