sexta-feira, 10 de julho de 2009

UM NOVO CREDO II

Creio num Deus que se faz refeição na história humana e resgata todas as vítimas de todo o poder capaz de fazer o outro sofrer. Creio num Deus que como o calor do sol, sinto na pele sem, no entanto conseguir fitar ou agarrar o astro que me aquece. Creio no Deus da fé de Jesus, Deus que se aninha no ventre vazio do mendigo e se deita na rede para descansar dos desmandos do mundo. Creio no Deus, que na minha infância, plantou um pé de jabuticabeira em cada estrela e, na juventude, enciumou-se quando me viu beijar a primeira namorada. Deus festeiro e seresteiro, ele que criou a lua para enfeitar as noites de deleite e as auroras para emoldurar a sinfonia passarinha dos amanheceres. Creio no Deus dos maníacos depressívos, das obsseções psicóticas, da esquizofrenia alucinada. Deus da arte que desnuda o real e faz a beleza resplandecer prenhe de densidade espiritual. Deus bailarino que na ponta dos pés, entra em silêncio no palco do coração e, soada a música arrebata-nos a saciedade. (na próxima edição do Blog a teerceira e última parte deste novo credo).

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