sábado, 13 de novembro de 2021

ACOMPANHAR OS RESULTADOS DA COP-26.- (1)

 

A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26) precisa abrir um novo ciclo em que as propostas apresentadas por líderes governamentais sejam cumpridas ante às urgências climáticas que “ardem na pele” da população. Essas urgências revelam tropeços da humanidade e, particularmente, da sociedade brasileira. E não é suficiente delegar a responsabilidade às autoridades. A sociedade civil precisa assumir a sua insubstituível tarefa de acompanhar e interpelar os governantes sobre o adequado tratamento da casa comum. Também as instâncias parlamentares têm a importante responsabilidade legislativa de fazer avançar acordos que busquem a proteção do planeta. Nessa missão, é muito necessário acompanhar as movimentações sobre os processos que podem inviabilizar conquistas e até mesmo gerar prejuízos significativos. No contexto da COP-26, por exemplo, presenças e ausências de autoridades convidadas já sinalizam a disponibilidade para efetivar, ou não, acordos estabelecidos na Conferência. Há de ser considerada, ainda, a força do mercado, vetor determinante para avanços ou retrocessos na luta contra as mudanças climáticas. Mercado e política contracenam no desafio de alcançar avanços na busca por um desenvolvimento sustentável e integral.

O contexto socioambiental exige intervenções urgentes, pois a humanidade não pode mais permanecer envolta pela cegueira que o dinheiro provoca – o lucro ambicioso e perverso compromete muitas formas de vida no planeta. Por isso mesmo, as narrativas sobre a casa comum precisam entrar, com mais frequência e familiaridade, nas pautas cidadãs. É preciso que a sociedade civil esteja bem informada para se posicionar, por meio dos mecanismos possíveis e disponíveis, a respeito dos compromissos assumidos por governos e organismos internacionais. Indispensável é o horizonte rico e muito bem articulado da Carta Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, com arquitetura de um fundamental processo educativo. Essa aprendizagem viabilizada pela Carta Encíclica inspira sensibilidades e honestidade para as urgências socioambientais. Um contraponto às conveniências e às manipulações legislativas, às leniências e às concessões em desfavor do planeta, rumo às catástrofes climáticas.

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