quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

FOCOS DA DENGUE ACIMA DA MÉDIA EM HORIZONTINA



A 14ª Coordenadoria Regional da Saúde divulgou informações alarmantes com relação aos números de focos de dengue no município de Horizontina. O Coordenador da Equipe da dengue em Horizontina, Valdir Fernandez, salientou que o índice de infestação está muito acima do tolerável. Conforme ele, o número está em 10,42%, bem acima do aceitável, que é 1%, e por isso, a população tem que apoiar as ações, se preocupando nas suas residências e propriedades, para combater os focos. Isto significa, segundo a Coordenadoria, que a cada 100 casas visitadas, 10 estão infectadas com a presença dos focos. Neste aspecto, é extremamente importante a participação da população no combate ao mosquito. Cada cidadão Horizontinense precisa cuidar de sua propriedade vistoriando objetos, muitas vezes jogando pelo pátio sem nenhuma preocupação, podendo acumular água tornando-se desta forma um ambiente favorável para a procriação do Aedes Aegypti, causador da dengue.

RICARDO EXONERA MAIS DOIS


 

O Prefeito em exercício Ricardo Alexandre Sauer, exonerou na segunda feira, dia 25, da Função de Chefe do Setor de Licitações, a servidora Judites Terezinha Camargo Henn. O motivo da exoneração, segundo o prefeito, foi para tratamento de saúde da mesma. Já nesta terça feira dia 26, foi exonerado por problemas de interesse particular do mesmo, o Diretor do Departamento de Administração Financeira, Jacó Dalírio Mayer. Ricardo ainda não nomeou os substitutos para estas funções. Judites era Cargo de Confiança do PMDB e Jacó Mayer do PP.

LUTO: MORRE NEIDE CASTANHA, DEFENSORA ODS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTES

Crianças e adolescentes de todo o Brasil perderam uma mãe na noite desta terça-feira. Depois de dois meses de luta contra um câncer e um dia após se internar no Hospital Santa Lúcia, faleceu, por volta das 22h30, em Brasília, Neide Castanha, mineira e militante a favor dos direitos humanos e sociais de crianças e adolescentes.
Foi muito rápido, de manhã: amigos e familiares preocupados com a internação, à noite, recebem a notícia. Neide estava fraca, mas todos acreditavam na recuperação. Neide não resistiu e se foi deixando saudades para família, amigos e principalmente aos milhares de crianças, adolescentes e jovens para quem dedicou toda a vida.

Formada como assistente social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em políticas públicas e direitos da criança e do adolescente, Neide ficou a frente do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes desde 2004, permanecendo até quando a doença a venceu

OCUPAÇÃO DE TERRA NÃO SOMA ALIADOS, AFIRMOU: STEDILE.

O economista João Pedro Stedile, 56 anos, é quem dita a linha política seguida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Ontem, em Porto Alegre, onde participa do Fórum Social Mundial, ele falou que o MST passa por um "momento de reflexão". A ocupação de terra está deixando de ser, segundo ele, o carro-chefe por não fazer mais aliados políticos. O novo caminho passaria pela aliança com os trabalhadores urbanos. A mudança de foco não é pacífica. Há um debate forte entre os militantes, que já levou a confrontos ideológicos, principalmente no Rio Grande do Sul.

Estamos em um momento de reflexão, pensando em um novo modelo para seguir. Nos anos 70 e 80, bastava ocupar terras e se conseguia apoios que resultavam em pressão política. Hoje, a ocupação de terra não soma aliados. Portanto, não interessa mais. Estamos buscando novas alternativas para fazer aliados. E a que está se mostrando mais compatível é a aliança com trabalhadores da cidade.

OS 12 EIXOS PARA TORNAR POSSÍVEL UM MUNDO MELHOR

O texto, que tem 21 páginas, traça de forma clara e acessível os contornos da crise civilizatória que atinge a humanidade, propondo "12 eixos de ação viáveis" para a mudança de rumo necessária à sobrevivência da espécie humana na Terra. A situação crítica dos sistemas econômico-produtivos atuais abre o documento, que alerta: "...enfrentamos um desafio sistêmico, onde já não cabem simples arranjos nas formas como organizamos o que podemos chamar de maneira ampla de gestão da sociedade. Uma outra gestão é inevitável. Os desafios são simplesmente vitais, no sentido mais direto do termo".

