quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

DIREITA E ESQUERDA.

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Mas o que distingue direita e esquerda?

Para a direita o valor supremo é a liberdade individual, que dever ser protegida da ação do Estado, já para a esquerda o grande valor é a igualdade, cabendo ao Estado agir para combater as desigualdades sistêmicas.

Essa é a distinção fundamental entre os dois campos, dai a atualidade dos termos direita e esquerda.

O debate poderia ser esse: liberdade individual ou igualdade? Nicola Matteucci, por exemplo, afirma que direita e esquerda não são valores, são apenas termos vazios e que a verdadeira disputa é entre liberdade e igualdade. Já Norberto Bobbio afirma que “... a liberdade pode ser tanto de direita quanto de esquerda, e a verdadeira disputa entre direita e esquerda repousa em atribuir maior estima à igualdade ou à diversidade”.

Os nossos amigos de direita dirão: “ora, nós de direita, ao contrário da ‘esquerdalha’,defendemos a liberdade e a igualdade.”. Será verdade?

Ser de direita significaria, portanto, acreditar que o enriquecimento seria a recompensados mais empreendedores, ou mais corajosos, ou mais capazes e de seus herdeiros, que a propriedade privada não seria a causa da desigualdade, mas uma consequência da desigualdade natural. É porque são muito variadas as habilidades e disposições que distinguem os homens que, segundo os defensores de uma natureza humana rígida e inflexível, existe a propriedade privada, e não o inverso. A diversidade entre os indivíduos, inata ou adquirida, seria o fundamento da desigualdade social. Em consequência, o capitalismo seria o horizonte histórico possível e o limite do desejável. Porque com o capitalismo, em princípio, qualquer um poderia disputar o direito ao enriquecimento.

Ser de esquerda significa reconhecer que os seres humanos são distintos uns dos outros, que possuímos capacidades e talentos diferentes. Que uns são mais ágeis e outros mais articulados, uns musicais e outros enérgicos, uns impulsivos e outros reflexivos, contudo, as necessidades materiais e culturais mais intensas são comuns a toda a humanidade. A necessidade de abrigo e alimento, de educação e saúde, de segurança e lazer, de informação e aprovação, de trabalho e reconhecimento é universal. Que é a exploração de uns pelos outros a causa da desigualdade, e não o contrário.

Bem, eu acredito que a essência humana não é uma abstração inerente a cada indivíduo, nossa essência é o conjunto de relações sociais, acredito que a humanidade é igual e desigual, porque diversa. Acredito que compartilhamos, essencialmente, as mesmas necessidades, num mundo essencialmente desigual, acredito na necessidade e na urgência da união das forças democráticas.

Será possível uma frente composta de democratas de direita, centro e esquerda vencer o proto fascismo vicejante?

Essas são as reflexões de hoje, de que lado você está?

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