O
novo ano separa o tempo que é contínuo. Separamos para organizar nossas
vidas, mas quem só separa esquece que o mais bonito não é o dia ou à
noite, mas o amanhecer e o pôr do sol, que as outras culturas nos
enriquecem porque são diferentes, que o puro e o impuro estão sempre
juntos.
Toda separação do tempo é artificial e só é relevante se
não nos permite realizar um balanço do que temos realizado e refletir
sobre o que desejamos atingir. Sabendo que querer controlar o futuro só
produz ansiedade e que as transformações não dependem de promessas
infantis no início do ano, e sim de um esforço constante, pois as
mudanças nos deixam inseguros e nos aprisionamos nas nossas formas de
ser, ainda que empobrecedoras.
A passagem do tempo produz perdas,
mas só graças à impermanência, a mudança é possível, e permite
transformar a vida numa experiência enriquecedora.
Por isso devemos enfrentar nos medos, que não nos permitem:
•
Superar nosso lado criança que quer que todos se ajustem a nossos
desejos e vontades, que fala mais não ouve, e não entende o porquê das
atitudes dos outros.
• Enfrentar nossas inseguranças, que nos fazem autoritários e enrijecem nossa sensibilidade.
De forma que possamos como adultos construir um mundo de respeito mútuo, aceitando nossas imperfeições e erros.
E no lugar de dar tanta importância em possuir objetos que são perfeitos, pois não são humanos, investir mais:
• Na convivência e na leitura, que nos enriquecem para o resto de nossas vidas.
•
Em nos perdoar quando erramos e compreensivos com quem erra, em
particular as pessoas queridas e as mais fracas, pois são as que mais
precisam de nossa compaixão.
• Em não confundir amor com possessão, educação com imposição;
•
Em ajudar outras pessoas, contribuindo para que todas vivam num mundo
onde possam desenvolver suas capacidades e individualidades.
Lembrando que o melhor presente que podemos dar a nós mesmos e aos seres queridos nunca é um objeto, e sim:
• Um gesto de carinho e valorização.
• Aconselhando e não reprimindo.
• Ouvindo e compreendendo antes de julgar.
• Diferenciando entre o essencial do secundário.
E nunca perdendo nosso lado infantil, que:
• É curioso e interessado em tudo.
• E se pergunta o porquê das coisas.
• E gosta de brincar e de rir.
Porque nossas vidas podem ser melhores se procuramos nos superar, agradecemos:
Que vivemos, que existimos, que chegamos a este momento.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário