domingo, 10 de abril de 2022

TRILHOS DE UM HUMANISMO INTEGRAL.

Refletir sobre o atual cenário mundial leva a consolidar a convicção da necessidade urgente de se promover mudanças em diversos âmbitos, por meio de variados recursos cidadãos. Incontestável é a necessidade de se investir na educação integral, capaz de alavancar transformações significativas. A educação integral é obstáculo para aqueles que dificultam os diálogos – inclusive na elaboração e efetivação de políticas públicas essenciais, a exemplo daquelas dedicadas ao campo educacional. É preocupante a cegueira do maquinário estatal, incapaz de reconhecer que a educação impulsiona a sociedade rumo ao desenvolvimento integral.

Está faltando sabedoria e entendimento humanístico para compreender que a tarefa primordial de trabalhar pela educação é responsabilidade governamental em diálogo e articulação com as famílias, as igrejas, as escolas e a sociedade civil. A carência de um humanismo integral na condução de governos obscurece processos de definição das prioridades dos investimentos mais importantes para dar novo rumo à sociedade. Os governantes não podem desconsiderar o campo da educação valendo-se da justificativa de que faltam recursos – um refrão. Precisam reavaliar prioridades, abrindo-se ao diálogo, à escuta, à avaliação de propostas. Para isso, requer-se uma competência humanística que ultrapassa a simples capacidade para fazer funcionar uma máquina estatal e governamental. Não basta simplesmente um modelo de gestão exitoso nas contas.

É fundamental deixar-se presidir por um adequado modelo de sociedade, pela abertura ao diálogo que produz entendimentos lúcidos, capazes de inspirar um novo movimento civilizatório para a humanidade. O equilíbrio das contas e a prioridade da sustentabilidade devem contracenar com um processo educativo que resgate cidadãos do lixo da corrupção, dos comprometimentos na prática da justiça e do desmonte de mecanismos que estão sustentando as exclusões, as desigualdades sociais. O esperado grande movimento transformador do mundo, que contempla a oração e as redes de serviços, envolvendo as dinâmicas dialogais, será possível pela priorização da educação, nos parâmetros do novo humanismo integral. Um humanismo capaz de debelar guerras e conflitos, colocando a civilização contemporânea sobre trilhos novos, condizentes com as suas conquistas científicas e tecnológicas. Trilhos de um humanismo integral.

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