quinta-feira, 28 de abril de 2011

ENTRE LIVROS E TV, A CRIANÇA QUE QUEREMOS.

Os bichos homem e mulher nascem com cérebros incompletos. Graças ao aleitamento, em três meses as proteínas dão acabamento a este órgão que controla os nossos mínimos movimentos e faz o nosso organismo secretar substâncias químicas que asseguram o nosso bem-estar. Ele é a base de nossa mente e dele emana a nossa consciência. Todo o nosso conhecimento, consciente e inconsciente, fica arquivado no cérebro.

Ao nascer, nossa malha cerebral é tecida por cerca de 100 bilhões de neurônios. Aos seis anos, metade desses neurônios desaparece como folhas que, no outono, se desprendem dos galhos. Por isso, a fase entre zero e 6 anos é chamada de “idade do gênio”. Não há exagero na expressão: 90% de tudo que sabemos de importante à nossa condição humana foram aprendidos até os 6 anos: andar, falar, discernir relações de parentesco, distância e proporção; intuir situações de conforto ou risco, distinguir sabores etc.
Ninguém precisa insistir para que seu bebê se torne um novo Mozart que, aos 5 anos, já compunha. Mas é bom saber que a inteligência de uma pessoa pode ser ampliada desde a vida intrauterina. Alimentos que a mãe ingere ou rejeita na fase da gestação tendem a influir, mais tarde, na preferência nutricional do filho. O mais importante, contudo, é suscitar as sinapses cerebrais. E um excelente recurso chama-se leitura.
Ler para o bebê acelera seu desenvolvimento cognitivo, ainda que se tenha a sensação de perda de tempo. Mas é importante fazê-lo interagindo com a criança: deixar que manipule o livro, desenhe e colora as figuras, complete a história e responda a indagações. Uma criança familiarizada desde cedo com livros terá, sem dúvida, linguagem mais enriquecida, mais facilidade de alfabetização e melhor desempenho escolar.
A vantagem da leitura sobre a TV é que, frente ao monitor, a criança permanece inteiramente receptiva, sem condições de interagir com o filme ou o desenho animado. De certa forma, a TV “rouba” a capacidade onírica dela, como se sonhasse por ela.
A leitura suscita a participação da criança, obedece ao ritmo dela e, sobretudo, fortalece os vínculos afetivos entre o leitor adulto e a criança ouvinte. Quem de nós não guarda afetuosa recordação de avós, pais e babás que nos contavam fantásticas histórias?
Enquanto a família e a escola querem fazer da criança uma cidadã, a TV tende a domesticá-la como consumista. O Instituto Alana, de São Paulo,  constatou que num período de 10 horas, das 8h às 18h de 1º de outubro de 2010, foram exibidos 1.077 comerciais voltados ao público infantil; média de 60 por hora ou 1 por minuto!
Foram anunciados 390 produtos, dos quais 295 brinquedos, 30 de vestuário, 25 de alimentos e 40 de mercadorias diversas. Média de preço: R$ 160! Ora, a criança é visada pelo mercado como consumista prioritária, seja por não possuir discernimento de valor e qualidade do produto, como também por ser capaz de envolver afetivamente o adulto na aquisição do objeto cobiçado.
Há no Congresso mais de 200 projetos de lei propondo restrições e até proibições de propaganda ao público infantil. Nada avança, pois o lobby do Lobo Mau insiste em não poupar Chapeuzinho Vermelho. E quando se fala em restrição ao uso da criança em anúncios (observe como se multiplica!) logo os atingidos em seus lucros fazem coro: “Censura!”
Concordo com Gabriel Priolli: só há um caminho razoável e democrático a seguir, o da regulação legal, aprovada pelo Legislativo, fiscalizada pelo Executivo e arbitrada pelo Judiciário. E isso nada tem a ver com censura, trata-se de proteger a saúde psíquica de nossas crianças.
O mais importante, contudo, é que pais e responsáveis iniciem a regulação dentro da própria casa. De que adianta reduzir publicidade se as crianças ficam expostas a programas de adultos nocivos à sua formação?
Erotização precoce, ambição consumista, obesidade excessiva e mais tempo frente à TV e ao computador que na escola, nos estudos e em brincadeiras com amigos, são sintomas de que seu ou sua querido(a) filho(a) pode se tornar, amanhã, um amargo problema.





GOMBLI, NOS DEIXOU O EXEMPLO E O DESAFIO

Ele é um dos melhores representantes do novo tipo de intelectual que caracteriza os teólogos da libertação e dos agentes de pastoral que estão nesta caminhada: operar a troca de saberes, vale dizer, tomar a sério o saber popular, banhado de suor e sangue, mas rico em sabedoria e articulá-lo com o saber acadêmico, crítico e comprometido com as transformações sociais. Essa troca enriquece a uns e a outros. O intelectual repassa ao povo um saber que o ajuda a avançar e o povo obriga o intelectual a pensar os problemas candentes e se enraizar no processo histórico. A intelligentzia acadêmica possui uma dívida social enorme para com os pobres e marginalizados. Em grande parte as universidades representam macroaparelhos de reprodução da sociedade discricionária e fábricas formadoras de quadros para o funcionamento do sistema imperante. Mas há de se reconhecer também, não obstante seus limites, o fato de que foi e é um laboratório do pensamento contestatório e libertário. Mas não houve ainda um encontro profundo entre a universidade e a sociedade, fazendo uma aliança entre a inteligência acadêmica e a miséria popular. São mundos que caminham paralelos e não são as extensões universitárias que cobrirão esse fosso. Tem que ocorrer uma verdadeira troca de saberes e de experiências. Ignorante é aquele que imagina ser o povo ignorante. Este sabe muito e descobriu mil formas de viver e sobreviver numa sociedade que lhe é adversa.

Se há algum mérito nos teólogos da libertação (eles existem aqui e pelo mundo afora) é ter feito este casamento. Por isso não se pode pensar num teólogo da libertação senão metido nos dois mundos, para juntos tentarem gestar uma sociedade mais igualitária que, no dialeto cristão, tenha mais bens do Reino, que são justiça, dignidade, direito, solidariedade, compaixão e amor. O padre José Comblin nos deixou o exemplo e o desafio.





MEU PAI TRABALHA SEMPRE.

Um grupo de adolescentes conseguiu invadir um estádio de futebol para abraçar um atleta famoso. Um jornalista entrevistou o grupo e quis saber o motivo de tanta euforia por querer tocar no ídolo encantador. Um jovem respondeu: “Nós combinamos e decidimos fazer tudo para abraçar e tocar um vencedor”. Esse vencedor vinha se consagrando pelos gols em favor do seu time. Dedicado e fiel, sempre vestiu a camiseta e investiu tudo para construir um clube bem sucedido.

Tocar e homenagear um vencedor são um jeito de projetar também o desejo de sê-lo. Ao natural não se busca tocar, abraçar e homenagear derrotados, nem mesmo lembrar fatos depreciativos que nos atingem. Faz parte dos humanos torcer por alguém que nos precede e nos representa na competência de suas obras. Tocar alguém assim é, de certo modo, querer participar das mesmas vitórias.
Mal comparando, vamos saltar para as maravilhas da criação. A Escritura e a história sempre acenam e nos convidam a lembrar, admirar e celebrar as maravilhas de Deus, vivas e presentes em nós e junto a nós. Quando nos sensibilizamos e aprendemos a nos encantar com a criação que saiu das mãos de Deus, também temos razões para tocar e abraçar um eterno vencedor. Mais que um atleta ou um artista, Deus, que é amor, não pode ser pensado como um derrotado.
Em Deus sempre prevalece a vitória da vida, da beleza e da bondade. Seu projeto não visa concorrer com os humanos, nem mesmo com os demônios. Em Deus, todas as suas obras comunicam a gratuidade do amor. Tudo o que é de Deus está ao nosso favor. Seu time é composto de todos os seus filhos e filhas, de todas as raças e culturas. Como ele, não somos torcedores e nem fanáticos, mas participantes de um projeto que é também nosso.
Tocando a criação, aprendemos abraçar o Criador e com Ele fazer parceria responsável por um mundo onde deve vencer a vida. Não é ingenuidade e nem sentimentalismo aprender a sentir a terra onde pisamos, a apreciar a água que tomamos, a acariciar a flor que plantamos no jardim, a abraçar um irmão, imagem e semelhança de nosso Deus. Tocar e sentir, amar e agradecer o mundo criado é entrar em diálogo com o Deus que sempre sustenta viva sua obra. “Meu Pai trabalha sempre” (Jo 5,17).

DORES DE PARTO OU AGONIA?

