segunda-feira, 12 de novembro de 2012

VIOLÊNCIA NO TRANSITO SÓ MELHORA COM EDUCAÇÃO

A morte de 40 mil pessoas a cada ano no trânsito brasileiro é um atestado de imprevidência e incapacidade. É inadmissível que um país conviva com uma tragédia dessas proporções sem uma reação enérgica. Já foi pior, podem argumentar conformistas com esta realidade, citando os efeitos da Lei Seca, em vigor desde junho de 2008. Mas mesmo estes sabem que o total de vítimas continua alto e que é no mínimo preocupante a proporção de motoristas flagrados com teor alcoólico acima do permitido.
Dirigir bêbado, desrespeitar limites de velocidade e outras irregularidades são cometidas diariamente ao volante de milhares de veículos no país. O resultado quase sempre é triste. Mas não só para esses motoristas. 32,8% das vítimas fatais são motociclistas, os ocupantes de carros representam 27,8% e os pedestres, os mais indefesos, 29,1%. Isso significa que a cada hora morre mais de um brasileiro atropelado.
Estudos revelam que a maioria das mortes no trânsito poderia ser evitada. A de pedestres, então, poderia ter índice zero. Bastaria ao motorista dar preferência a quem tenta atravessar a via. Não se trata de boa vontade ou gentileza – o que seria normal esperar-se de quem conduz um veículo motorizado -, mas de cumprimento da lei. O artigo 214 do Código de Trânsito Brasileiro diz que não dar preferência ao pedestre é infração gravíssima, com perda de sete pontos na carteira e multa. Mesmo assim, os atropelamentos se sucedem em escala cada vez maior.
Em algumas cidades surge a esperança de uma guinada nessa rotina do trânsito. Motoristas estão parando e dando espaço ao sinal do pedestre. Trata-se de uma demonstração de civilidade, de humanismo, de educação. Os frutos colhidos são os melhores possíveis: nessas cidades reduziu o número de pedestres vítimas do trânsito. Este é o caminho - a agressividade e a ignorância ao volante apenas constroem um atalho que conduz à tragédia.

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