segunda-feira, 5 de setembro de 2011

INDEPENDENT: COMO ISRAEL SE VINGA DE MENINOS QUE ATIRAM PEDRAS

O menino, pequeno e frágil, está lutando para ficar acordado. Sua cabeça pende para o lado, a certa altura caindo sobre o peito. “Levanta a cabeça! Levanta!”, grita um dos interrogadores, estapeando o menino. Mas ele a essa altura não parece mais se importar, porque está acordado por pelo menos doze horas desde que foi tirado de casa e separado dos pais às duas da manhã, sob a mira de uma arma. “Eu gostaria que vocês me soltassem”, ele choraminga, “assim eu poderia dormir um pouco”.

Durante o vídeo, de quase seis horas, o palestino Islam Tamimi, de 14 anos de idade, exausto e amedrontado, é continuamente pressionado, a ponto de começar a incriminar homens de sua vila e a tecer lendas fantásticas que, acredita, seus tormentadores querem ouvir.
Estas imagens raras, vistas pelo Independent, oferecem uma janela num interrogatório israelense, quase um rito de passagem que centenas de crianças palestinas acusadas de atirar pedras enfrentam todo ano.
Israel tem defendido fortemente seu comportamento, argumentando que o tratamento dados aos menores melhorou vastamente com a criação de uma corte militar juvenil dois anos atrás. Mas as crianças que enfrentaram a dura justiça da ocupação contam uma história bem diferente.



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