terça-feira, 13 de julho de 2010

LIXO: NA EMCRUZILHADA QUE LEVA AO FUTURO

O lixo se situa, simbolicamente, na encruzilhada que leva ao futuro. O dicionário registra lixo como uma coisa imprestável, resíduos, restos sem utilidade que devem ser jogados fora. Esta concepção ingênua é denunciada pelos lixões das cidades e pela contínua e perigosa degradação do planeta.

Cuidar da Terra, a nossa casa, tornou-se, possivelmente, a mais universal das bandeiras de nosso tempo. Jogue o lixo no lixo, pede um cartaz; nem todo o lixo é lixo proclama outro folheto. O problema do lixo deve ser abordado por dois ângulos distintos. Difícil é apontar qual deles o mais grave.
Os recursos da mãe terra foram e estão sendo dilapidados. Estamos sacando contra o futuro, gastando o que é direito das gerações que virão. Consumimos demais e somos induzidos a usar e jogar fora. Tudo é descartável. Ao mesmo tempo, tornamos a Terra um lugar quase inabitável. Terra, água, ar, flora e fauna são duramente atingidas pela poluição. Estamos transformando a Terra numa lata de lixo.
O capítulo da degradação torna-se cada vez pior. São os resíduos tóxicos, com um período extremamente longo de duração. É o uso indiscriminado de agrotóxicos; é o lixo nuclear que não sabemos onde colocar.
A questão é tão grave e urgente que as tentativas já afetam as cúpulas mundiais, embora com resistência dos países ricos, os maiores poluidores. Todas as comunidades precisam mobilizar-se, sem perda de tempo, com leis severas, com atuação da escola e dos meios de comunicação. Na realidade, somos todos predadores e poluidores.
Os recicladores de lixo podem ser considerados os maiores profetas de nosso tempo, já que combatem dois problemas angustiantes: a falta de recursos e a destruição do planeta. Ensinam a nós como cuidar da mãe Terra.

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