Em uma frase, o texto resume o ponto central das preocupações que devem dominar as discussões sobre a crise atual: "Trata-se de salvar o planeta, de reduzir as desigualdades, de assegurar o acesso ao trabalho digno e de corrigir as prioridades produtivas", e destaca a profunda desigualdade que caracteriza a humanidade: "Os 20% mais ricos se apropriam de 82,7% da renda. Como ordem de grandeza, os dois terços mais pobres têm acesso a apenas 6%. Em 1960, a renda apropriada pelos 20% mais ricos era 70 vezes o equivalente dos 20% mais pobres, em 1989 era 140 vezes", para chegar à "conclusão bastante óbvia" de que "estamos destruindo o planeta, para o proveito de um terço da população mundial".

QUESTIONÁRIO PARA MARINA

1. Com o acordo de Gabeira com os tucanos e demos no Rio, tua candidatura pode ser definitivamente considerada como pertencente a esse bloco de direita?

2. Quais os pontos essenciais da sua plataforma para o Brasil ou será apenas uma plataforma ecológica?

3. Considera que a ecologia pode ser o centro de uma plataforma geral para o Brasil?

4. Que tipo de política econômica seu governo teria?

5. O que aconteceria com o PAC? E com o Bolsa Familia?

6. Que modificações introduziria na política internacional do Brasil?

7. Quais seriam seus principais ministros? O de Meio Ambiente seria Zequinha Sarney, que ocupou esse cargo no governo FHC e pertence ao teu novo partido?

8. Se não passar para o segundo turno, apoiaria a Dilma ou Serra? Ou daria como tudo igual e ficaria com a abstenção?

9. Tuas posições a favor do criacionismo, contra o aborto, entre outras, de fundamento religioso, de que forma seriam implementadas em um governo em que você fosse a presidente?

10. Seria a favor do ensino religioso nas escolas públicas? Seria orientada por qual das religiões?

11. O fato de ter um grande empresário privado como vice-presidente, ao invés de alguém vinculado aos movimentos sociais, que significado tem?

UM FORUM POLÍTICO MUNDIAL SE FAZ NECESSÁRIO.

De longe, o processo mais importante são as eleições brasileiras, em outubro. É aqui que se jogará o futuro político do continente. Uma vitória da direita, personificada por José Serra, comprometerá toda a construção de alternativas ao neoliberalismo.

Não se trata de maniqueísmo, uma vez que muitos governos são tremendamente moderados. O problema é que a truculência da direita os coloca, por contraste, no espectro da esquerda continental. É o caso de Lula.

Tais embates são da esfera política e estão no mesmo diapasão dos impulsos que geraram os Fóruns Sociais Mundiais. Mas a certa altura, os Fóruns ficaram para trás em relação aos governos. Com todas as suas limitações, estes tiveram de ir à ação concreta. E avançaram.

Talvez seja a hora de se aproveitar os balanços a serem realizados em Porto Alegre e os debates sobre desenvolvimento e soberania que terão lugar em Salvador para propor uma mudança substancial nos Fóruns Sociais: transformá-los em Fóruns Políticos Mundiais.

POLÍTICA EXTERNA: OS PROGRESSISTAS

Não é possível conceber uma política externa progressista e inovadora que não questione e enfrente os consensos éticos e estratégicos das potências que controlam o núcleo central do poder mundial.

José Luís Fiori

Do lado oposto, fica mais fácil de definir e identificar as características essenciais de uma política externa conservadora. Em primeiro lugar, os conservadores não se propõem mudar a distribuição do poder internacional, nem questionam a hierarquia do sistema mundial. Sua reação frente aos desafios colocados pela agenda internacional, é quase sempre empírica, isolada, e moralista. Os conservadores não têm uma teoria nem uma visão histórica própria do sistema internacional e dos seus acontecimentos conjunturais, e são partidários, em geral, de uma política externa de baixo teor, sem grandes iniciativas estratégicas nacionais, e com uma alta taxa de submissão aos valores, juízos, e decisões estratégicas das potencias dominantes. Por isto, consciente ou inconscientemente, os conservadores delegam a terceiros, uma parte da soberania decisória de sua política externa, e acabam assumindo, invariavelmente, uma posição subalterna dentro da política internacional.

Como foi o caso, na década de 1990, da política externa do Brasil, e dos demais países da América do Sul. Uma década que passou para a história, sob o signo neoliberal da "diplomacia descalça", do governo brasileiro da época, e da proposta argentina de estabelecer "relações carnais", com os Estados Unidos.

“O CAMINHO DA IRREVERÊNCIA E DA DESOBEDIÊNCIA É O CAMINHO DA DEMOCRACIA”

As curtas falas dos participantes da mesa indicaram uma responsabilização tanto de todos que compõem o Fórum Social Mundial, quanto de Lula em relação a questões como democracia, clima, a luta contra a criminalização dos movimentos sociais e a favor das comissões de anistia na América Latina. Figurando em diversas mesas de debate em Porto Alegre, a uruguaia Lilian Celiberti emocionou uma platéia que aguardava ansiosa a fala presidencial desde as 17 horas da tarde em filas sob o sol ou num abafado Gigantinho. Lula falou apenas depois das 20 horas.