No Rio de Janeiro, um jovem, sorrindo, entra numa escola e fuzila doze crianças e fere outras, depois se suicida. Nas areias que cobrem as imensas jazidas de petróleo da Líbia, modernas armas de guerra semeiam destruição. Na Costa do Marfim, os tanques acabam por decidir o que as urnas não conseguiram. No Iraque, uma jovem de 17 anos detona uma bomba escondida sob suas vestes e mata duas dezenas de fiéis em oração.
A lista das tragédias não termina aí. A corrupção é a moeda corrente entre a maioria dos governantes da Terra. A Igreja se obriga a pedir perdão pelas torpes atitudes de sacerdotes seus; o amor eterno, jurado por muitos jovens, tem a duração de alguns meses. A violência e a droga, cada vez mais mortal, não mais se restringem às capitais, mas estão presentes mesmo nas pequenas cidades, com todas as suas consequências. Dores de parto ou agonia? O planeta Terra torna-se imenso depósito de lixo.

DECISÃO INÉDITA: CRIME DE TORTURA NÃO PRESCREVE, DIZ JUSTIÇA DO RS.

Tribunal de Justiça gaúcho condenou o Estado do Rio Grande do Sul ao pagamento de R$ 200 mil a torturado pela polícia durante a ditadura militar. Em sua sentença, o desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto (foto) considerou que o crime de tortura não prescreve. "A dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, e a tortura o mais expressivo atentado a esse pilar da República, de sorte que reconhecer imprescritibilidade dessa lesão é uma das formas de dar efetividade à missão de um Estado Democrático de Direito, reparando odiosas desumanidades praticadas na época em que o país convivia com um governo autoritário e a supressão de liberdades individuais consagradas", afirmou o magistrado em sua decisão.

SERRA, O JIM JONES DO PSDB?

"...a criação da dissidência do DEM, o PSD, por Kassab, e a saída em massa de adeptos de Serra do PSDB, é uma clara ofensiva contra a hegemonia de Alckmin no PSDB estadual. (...) não ocorrem apenas rachas nos partidos que monopolizam os votos de centro-direita e de direita no Estado, mas uma cisão no bloco partidário que permitia, pelo menos a nível regional, manter a unidade das elites econômicas, políticas e intelectuais do Estado há mais de duas décadas. Serra e Kassab não estão rachando apenas os seus partidos, mas as elites paulistas" (Maria Inês Nassif, no blog do Nassif, via Conversa Afiada; 28-04)

GADO EMBARGADO

A notícia saiu primeiro no Blog da Amazônia, do jornalista acreano Altino Machado, e nesta quinta-feira, 27, ganha espaço nos jornais do centro-sul: o grupo JBS-Friboi, uma das maiores corporações do comércio de carne do mundo, assinou acordo com a Justiça Federal no Acre e se compromete a não comprar carne originada de áreas embargadas.

A Friboi e outros frigoríficos vêm sendo acusados de estimular o desmatamento ao negociar com criadores estabelecidos em territórios indígenas e em reservas de preservação e com propriedades onde existe trabalho escravo ou em condições degradantes.
Não se trata, porém, de uma súbita conversão aos bons modos nos negócios: o grupo JBS-Friboi está apenas tentando escapar de uma multa que poderia chegar a R$ 57,8 milhões, se prosseguisse com sua prática criminosa.
Segundo os jornais, procuradores federais estaduais e do Trabalho no Acre, reunidos em uma força-tarefa, propuseram há duas semanas uma ação conjunta contra o frigorífico e outras 13 empresas do setor, juntando provas de que, entre 2007 e 2010, eles haviam comercializado 10 mil cabeças de gado de origem irregular.
O acordo assinado pela empresa prevê a suspensão de todas as compras de carne de propriedades que tiverem sido autuadas pelos órgãos de defesa ambiental ou de áreas onde a pecuária tiver sido legalmente proscrita.

O termo de compromisso deverá ser seguido pelas demais empresas do setor, até que se estabeleçam práticas mais sustentáveis.
Se o compromisso for rompido, os frigoríficos devem pagar uma multa de R$ 500 por quilo de carne comercializada.
No total, as multas poderiam chegar a R$ 2 bilhões.




A POLEMICA SOBRE A BALCANIZAÇÃO DA INTERNET

Segundo a pesquisa, o Brasil é um país onde a internet é livre, com o vigésimo nono lugar no ranking elaborado pela Freedom House, ganhando uma posição em relação à lista preparada pela mesma organização, em 2009. Estamos no bloco intermediário em matéria de inclusão digital, com um índice de 39% da população com acesso à internet, no mesmo grupo em que se encontram Turquia, Venezuela, Rússia, Arábia Saudita e China.

A polêmica sobre a liberdade de acesso à internet está fortemente ideologizada porque a lista organizada pela Freedom House coincide com a dos países acusados de limitar a a ação das empresas jornalísticas e de violar os direitos humanos. Isto mostra como a questão da internet já foi incorporada à agenda da diplomacia mundial, num contexto bem diferente do existente na época da Guerra Fria. Tudo leva a crer que o divisor de águas não será entre governos, mas entre estes e os novos personagens surgidos na arena da comunicação depois do início da revolução digital. Estes protagonistas são os cidadãos comuns.
Aí podem surgir situações curiosas como governos considerados democráticos batalhando junto com outros tidos como autoritários para manter o controle da internet e impedir que os milhões de blogueiros, twiteiros, usuários de redes sociais e do correio eletrônico ignorem o verticalismo e a hierarquização rígida dos sistemas políticos tradicionais.

O QUE DEVE SER FEITO NO PARQUE DE EVENTOS JOÃO DE OLIVEIRA BORGES

Em data recente realizou-se audiência publica no município de Horizontina para discutir proposições relacionadas à infra-estrutura do Parque Municipal de Eventos João de Oliveira Borges. Naquela ocasião, constitui-se uma comissão para estudar o assunto amiúde e apresentar em uma nova audiência pública uma proposta de layout para o Parque.

A comissão que já realizou uma reunião para discutir o assunto, está trabalhando uma nova proposta onde serão definidas diretrizes gerais a serem seguidas no projeto de implantação do Parque de Eventos.
Por se tratar de tema relevante e de interesse da comunidade, o programa Forum101 deste sábado, dia 30 de abril, estará reunindo lideranças que fazem parte da comissão para debater o assunto. Entre as questões a serem discutidas certamente virão à tona: em que fase encontra-se o processo de discussão? Quais as diretrizes que já podem ser adiantadas à comunidade? Qual o posicionamento com relação a temas polêmicos com a permanência ou não da Incubadora de Tecnologia no Parque ou com relação a cessão de uso de áreas permanentes a instituições?
Essas e outras questões estarão sendo respondidas por nossos convidados: Dionir Bianchi (MAPIC/FEINTECH); Carlos Berwian (SMIC); Kleryston Segat (ACIAP) e Antônio Kaiser (Rotary).
Contamos com sua audiência na rádio Olinda FM 101.3 - www.olindafm.com

terça-feira, 26 de abril de 2011

RUI BIRIVA - (1958 - 2011)


O cantor e compositor gaúcho Rui Biriva morreu nesta segunda-feira , às 22h45, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital.

O músico, que lançou mais de dez álbuns em quase 30 anos de carreira, deu entrada na emergência do hospital no dia 14 de abril com um tumor no intestino grosso. Desde então ficou internado.
Rui Biriva viveu até os 10 anos de idade na localidade de Esquina Eldorado, em Horizontina. Aos 14 anos, venceu o Festival Estadual Estudantil da Canção. Mudou-se ainda jovem para o Paraná, onde fez o curso de Direito na Universidade Estadual de Ponta Grossa, em 1978. Não chegou a concluir o curso e, após morar em São Paulo, retornou ao Rio Grande do Sul.
O nome artístico foi adotado após a gravação da canção “Birivas”, de Airton Pimentel, com a qual venceu o festival Seara da Canção Gaúcha, em 1982. Biriva é como é chamado o tropeiro de gado no Rio Grande do Sul.
Em 1984, venceu a Seara da Canção Nativa de Carazinho, com a música “Santa Helena da Serra”, composta em parceria com José Luiz Vilela.
Em maio de 1987, gravou o seu primeiro álbum: Cantar, produzido por Ayrton dos Anjos, pela Continental Discos.
Rui Biriva gravou 14 discos. Entre seus maiores sucessos estão Tchê Loco, Quebrando Tudo, Canção do Amigo e Castelhana, esta composta em parceria com o cantor Elton Saldanha. Em 2003, passou a apresentar o programa “Paralelo Sul” na TVE-RS.
Entre os maiores sucessos da carreira de Rui Biriva estão “Tchê Loco”, “Santa Helena da Serra”, “Birivas”, “Festança”, “Pé na Estrada”, “Amigo”, “Vamo Pegá”, “Castelhana”, “Quebrando Tudo”, “Canção do Amigo”, “Das Bandas de Horizontina” e “Tonto de Saudade”. Cantor e compositor, Rui Biriva teve algumas de suas obras gravadas por Dalvan, Daniela Mercury, Os Nativos, Os Serranos, Osvaldir e Carlos Magrão, Gilberto e Gilmar, e Gaúcho da Fronteira. Gremista, Biriba mostrou sua paixão pelo clube em uma canção que compôs em 2009, na música “Força Azul”.
O corpo do cantor horizontinense está sendo velado na Câmara de Vereadores de Horizontina e será sepultado nesta quarta-feira, 10 horas no Cemitério de Horizontina.

A MATEMÁTICA DA PRIVACIDADE, OU O FIM DA INTIMIDADE

Milhões de ligações de celulares reduzidas a padrões de comportamento humano através de diferentes experimentos em curso na Europa e nos EUA, tornam as recentes suspeitas de bisbilhotagem  promovidas pela Aple e o Google uma brincadeira de salão. Nessas pesquisas, sensores e softwares instalados em smartphones controlam movimentos, relacionamentos, humor, saúde, hábitos ao telefone e gastos do usuário. Da montanha de detalhes íntimos, os pesquisadores extraem padrões de comportamento em relação ao poder político, ao dinheiro, ao amor, podendo revelar sintomas sutis de distúrbios mentais e oscilações de humor coletivo que antecipam viradas na bolsa de valores ou a receptividade à  propagação de idéias políticas à semelhança de um vírus. Sobretudo, permitem que a ciência extrapole aquilo que singulariza a intimidade humana e  construa padrões matemáticos da privacidade. (...) Não se trata apenas de constatar o fenômeno social, mas de influenciar seu curso. Em Boston, EUA, um grupo de cientistas descobriu o quanto as pessoas podiam ser previsíveis estudando a rotina de deslocamento de cem mil usuários de celular (...). A amostra é uma partícula do universo  a ser devassado:  quase 75% da população do planeta tem telefone celular (Carta Maior, com informações WSJ/Valor)

EM O "REINO DA GLÓRIA",AGAMBEN ANALISA LITURGIAS DO PODER

As investigações de O reino e a glória remetem a uma ciência dedicada à história dos aspectos cerimoniais do poder e do direito, uma espécie de arqueologia política da liturgia e do protocolo, que poderia ser chamada provisoriamente de "arqueologia da glória". Tais estudos situam-se no rastro das pesquisas de Michael Foucault sobre a genealogia da governabilidade e alcançam os primeiros séculos da teologia cristã, em que a doutrina trinitária serve como forma mais clara de revelar o funcionamento e a articulação da máquina governamental. Por meio de uma fascinante análise das aclamações litúrgicas e dos símbolos cerimoniais do poder, do trono à coroa, da púrpura ao feixe de varas carregado pelos litores (que se tornou símbolo do fascismo), Agamben constrói uma genealogia inédita que mostra como elementos considerados resíduos do passado continuam constituindo a base do poder ocidental.Trecho do livro



Contudo, mais do que registrar tais correspondências, interessa-nos compreender sua função. De que maneira a liturgia "faz" o poder? E se a máquina governamental é dupla (Reino e Governo), que função a glória desempenha nela? Para os sociólogos e os antropólogos sempre é possível recorrer à magia, à esfera que, confinando com a racionalidade e precedendo-a imediatamente, permite explicar, em última análise, como um resquício mágico aquilo que não conseguimos compreender a respeito da sociedade em que vivemos.
Não acreditamos em um poder mágico das aclamações e da liturgia e estamos convencidos de que nem mesmo os teólogos e os imperadores tenham alguma vez acreditado nisso. Se a glória é tão importante na teologia, é porque permite manter juntas, na máquina governamental, trindade imanente e trindade econômica, o ser de Deus e sua práxis, o Reino e o Governo. Ao definir o Reino e a essência, ela determina também o sentido da economia e do Governo. Permite, portanto, soldar a fratura entre teologia e economia da qual a doutrina trinitária nunca conseguiu dar cabo completamente e que só na figura deslumbrante da glória parece encontrar uma possível conciliação.

O DEUS MERCADO E OS ADORADORES DE DINHEIRO

As duas forças mais destrutivas da natureza humana – a cobiça e a inveja –impulsionam os homens de finanças, os banqueiros, os mandarins corporativos e os dirigentes de nossos dois principais partidos políticos, todos eles beneficiários deste sistema. Colocam-se no centro de sua criação. Desdenham ou ignoram os gritos dos que se encontram abaixo deles. Retiram nossos direitos e nossa dignidade e frustram nossa capacidade de resistência. Fazem-nos prisioneiros em nosso próprio país. Vêem os seres humanos e o mundo natural como simples mercadorias a serem exploradas até ao esgotamento e ao colapso. O sofrimento humano, as guerras, as mudanças climáticas, a pobreza, tudo serve ao custeio dos negócios. Nada é sagrado. O Senhor dos Lucros é o Senhor da Morte.

Os fariseus das altas finanças que podem nos ver esta manhã de suas salas e seus escritórios pelas esquinas debocham da virtude. A vida para eles só tem o significado do proveito próprio. O sofrimento dos pobres não os preocupa. As seis milhões de famílias expulsas de suas casas não os preocupam. As dezenas de milhões de aposentados, cujas economias para a aposentadoria foram anuladas pela fraude e pela desonestidade de Wall Street não os preocupam. Que não se consiga deter as emissões de carbono, isso não os preocupa. A justiça não os preocupa. A verdade não os preocupa. Uma criança faminta não os preocupa.
Os banqueiros e os gestores de fundos de alto risco, as elites corporativas e governamentais, são a versão moderna dos hebreus desencaminhados que se prostraram diante do bezerro de ouro. A centelha da riqueza brilha diante de seus olhos e os impulsiona cada vez mais rápido para a destruição. E querem que nos prostremos também diante do seu altar. Enquanto nos inspirarmos na cobiça, ela nos manterá cúmplices e em silêncio. Na medida, porém, que desafiemos a religião do capitalismo sem escrúpulos, uma vez que exijamos que a sociedade atenda verdadeiramente as necessidades dos cidadãos e que o ecossistema sustente a vida, ao invés das necessidades do mercado, uma vez que aprendamos a dialogar com uma nova humildade e a viver com uma nova simplicidade, uma vez que amemos ao nosso próximo como a nós mesmos, romperemos as correntes que nos aprisionam e faremos com que a esperança seja percebida.






segunda-feira, 25 de abril de 2011

JURO "NORMAL" ATÉ 2014

A busca do governo por alternativas e discurso contra calibrar o juro na altura que, se dependesse do “mercado”, a taxa já teria alcançado também se encaixa no plano de Dilma Rousseff de terminar o mandato com um percentual “normal”. Quanto menos o juro subir agora, mais fácil de alcançar o objetivo. “Vamos buscar uma taxa de juros compatível com a taxa de juros internacional. É possível sim, perfeitamente. Esse é o grande desafio que o Brasil vai ter de enfrentar, pelo menos desta vez”, declarou a presidenta em visita recente à China.
Ao montar a atual diretoria do BC, Dilma já tinha dado um sinal de sua ambição de longo prazo. Dos sete diretores, apenas dois têm passagem pelo “mercado”. Os outros são funcionários de carreira do banco. A presidenta sabe que, por isso, o “mercado” não gosta do atual BC, como não gosta do ministro da Fazenda, Guido Mantega, outro sem o sistema financeiro no currículo. “Mas ela dá respaldo total ao Guido e ao Tombini. Aliás, a política econômica não é deles, é dela”, afirmou um auxiliar de Dilma.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

AS QUALIDADES SOBRENATURAIS DA ECONOMIA


Na capa do jornal Zero Hora do dia, 17/4, há uma chamada fantasmagórica: “Economia multiplica oportunidades, transforma famílias e redesenha as relações de trabalho, como conta série de reportagens até a sexta-feira”.

A Economia rebessiana é um ente mágico, fantasmático, com capacidade de modificar o país, a ponto de ZH apontar que estamos diante de uma “nova sociedade”, uma “vida de pleno emprego”.
O sujeito da oração, para ZH, é a Economia. Ponto. Como se essa Economia (sim, com letra maiúscula) fosse algo autônomo em relação à Política, como se a Economia fosse orientada por deuses ocultos e inexpugnáveis.
A leitura da tal reportagem de ZH não dá nenhuma pista sobre o possível sujeito oculto que manobra com tão mágica Economia. Não cita Lula, não menciona Dilma, esquece que o país sofreu cerca de três décadas de hegemonia do capital financeiro (que ainda perdura), quando era proibido pensar em desenvolvimento econômico. Pleno emprego era palavrão. E o grupo RBS esteve de acordo com aquele estado de coisas. Pior: é produto daquela situação histórica, que tantos males geraram para o País e seu povo.
Agora esquecem este detalhe. O grupo RBS é uma empresa midiática de esquecidos. Preferem atribuir à Economia propriedades mágicas, fetichistas e autonomistas.
Já sabemos, causa menos embaraço ao seu próprio passado, além de uma vantagem marginal: fazer jornalismo ficcional – lidando com elementos de magia e ilusão - é mais confortável do que contar a verdade dos fatos e encarar a vida como ela é.

Diário Gauche

E SE AÉCIO FOSSE LULA????

Imaginem a festa que o PIG (PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA) faria caso fosse o Lula pego dirigindo sem carteira de motorista e ainda por cima tivesse se recusado a soprar no Bafômetro após uma noitada no Rio de Janeiro. Como o infrator foi o tucano Aécio Neves, o queridinho da grande mídia passou de lombo liso. Não lí nada sobre o assunto nas colunas de política da mída guasca, apenas notinhas escondidas num canto de página.




SAFRA GAÚCHA VE VERÃO TERÁ COLHEITA RECORDE

A safra gaúcha de grãos de verão deverá superar os 25 milhões de toneladas, revela hoje (20) a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS). É uma previsão recorde, 10,5% superior à safra anterior que também foi recorde. O Governo do Estado estima que a super safra vai gerar uma movimentação de R$ 13,8 bilhões. Ivar Pavan, secretário estadual de Desenvolvimento Rural diz que o “avanço da tecnologia entre os produtores está possibilitando recordes consecutivos”. O secretário lembrou também que o “tempo ajudou. As chuvas caíram em abundância justamente no período que a produção mais precisou”. O destaque desta super safra fica por conta da soja, com a produção de 11, 2 milhões de toneladas. O arroz em que Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional deverá totalizar 8,6 milhões de toneladas, projeta a Emater. O milho entra em terceiro lugar e sua produção chega a 5,4 milhões de toneladas.

SE O COELHO DA PÁSCOA FOSSE O BRASILEIRO, A PÁSCOA SERIA MAIS FARTA.

Com a proximidade da Páscoa, os coelhos ganham popularidade, principalmente entre as crianças. Elas aguardam ansiosas a chegada do coelhinho, porque é ele que traz os ovos de chocolate. Porém, aquele coelho de pelo branquinho, olhos vermelhos, nariz rosado e orelhas compridas, que habita o imaginário infantil e ilustra os trabalhos escolares é uma linhagem domesticada, que não vive na natureza, apenas em cativeiro. O coelho que vive saltitando por nossas matas é pardo, tem olhos escuros e orelhas curtas - ele chama-se tapiti.
O tapiti daria uma bom distribuidor de ovos de Páscoa. Ele não tem olhos vermelhos nem pelo branquinho, mas é agil e rápido, pequeno e discreto, tem hábitos noturnos e poderia deixar os doces nos ninhos das crianças à noite, sem ser visto, enquanto elas dormem. Outra vantagem é que as encomendas chegariam aos destinos sem enganos e sem atrasos, pois ele conhece muito bem o nosso país, melhor do que qualquer outro coelho, isso porque o tapiti é brasileiro.
Popularmente, ele é conhecido como coelho, mas o tapiti não é exatamente um coelho, e sim seu parente: pertence à família dos leporídeos, que inclui lebres, coelhos e tapitis.

UM GRANDE AMOR TEM TUDO A VER COM O TEMPO

No meio do oceano existia uma ilha onde moravam todos os sentimentos: alegria, tristeza, amor... Um dia souberam que a ilha seria inundada pelas águas. Todos os sentimentos apressaram-se a fugir com seus barcos. Mas o amor – sem muita noção do tempo - resolveu ficar mais um pouco para melhor contemplá-la, antes de desaparecer.

Quase inundada a ilha, o amor começou a pedir socorro. O primeiro pedido foi feito ao barco da riqueza. A resposta foi negativa: não posso, carrego muito ouro e prata, não há lugar para você. O amor continuou pedindo ajuda, agora à vaidade: não posso ajudá-lo, você está todo molhado e poderia sujar e estragar meu barco. A tristeza também recusou o pedido do amor, alegando que estava muito deprimida, preferia ir sozinha. As chances diminuíam e o barco da alegria estava muito cheio – por causa da euforia e do barulho – e não escutou o pedido. Desesperado, o amor começou a chorar quando uma voz o chamou: venha, amor, eu levo você no meu barco. Era um velhinho e o amor ficou tão feliz que esqueceu de perguntar-lhe o nome. Já na margem, o amor perguntou à sabedoria: quem era aquele bom velhinho que me trouxe em seu barco? Foi o tempo, afirmou a sabedoria, e completando a resposta garantiu: só o tempo é capaz de ajudar a entender um grande amor.
Vivemos hoje o tempo da pressa, da velocidade e do barulho. Para ganhar tempo, a sociedade de consumo oferece coisas pré-fabricadas e instantâneas. Você vai a uma loja e compra o que precisa num instante. Em poucos minutos, a dona de casa prepara uma refeição, um financiamento é obtido e um objeto qualquer é adquirido via Internet. Em poucas horas é feita uma viagem que, no passado, demorava uma semana. Além disso, existem coisas virtuais, especialmente amigos e amigas virtuais.
Ninguém tem tempo de esperar e a vida é sacudida por mil sentimentos, quase sempre, na superficialidade. Aí surge o amor à primeira vista, o amor instantâneo, um sentimento misturado com mil outros sentimentos, por vezes, contraditórios. Nós nos amamos e isto basta, é o dogma de muitos jovens. E o amor eterno pode acabar em meses.
A sabedoria antiga explicava que, para conhecer uma pessoa, era necessário antes comer com ela um saco de sal. Era o sal do cotidiano e do tempo. O Evangelho lembra: sobre a areia, é possível construir rapidamente uma casa. E com a mesma velocidade que é construída, ela desaba. Deus é amor e o amor verdadeiro tem um pouco da divindade, mas tem muito do tempo. Um carvalho leva 80 anos para a maturidade, uma abóbora está pronta em 30 dias... Um grande amor tem tudo a ver com o tempo.



OUÇAMOS A CRIAÇÃO

Ouça a criação! Parece ser uma urgência tanto maior quanto mais somos invadidos e agredidos pela poluição sonora que se impõe ao nosso redor. A pior perda de sensibilidade auditiva não vem pela deficiência dos ouvidos, mas pela frieza e dureza do coração.
Ouça a criação! É mais do que escutar o canto do joão-de-barro, a melodia dos ventos que sopram na floresta, a harmonia dos grilos no entardecer ou o berro dos rebanhos de nossos campos. Tudo isso também pode ser importante, especialmente para as novas gerações. Porém, para aprendermos ouvir a criação em sua verdadeira linguagem, necessitamos confirmar e acolher, cada dia, a voz da palavra criadora de Deus que ressoa em cada obra que saiu de suas mãos. Tudo fala de Deus!
Ouça a criação! É um chamado que vem do coração da vida, para que a vida não se torne tão vazia e agredida. Há uma palavra que antecede e segue o que nossos ouvidos ouvem e nossos olhos veem. O “Faça-se” pronunciado pelo Criador não emudeceu com o tempo. Em tudo o que nos cerca há uma mensagem de amor sempre vivo e atual. Até mesmo os fatos ruins podem ser entendidos como um grito de alerta para escutarmos a palavra original daquele que fez bem todas as coisas e continua seu projeto.

UMA RECEITINHA ESPECIAL PARA A SEXTA-FEIRA SANTA

Bacalhau especial



Ingredientes: 1 colher (sopa) de manteiga; ½ cebola picada; 1 cenoura pequena ralada; 100 gramas de bacalhau dessalgado, cozido e desfiado; 1 xícara (chá) de leite; 10 colheres (sopa) de farinha de trigo com fermento. Para polvilhar: ¼ xícara (chá) de leite; queijo parmesão ralado. Para decorar: cenoura ralada.
Modo de fazer: em fogo médio, derreter a manteiga e dourar a cebola. Acrescentar a cenoura ralada e refogar. Adicionar o bacalhau, um pouco do leite e deixar refogar. Dissolver a farinha com fermento no restante do leite. Em fogo brando, juntar a mistura de leite com farinha ao bacalhau. Cozinhar até obter um creme bem homogêneo. Espalhar em um refratário, regar com o leite restante e polvilhar o queijo parmesão ralado. Levar ao forno quente (200ºC), pré-
aquecido, por cerca de 15 minutos, para gratinar. Decorar com a cenoura ralada para servir.
Rendimento: 4 porções.

CÓDIGO FLORESTAL: AVANÇOS E AMBIGUIDADES.

Cabe ao Congresso Nacional bater o martelo numa questão complexa e que pode fazer a diferença no futuro do país. O projeto de lei que muda o Código Florestal, cujo relator é o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ainda não foi suficientemente trabalhado em seu todo. O próprio alinhamento de forças retrata a ambiguidade da questão. De um lado situam-se os ecologistas e entidades como Fetraf-Sul e Movimento dos Atingidos por Barragens; de outro, juntos, pequenos produtores ligados à Contag e o agronegócio.
No fundo, trata-se de um embate entre as mais representativas entidades da agropecuária e a ecologia - esta, com apoio de movimentos mais à esquerda no mapa ideológico do campo. Mas não se pode ignorar outra indagação: até onde é possível o desenvolvimento sustentado?
A floresta brasileira vem sendo dizimada. A Mata Atlântica, que já cobriu 350.000 quilômetros quadrados, vê-se reduzida a menos de 10% de seu tamanho original. Nos últimos anos, a Floresta Amazônica perdeu mais de 300 mil quilômetros quadrados. Ainda existem cerca de três mil empresas cortando árvores na região. De resto, o tradicional machado e a motosserra marcaram sua presença em toda a parte, não respeitando nem as nascentes dos rios.
De dimensões continentais, o Brasil tem áreas e biomas totalmente diferentes e isto precisa ser levado em conta numa proposta de legislação florestal. É preciso avaliar e respeitar a realidade de cada região. Uns esperam a anistia dos crimes ambientais cometidos antes de 2008. Os outros - em especial agricultores gaúchos e catarinenses - esperam poder continuar trabalhando e compondo a mesa dos brasileiros. No centro deste cenário, a floresta pede licença para sobreviver. Por fim, o risco da promulgação de um código que não poderá ser cumprido pelas partes afetadas.

TIJOLO A TIJOLO

Quantas vezes, ao fazer uma retrospectiva (e nem precisamos olhar muito para trás), vemos que as coisas não saíram exatamente como planejado, do jeito que almejamos.

Isso é muito comum. Comum, porque geralmente não calculamos variáveis externas, e muitas vezes não tomamos as medidas corretas, dia após dia, para alcançarmos esse objetivo.
Esse é um grande mal enraizado na vida de muitos. Muitos sonham, vislumbram, acreditam e até enxergam lindas conquistas, sem se dar conta que a construção do futuro se dá com um bom alicerce no presente e com tijolo a tijolo, colocados a cada dia.

COMIDA PARA 9 BILHÕES

Enquanto a carestia dos alimentos é prioridade na agenda das reuniões anuais de primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, alguns analistas já se perguntam como faremos em 2050 para dar de comer a uma população mundial de 8,9 bilhões. A maioria dessas pessoas vivendo em países em desenvolvimento.

“As pessoas pobres são as que mais sofrem e as que mais podem cair na pobreza devido à alta e à volatilidade dos preços dos alimentos”, disse, no dia 14, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. Somente desde junho, 44 milhões de pessoas já foram empurradas para a pobreza devido à carestia dos alimentos, acrescentou. “Devemos dar prioridade aos alimentos e proteger os pobres e vulneráveis, que gastam a maior parte de seu dinheiro em alimentos”, enfatizou Zoellick.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

CÓDIGO FLORESTAL: AGRICULTURA FAMILIAR FORTE E DEFESA DO MEIO AMBIENTE


A bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa apresenta à sociedade gaúcha a sua posição e suas propostas para o projeto do novo Código Florestal Brasileiro. É verdade que o atual marco ambiental precisa ser modernizado, mas piorar a lei não vale. A iniciativa apresentada pelo deputado Aldo Rebello (Pc do B) representa um retrocesso histórico. O maior problema é que desconsidera a agricultura familiar. O material elaborado pela bancada deixa claras as diferenças entre o substitutivo do relator e a mudança que o partido defende.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, realiza conferência em Porto Alegre na próxima terça-feira (19) sobre a política ambiental do Governo Federal e o Código Florestal. O evento, que inaugura o programa Destinos e Ações para o Rio Grande, parceria da Assembleia Legilativa e da Câmara Federal, inicia às 9h30 no Teatro Dante Barone (Praça Marechal Deodoro, 101 - Porto Alegre).


sexta-feira, 15 de abril de 2011

QUANDO O BRASIL INTEIRO CONTRATA, JOHN DEERE DEMITE 230 FUNCIONÁRIOS

A John Deere está divulgando nota à imprensa, referente as demissões confirmadas nesta sexta feira dia 15. Conforme a nota em razão da necessidade de ajustar a força de trabalho aos ciclos de produção do mercado, a John Deere comunica a difícil decisão de realizar o desligamento de 230 colaboradores de sua linha de produção na fábrica de Horizontina. A John Deere empenhou-se em manter o número de empregados, mas entende que é uma ação necessária para adequação e sustentabilidade dos negócios, cuja volatilidade foi momentaneamente acentuada pela insegurança futura do mercado argentino. Após uma série de negociações iniciadas em fevereiro, a companhia e o Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina construíram uma proposta que não obteve aprovação durante assembleia realizada na tarde de terça-feira (12.04.11), a fim de encontrar alternativas viáveis para as pausas de produção programadas nas linhas de plantadeiras e colheitadeiras da fábrica. Em pauta estava a proposta composta por dois itens apresentada pela John Deere aos trabalhadores, a serem avaliados conjuntamente: o Programa de Demissão Voluntária (PDV) e a Suspensão do Contrato de Trabalho, amparada pelo artigo 476 da CLT, que busca valorizar a força de trabalho dos funcionários, garantindo a manutenção de emprego.

Em não havendo o acordo, não foi possível desenvolver ações suficientes para que pudéssemos evitar a redução do quadro, diz a empresa.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

PROTEJA SEUS RINS, SALVE O SEU CORAÇÃO.

O que os rins têm a ver com o coração? Tudo. Os problemas cardiovasculares estão entre as complicações da doença renal crônica, e as doenças cardiovasculares, por sua vez, são causa de doença renal. Com o slogan “Proteja seus rins, salve seu coração”, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) busca sensibilizar a sociedade para a necessidade da realização de exames simples, de sangue e urina, que podem auxiliar na detecção precoce de doença renal crônica e proteger contra as complicações cardíacas.

No Brasil, estima-se que mais de 10 milhões de brasileiros apresentam algum grau de disfunção renal, aumentando acentuadamente a chance prematura de doença cardiovascular. Cerca de 17 milhões de pessoas morrem, por ano, em todo o mundo, devido aos problemas cardiovasculares - considerada a causa mais comum de morbidade (sequelas) e mortalidade mundialmente.

CIÊNCIA E FÉ.

São esferas independentes, autônomas e que, no entanto, encontram suas sínteses em nossas vidas. Ninguém prescinde da ciência e de sua filha dileta, a tecnologia, assim como todos têm uma dimensão de fé, ainda que restrita ao amor que une marido e mulher.

Marcelo Gleiser e eu coincidimos que a finalidade da ciência não é obter lucros (vide as indústrias farmacêuticas e bélicas), e nem a da fé impor verdades (vide o fundamentalismo) ou arrecadar fundos (Jesus é o caminho, mas o padre ou pastor cobram o pedágio...).
Ciência e fé servem para nos propiciar qualidade de vida, conhecimento da natureza e sentido transcendente à existência. Se pela fé descobrimos a origem e a finalidade do Universo e da vida e, pela ciência, como funcionam um e outro, tudo isso pouco importa se não nos conduz ao essencial: a uma civilização na qual o amor seja também uma exigência política.

A MAIS HUMANA DAS VIRTUDES: COM-PAIXÃO

Mais e mais cientistas vindos da mecânica quântica, da astrofísica e da bioantropologia sustentam a tese de que a lei suprema do processo cosmogênico é o entrelaçamento de todos com todos e não a competição que exclui. O sutil equilíbrio da Terra, tido como um superorganismo que se autorregula, requer a cooperação de um sem número de fatores que interagem entre si, com as energias do universo, com a atmosfera, com a biosfera e com o próprio sistema-Terra. Esta cooperação é responsável por seu equilíbrio, agora perturbado pela excessiva pressão que a nossa sociedade consumista e esbanjadora faz sobre todos os ecossistemas e que se manifesta pela crise ecológica generalizada.

Na compaixão se dá o encontro de todas as religiões, do Oriente e do Ocidente, de todas éticas, de todas as filosofias e de todas as culturas. No centro está a dignidade e a autoridade dos que sofrem, provocando em nós a compaixão ativa.
A segunda atitude, afim à compaixão, é a solidariedade. Ela obedece à mesma lógica da compaixão. Vamos ao encontro do outro para salvar-lhe a vida, trazer-lhe água, alimentos, agasalho e especialmente o calor humano. Sabemos pela antropogênese que nos fizemos humanos quando superamos a fase da busca individual dos meios de subsistência e começamos a buscá-los coletivamente e a distribuí-los cooperativamente entre todos. O que nos humanizou ontem, nos humanizará ainda hoje. Por isso é tão comovedor assistir como tantos e tantas se mobilizam, de todas as partes, para ajudar as vítimas e pela solidariedade dar-lhes o que precisam - sobretudo a esperança de que, apesar da desgraça, ainda vale a pena viver.

O MUNDO MUDOU.

“O mundo mudou!” Essa expressão não deixa de ser verdadeira, mas também pode esconder uma triste impotência de quem olha para trás e não consegue conviver com a possibilidade de um sadio relacionamento, com um mundo que, em certos setores, mudou para pior.

Com justiça constatamos que muitas mudanças, trabalhadas pela inteligência humana, estão gerando avanços de humanização no mundo, tanto no campo como na cidade. Há progressos que se confirmam como o novo nome da paz. Esses são sempre bem vindos porque são efetivados com alto senso de humanidade e são favoráveis à vida.
Existe uma expressão popular que a considero sábia e oportuna para todos: “Se queres mudar alguma coisa, mude para melhor, nunca para pior”. Querer mudar faz parte natural dos humanos que desejam imprimir a própria marca por onde passam. A mesmice sedimenta a pessoa, acomodando-a. Desde as pequenas mudanças do dia a dia, até as grandes e extraordinárias, ajudam a dinamizar a vida e a acreditar que é possível um mundo melhor.
Quando pensamos em mudanças não é difícil dedicar uma grande atenção aos meios, achando que são tudo. Na verdade, a sofisticação dos meios que vai acontecendo com fins equivocados pode se tornar uma desgraça para as pessoas e a sociedade. Posso querer um carro novo para desempenhar bem e com segurança meu serviço, como posso desejar um carro novo para humilhar um vizinho ou acelerar uma desgraça.
Na verdade, as melhores mudanças que se tornaram um benefício para a humanidade sempre cuidaram com sabedoria os fins para os quais os novos meios se justificam. Outra grande verdade é que dentre todas as mudanças, a mais importante é a mudança do coração. Isso se chama “conversão”.

A LUZ

E no início tudo eram trevas...

O que seria da luz se não fosse a escuridão? Tudo se inicia assim: só há luz quando há escuridão.
Todos nós passamos pela escuridão para nos chegarmos e sermos a verdadeira luz. Momentos de incredulidade, de incerteza, de medos. Experimentos não muito agradáveis e experiências entristecedoras que queremos esquecer. Assim se faz o início de nossa caminhada...
Por que tem de doer tanto? Por que tem de ser assim? Por que comigo, meu DEUS?
Tais questionamentos são parte integrante de fases "non gratas" em nossas vidas. Mas, caso contrário, onde estaria o milagre? Onde ficaria a marca da verdadeira transformação? Onde daríamos o verdadeiro valor àquilo que recebemos?
Não que isso seja uma regra, mas é só passando por uma experiência aterradora, ou umas experiências, é que mostramos nossa verdadeira essência, nossa verdadeira fé, nosso verdadeiro amor, nosso real desejo, nossa força. Alguns não conseguem entender isso e se afundam ainda mais nessa areia movediça. Se perdem na escuridão e ainda outros, buscam levar alguns por companhia.
Mantenha o foco. Não te deixes desencaminhar. Olhe para o amanhecer, pois o salmista já dizia: O choro pode durar uma noite toda, mas a alegria de DEUS vem ao amanhecer!
Fortaleça-te nas tempestades, firma-te nos tempos difíceis, agarra-te ao TODO-PODEROSO nas horas de oscilação.
Precisamos das trevas para que nos façamos luz.
Seja um sol na vida de muitos!

terça-feira, 12 de abril de 2011

VELHICE EXISTE? NÃO TENHO IDADE, TENHO VIDA E VOCÊ?

Alguns de nós envelhecemos, de fato, porque não amadurecemos.

Envelhecemos quando nos fechamos às novas ideias e nos tornamos radicais.
Envelhecemos quando o novo nos assusta.
Envelhecemos também quando pensamos demasiado em nós próprios e nos esquecemos dos outros.
Envelhecemos se paramos de lutar.
Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o Tempo.
A vida só pode ser compreendida olhando para trás. Mas só pode mesmo ser vivida olhando para a frente.
Na juventude aprendemos; com a idade compreendemos…
Os homens são como os vinhos: a idade estraga os maus, mas melhora os bons.
Envelhecer não é preocupante: ser olhado como velho é que o é.
Envelhecer é mesmo uma Graça de Deus!
Nos olhos do jovem arde a chama, nos do velho brilha a luz.
Sendo assim, não existe idade, somos nós que a criamos. Se não acreditares na idade, não envelhecerás até ao dia da tua morte.
Pessoalmente, eu não tenho idade: tenho vida!
Não deixes que a tristeza do passado e o medo do futuro te estraguem a alegria do presente.
A vida não é curta; as pessoas é que ficam mortas tempo demais…
Faz da passagem do tempo uma conquista e não uma perda.



MANIFESTAÇÃO ANTI-NÚCLEAR EM TÓQUIO

Foi necessário uma das maiores tragédias nucleares para que os japoneses retomassem a luta anti-nuclear, praticamente abandonada nos últimos anos.

No domingo (10), gritando palavras-de-ordem, ao som dos tambores, mais de 15 mil manifestantes tomaram as ruas de Tóquio. É, juntamente com a luta contra a presença dos Estados Unidos nas ilhas de Okinawa, a maior manifestação de massas dos últimos anos no país.
Após o bombardeamento de Hiroshima e Nagasaki, na segunda Guerra Mundial, a vanguarda mais esclarecida da sociedade japonesa protagonizou uma forte luta contra as armas nucleares. Mas, apesar da trágica experiência, isso não impediu que a burguesia imperialista japonesa instalasse no pais nada menos de 55 reactores nucleares, que se transformaram numa espécie de bomba relógio que ninguém sabe quando irá explodir.
A recente decisão de despejar água radioativa no mar gerou toda uma série de transtornos. Na Coreia do Sul, políticos declararam que o Japão tem sido "incompetente" no tratamento da questão. É uma critica bastante virulenta em se tratando da Coreia do Sul. Além disso, os coreanos foram obrigados a não deixar os filhos irem a pé para a escola, temendo a radiação vinda do Japão, o que causou, inclusive, congestionamento do tráfego no país.

A Índia baniu a importação de produtos alimentares por três meses. A China impôs uma serie de restrições à importação. No sábado, mesmo nas Filipinas, depois de um período sem chuvas, o governo aconselhou a população a não andar à chuva por esta conter radioatividade, "inofensiva" para os japonesas, mas "preocupante" para os vizinhos.
Todos esses pequenos dados nos levam a crer que esta luta não é só dos trabalhadores e jovens de Tóquio, mas um problema internacional e, como tal, merece também uma mobilização internacional contra a ameaça nuclear.




VOCÊ JÁ AGRADECEU HOJE?

É com essa pergunta que gostaria de convidá-lo a refletir sobre a maravilhosa oportunidade que temos: a vida!
Nela, temos muitos motivos para agradecer, e, se você parar para pensar por apenas um minuto, é muito provável que encontre diversos motivos para agradecer à Deus, ao Universo ou ao nome que você preferir.
E, com tantas bênçãos em sua vida, voltamos à pergunta inicial:
Você já agradeceu hoje?
Agradeça por todas as coisas boas em sua vida: saúde, trabalho, companheiro(a), animalzinho de estimação, comida, água que você bebe.... simplesmente agradeça, mas não de forma mecânica, agradeça do fundo de seu coração.
Contudo, se você me falar que não tem motivos para agradecer porque tudo vai mal, sinto lhe informar, mas agradeça também!!
Agradeça pela doença, pelo chefe autoritário, pelo filho rebelde...., pois eles são instrumentos divinos que estão lhe mostrando um novo caminho.Reflita comigo, muitas vezes estamos levando a vida no "piloto automático" quando acontece algo que achamos muito ruim.
Porém, se olharmos para trás, foi este acontecimento que parecia ruim que fez com que melhorássemos, mudássemos hábitos e nos alinhássemos com a nossa verdadeira essência espiritual.
E, também, temos o costume de olhar os fatos apenas com os olhos da matéria?
Quem foi que disse que ter dinheiro, saúde ou determinada coisa é pré-requisito para sermos felizes e agradecermos.
Claro que ter boas condições ajuda, mas é só olharmos para o lado e perceber quantos são os pobres?
No mundo das formas e, ao mesmo tempo, são os felizes espiritualmente e que encontram muitos motivos para agradecer.
Evoluímos tanto pelo amor como pela dor.Por isso temos que agradecer...
Se incluirmos este sentimento de gratidão em nossa vida, com o hábito de agradecer a tudo que recebemos, vamos nos conectar com esferas superiores e vibrar numa freqüência elevada de amor, paz, prosperidade, felicidade....
O Universo é abundante, Deus é muito bom, por isso agradecemos.
Muito obrigada, e que a energia da gratidão permaneça vibrante em seu coração.
Paz e Luz em seu coração!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

MORRE LENTAMENTE (Pablo Neruda)

Morre lentamente,quem não viaja, quem não lê, quem não houve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente,
quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem se transforma em esrcravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente,
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente,
quem evita uma paixão
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobres os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorriso dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente,
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente,
quem passa o dia queixando-se da má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece,
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exije um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

VERÍDICO E EXCELENTE (leia)


- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me
desse informações sobre um paciente. Queria saber se certa pessoa está
melhor ou piorou...
- Qual é o nome do paciente?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momento, vou transferir a ligação para o setor de enfermagem...
- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
- Gostaria de saber as condições clínicas do paciente Celso do quarto
302, por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.
- Aqui é o Dr. Carlos plantonista. Em que posso ajudar?
- Olá, doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre a saúde do
Celso que está internado a três semanas no quarto 302.
- Ok, meu senhor, vou consultar o prontuário do paciente... Um
instante só!
Hummm! Aqui está: ele se alimentou bem hoje, a pressão arterial e
pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser
retirado do monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o médico
responsável assinará alta em três dias.
- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!
- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da
família!?
- Não, sou o próprio Celso telefonando aqui do 302!
É que todo mundo entra e sai desta merda deste quarto e ninguém me
diz porra nenhuma. Eu só queria saber como estou.....

SABE DA DIFERENÇA ENTRE O CORRETO E O JUSTO?

Coincidentemente, dois juízes encontram-se no estacionamento de um
motel e, constrangidos, reparam que cada um esta com a mulher do
outro.
Após alguns instantes de silêncio e de 'saia justa', mas mantendo-se a
compostura própria de magistrados, em tom solene e respeitoso um diz
ao outro:
- Nobre colega, inobstante este fortuito imprevisível, sugiro que
desconsideremos o ocorrido, crendo eu que o CORRETO seria que a minha
mulher venha comigo, no meu carro, e a sua mulher volte com Vossa
Excelência no seu.
Ao que o outro respondeu:
-Concordo plenamente, nobre colega, que isso seria o CORRETO, sim...
no entanto, não seria JUSTO, levando-se em consideração que vocês
estão saindo e nós estamos entrando...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A VIDA CURA A VIDA.

Hortaliças frescas com “gostinho de antigamente”. É possível e existe até pesquisa no país. A novidade vem de Santa Catarina. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), na Estação Experimental de Campos Novos, dá a receita para cultivar hortaliças de forma ecológica aproveitando pequenas áreas, inclusive nas cidades. São as chamadas ecohortas, horta agroecológica.

O engenheiro agrônomo Cirio Parizotto simplificou a ideia. “No campo ou na cidade, manter uma horta para consumo da família não exige grandes áreas nem muita mão de obra”, esclarece. Para tanto, diz ele, basta seguir algumas orientações, a começar pelo que plantar, levando em conta o clima, solo, variedades etc.
De acordo com Parizotto, as opções para as pequenas hortas são muitas. Batata, tomate, pimentão, alface, repolho, couve-flor, brócolis, feijão-vagem, moranga, pepino, melancia, cenoura, beterraba, alho e cebola são alguns exemplos. “A horta também é ideal para cultivar temperos e plantas medicinais”, ensina.Mãos a obra, minha gente.

O ELEITO QUE SE COMPORTE

Vereador é alguém que encaminha propostas e as vota. Deputado é alguém que falará por nós na Assembleia do Estado e na do país. Senador é, supostamente, alguém mais experiente que definirá melhor as leis dos outros legisladores.

O país funciona em instâncias, para que nenhuma lei seja apressada e não venha de um só homem, nem de um só partido. Aí seria ditadura. Para o país funcionar como nação de todos e para todos, as leis precisam ser justas e contemplar o desejo da maioria. Jogo sujo e eleição na calada da noite, compra de votos, promessa de recompensa são atitudes antiéticas. Peca o governo que compra votos, o político que os vende, o cidadão que troca sua liberdade por dinheiro ou favores.
Não deixe que, na sua cidade ou no país, grupo algum se perpetue no poder. Ninguém é tão bom que não possa ser substituído! O eleito, que se comporte!

AS POTÊNCIAS OCIDENTAIS E KADAFI

As potências ocidentais, lideradas pelos EUA, botam a boca no trombone em defesa dos direitos humanos na Líbia. E as ocupações genocidas do Iraque e do Afeganistão? Quem dobra os sinos por um milhão de mortos no Iraque? Quem conduz à Corte da ONU os assassinos no Afeganistão?

O interesse dos EUA e da União Europeia não é a defesa dos direitos humanos na Líbia. É assegurar o controle de um território que produz 1,7 milhão de barris de petróleo por dia, dos quais depende a energia de países como Itália, Portugal, Áustria e Irlanda.
O discurso do Ocidente é a democracia. O interesse, o petróleo. E para o capitalismo, só isto interessa: privatizar as fontes de riqueza. Enquanto a lógica do capital predominar sobre a da liberdade, o Ocidente jamais conhecerá verdadeiras democracias, aquelas nas quais a maioria do povo decide os destinos da nação.

LIZ TAYLOR...FRACASSOU NUM SÓ PAPEL: A SUA VIDA.

Não tenho mais nenhuma razão para viver”. Essa foi uma das últimas frases ditas por Elizabeth Rosemont Taylor, mais conhecida por Liz Taylor, falecida aos 79 anos. Foi a última diva da época de ouro de Hollywood. Começou a atuar no cinema aos 12 anos. Trabalhou em 54 filmes, recebendo dois Oscar, distinção máxima no cinema. Foi perfeita no palco e um fracasso total fora dele.

Casou nove vezes e teve oito maridos - deu-se ao luxo de casar duas vezes com Richard Burton. Casamentos seguidos de separações. Seu primeiro divórcio foi aos 18 anos. Foi a primeira atriz a receber um milhão de dólares para participar de um longa metragem. Sua vida pessoal foi totalmente tumultuada, com passagens sombrias pelo mundo do álcool e das drogas, com direito a tentativas de suicídio. No fim da vida aderiu à causa da Aids, angariando milhões de dólares para pesquisar a cura da doença.
Ela será recordada como uma jovem de sorriso encantador, fascinantes olhos violeta, corpo esplêndido e insuperável capacidade de representar. Num único papel ela fracassou: na sua vida.
A morte é bela quando a vida foi bela. A morte tem sentido quando a vida teve sentido. E o Evangelho recomenda: “Ajuntai tesouros no céu, onde a ferrugem não corrói e os ladrões não roubam” (Mt 6,20). E com esses tesouros, um sentido para viver e morrer.




O CÂNTICO DAS CRIATURAS

O Cântico das Criaturas é expressão da vida de alguém que conseguiu fazer a difícil síntese da própria vida, apesar das contradições interiores; da sintonia com Deus, apesar de seus silêncios e de suas provas; da fraternidade com as pessoas, apesar das violências e agressividades cotidianas; e da cordialidade com todos os seres da criação, apesar de suas resistências e obscuridades. Assim sendo, Francisco se torna mestre a nos ensinar um novo modo de habitar no mundo, a co-habitar pacificamente com os outros.

Neste novo modo de habitar, Francisco não cultivava um espírito de timidez diante da natureza, como se estivesse habitada por espíritos perigosos que deveria exorcizar. Com os pés no chão, Francisco ia habitando o mundo com aquela liberdade própria dos filhos de Deus. A partir de seu pensamento, de sua cordialidade e suas atitudes concretas do cotidiano, ofereceu à história e à humanidade uma nova alternativa que os tempos não relegam ao passado. A secreta nostalgia da humanidade continua em busca de uma vida mais transparente e simples, onde a leveza supere o peso de um progresso desumano.

A FALTA NO MEIO DA FARTURA

País onde está o maior potencial hídrico do planeta, o Brasil deve enfrentar cada vez mais problemas de abastecimento de água. E não se trata apenas de efeito da má distribuição dos mananciais no mapa brasileiro, com prejuízos históricos em especial ao Nordeste. “A maior parte dos problemas de abastecimento urbano do país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção, impondo alternativas técnicas para a ampliação das unidades de captação, adução e tratamento”, aponta o estudo Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, lançado na terça 22, Dia Internacional da Água. Relatório revela o risco de mais de a metade dos 5.565 municípios terem problema de água potável em 2015, ou seja, em menos de quatro anos. Após mapear a realidade e, em particular, as tendências de demanda e oferta de água, o estudo apontou essa deficiência e estimou em R$ 22 bilhões o volume de investimentos necessários para evitar a escassez.
“Ao longo do tempo, o planejamento acabou se dando apenas no âmbito do município, que busca uma solução isolada, como se as cidades fossem ilhas. É preciso buscar uma forma de integração, de planejamento mais amplo, preferencialmente por bacia hidrográfica”, sugere o diretor-presidente da agência reguladora.


POR QUE A CRUZ?

A cruz é símbolo cristão da vitória de Jesus sobre todo o mal e sobre a morte. Pela cruz é que Jesus chegou à ressurreição e ascensão à direita do Pai. A cruz é, desde os primeiros séculos, o sinal da grande vitória.

Quando uma pessoa morre em um acidente ou assassinato, os parentes costumam colocar uma cruz no local. Embora quem assim proceda nem sempre saiba o sentido, ela está dizendo: “a pessoa que aqui perdeu a vida, não foi derrotada".
Assim, ao vermos uma cruz, seja em local de acidente, seja no cemitério ou mesmo em nosso peito, lembremo-nos sempre da grande vitória de Jesus e de nossa vitória que ainda está por acontecer.

O BRASIL ESTÁ MUDANDO

Com a ascendência de 19 milhões de brasileiros à classe C em 2010, esta faixa já concentra a maioria da população do país: 101 milhões de pessoas, ou 52,99%. Essa predominância também impôs outro tipo de mudança: a histórica pirâmide já não pode ser mais usada como figura geométrica representativa da divisão de classes de consumo e renda da sociedade brasileira. A faixa maior deixou de ser a formada pelas classes D e E, que davam a base à pirâmide; agora é a C, que está no meio, fornecendo então as linhas para um losango. Perto de 12 milhões de pessoas pularam da classe C para as classes de maior poder aquisitivo - A e B.
Esses consumidores estão entrando em novas categorias ou tendo acesso a produtos de maior valor. Entre as categorias em que o maior crescimento se deu nos lares de menor renda estão água de coco, bebidas à base de soja, leite fermentado, tinta de cabelo, xampu e biscoito. Isso pode significar uma quebra de paradigma, uma vez que os fabricantes e varejistas, até então, pensavam que deveriam ter uma marca para as classes mais altas e outra para as baixas


FICHA LIMPA O CLAMOR DO POVO NÃO BASTOU

Com o argumento de que a lei não poderia ter sido aplicada na última eleição devido ao princípio da anualidade - toda mudança precisa ser promulgada um ano antes do pleito -, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou na semana passada a validade da Ficha Limpa nas eleições de 2010. O Supremo estava dividido, com cinco votos de cada lado. O voto do novo ministro, Luiz Fux, foi decisivo.

Sancionada em junho do ano passado pelo ex-presidente Lula, a Lei da Ficha Limpa fora proposta por emenda popular avalizada por mais de 1,6 milhão de brasileiros. Ela barrava a candidatura de condenados por decisões colegiadas ou que renunciaram a um mandato anterior para evitar a cassação.
Para compensar mais esta frustração o eleitor deve aumentar as exigências e a fiscalização sobre os políticos. E ter consciência de que o seu voto é que pode incluir ou não maus políticos na lista de vitoriosos. Contra o resultado das urnas não há recurso cabível. Aliás, 15 dos 32 candidatos que ingressaram com recurso contra a Ficha Limpa, não assumirão pelo mau desempenho nas urnas.


NADA COMO UM DIA DEPOIS DO OUTRO.

Assim se dão as coisas: um sucessivo desenrolar de experimentos, de sentimentos, de decisões, de atitudes ou a ausência delas, de expectativas ou de frustrações. O mundo gira.

E com ele, acompanha o nosso futuro. E nele, está o nosso presente.
E o passado? Aquilo que está há um segundo ou há uma década atrás? Serviu para alguma coisa? Te ajuda a entender melhor o presente e enxergar melhor o futuro?
Uma coisa é ficar remoendo, se arrependendo, querendo voltar atrás. Outra coisa é ver o passado com seus erros e acertos e conduzir mais sabiamente o presente.
Um jovem sábio disse dias atrás que viu um filme e nele um personagem dizia: “O passado é história. O futuro é um enigma. E o presente é uma dádiva. Por isso que se chama presente”. Pelo menos na língua portuguesa...
Mas é isso: viver o presente de forma mais madura, consciente, firme, perspicaz e otimista. Precisamos desfrutar melhor essa dádiva.
O nosso presente pode não mudar definitivamente nosso passado mas, definitivamente, influenciará nosso futuro.
Tire os paradigmas da mente, dê chance ao novo, mude hábitos, tome atitudes.
Não permita que o teu amanhã seja muito parecido com o teu hoje.
Precisa ser melhor. E será.

MARCHA CONTRA O USO DE AGROTÓXICOS

A “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” será lançada por movimentos de trabalhadores rurais e ambientalistas no Dia Mundial da Saúde, nesta quinta-feira (7). Haverá atos de lançamento nas principais capitais do Brasil. De acordo com a coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Paola Pereira, em Brasília (DF) uma marcha passará pelo Ministério da Saúde, da Agricultura e pelo Congresso Nacional com intuito de fazer dos agrotóxicos um debate público.

“A gente acredita que é importante fazer esse debate com a sociedade porque esse modelo de agricultura que está hoje implementado no Brasil, do agronegócio, está numa posição de monocultura de grãos, principalmente para exportação, então, não é um modelo voltado para a produção de alimentos.Então, a gente precisa fazer essa denúncia que desde 2009, o agronegócio tem utilizado muito agrotóxico. Nós somos campeões mundiais no uso de agrotóxico”.
No mesmo dia, a subcomissão sobre uso de agrotóxicos da Câmara dos Deputados também realizará uma audiência pública para debater a questão.





POR QUE OS JAPONESES NÃO CHORAM?

Imediatamente depois da tragédia que atingiu o Japão, os meios de comunicação ocidentais maravilharam-se diante das multidões de Tóquio que caminhavam em ordem na noite do terremoto sem manifestações de desespero e sempre contendo as lágrimas. Falou-se de estoicismo, dignidade, fatalismo, tabu...Essa atitude foi atribuída à formação (“todos os estudantes japoneses aprendem o que é preciso fazer em caso de terremoto”), ao costume (“no Japão, as fúrias da natureza fazem parte da vida”) e, às vezes, à manipulação (“os meios de comunicação ocultam o que é mais horrível”). Também falou-se muito de uma suposta mescla de Zen e cultura pop, desenhos e “mangás” (HQ japonesas), “cultura do efêmero” e “cultura do desastre”. Chegaram a recitar na televisão – sobre a tumba de barro onde jazem enterradas vinte mil vítimas – os antiquíssimos “haikus” para explicar aos telespectadores “por que os japoneses não choram”.Essa evolução também reflete a crise profunda do impulso nacional em um país que envelhece, debilitado por vinte anos de depressão econômica, traumatizado pelas reformas neoliberais implantadas desde princípios do século e paralisado por um sistema político sem alento. Como o 11 de setembro transformou os Estados Unidos, o 11 de março transformará o Japão. O cataclismo será um eletrochoque e a reconstrução se converterá no objetivo nacional do qual carecem hoje os japoneses? O fato de ter roçado o Apocalipse os levará a reconsiderar um modo de desenvolvimento, onde um único acidente pode transformar uma de suas megalópoles em um deserto envenenado? Estas perguntas dirigem hoje todo o futuro do Japão.




FMI NUM MOMENTO INTERESSANTE DE SE ASSISTIR

Um estudo do Fundo Monetário Internacional admitindo, pela primeira vez, a adoção de controles de capital estrangeiro em economias emergentes causa grande agitação entre analistas econômicos dos jornais.

Trata-se de uma guinada surpreendente nos 70 anos de existência da instituição, que já foi acusada de punir os países mais pobres e privilegiar as economias mais desenvolvidas, no final do século passado.
Na verdade, o que o FMI produziu foi um documento que retrata um dado da realidade: com ou sem recomendação oficial, muitos países emergentes, como o Brasil, têm sido obrigados a adotar medidas de controle do ingresso de moedas estrangeiras, que inundam os mercados em ondas gigantescas
Agora que o FMI assume, ainda que de maneira parcial e precipitada, que eventualmente pode ser admitido algum controle nas marés financeiras, a grita é geral.

Na verdade, já existem muitas condicionantes para o movimento de capitais, e as oportunidades sempre irão funcionar como ímãs poderosos por causa da liquidez excessiva dos mercados.
Mas para quem viveu os dias de soberania do FMI, não deixa de ser um momento interessante de se assistir.