"O FSM é o povo da esperança, da luta e da alegria. Como vocês sabem, eu fui presa aqui em Porto Alegre e a luta do povo riograndense que tornou possível eu estar novamente aqui. Todos nós, latinoamericanos, nos emocionamos a ponto de chorar frente à televisão quando, pela primeira vez, um torneiro mecânico ingressou na banda presidencial. Também nos emocionamos quando um indígena chegou à presidência da Bolívia. Hoje, no Uruguai, um ex- guerrilheiro que passou anos em um poço para ser destruído pela ditadura se encontra na banda presidencial. Essa é a luta de todos nós e de muitos outros. É a subversão da ordem estabelecida que nos permite conquistar direitos", disse Lilian.

MEIO AMBIENTE DOMINA O DEBATE SOBRE ECONOMIA NO FÓRUM SOCIAL

A necessidade de construir um desenvolvimento econômico que não degrade o meio ambiente predominou o debate sobre economia no Fórum Social Mundial na terça-feira (26). A doutora em política, Susan George, salientou que os países enfrentam múltiplas crises, das quais a mais grave é a ambiental. George afirmou que se as pessoas não fizerem esforços para salvar a vida na terra, qualquer processo de mudança será muito mais demorado.

LULA E O FÓRUM MUNDIAL, DEZ ANOS DEPOIS



Ao afirmar que o Fórum Social Mundial, após uma década, "está mais maduro, mais calejado", o Presidente Lula parecia estar falando de seu próprio governo. "O que um presidente sonhou a vida inteira e o que ele pode fazer é diferente", completou Lula, dizendo que a advertência era destinada para quem o substituir e para cada um dos colegas latinoamericanos, especialmente a Pepe Mujica, recém eleito no Uruguai. Lula estava bem humorado e falou durante quase uma hora para as 7 mil pessoas presentes no Gigantinho, na noite de terça-feira.

FORÇAS ARMADAS E POLÍCIA DEVEM SE DESCOLONIZAR AFIRMA MORALES.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, cobrou uma mudança profunda nas Forças Armadas e na Polícia do país, nesta terça-feira (26). Segundo Morales, "a polícia não deve estar preparada somente para perseguir dirigentes sindicais, mas aos delinqüentes que fizeram tanto dano ao país".

Na última sexta-feira (24), quando foi empossado presidente da Bolívia pela segunda vez, Morales chamou a atenção das Forças Armadas por ainda ensinar em sua academia que o inimigo é o socialismo. De acordo com o presidente, os militares precisam se descolonizar e dar orientação ideológica aos novos oficiais, já que "o verdadeiro inimigo é o capitalismo".

A nova gestão presidencial, em conjunto com o novo Congresso Nacional, que agora se chama Assembléia Plurinacional, terá como tarefa implementar a Nova Constituição Política de Estado, aprovada pelos bolivianos no último mandato de Morales. O novo texto constitucional implica em uma verdadeira refundação de todas as instituições pertencentes ao Estado. De acordo com as palavras do presidente, significa "deixar para trás o Estado colonial e ver nascer um Estado Plurinacional".

A ESQUERDA E A CRISE DO CAPITALISMO

Na avaliação de ativistas do movimento altermundista, nem governos nem movimentos populares conseguiram até agora apresentar alternativas concretas à ultima crise sistêmica do capitalismo , perdendo uma oportunidade histórica para, de fato, superá-lo. Buscar essas respostas é mais um desafio colocado para o FSM. Para o venezuelano Edgardo Lander "o capitalismo, como sistema global, é incompatível com a preservação da vida". Quem quiser discutir superação do capitalismo sem discutir o Estado que queremos estará girando em falso. A resistência eterna é o caminho da derrota",

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ESTA É A GRANDE BATALHA

O maior debate contemporâneo, aquele que reaparece cotidianamente, que praticamente cruza todos os maiores problemas que enfrentamos, é o da solidariedade. O aspecto mais negativo do vendaval avassalador com que o neoliberalismo tratou de se impor em nossas sociedades é o egoísmo. Egoísmo, individualismo, consumismo contra solidariedade, justiça, direitos – esta é maior batalhar ideológica e de comportamento, no Brasil e no mundo, atualmente.

Para a esquerda, se trata de travar a maior de todas as batalhas: a luta pela construção de idéias solidárias, de fraternidade, de justiça, fundadas no direito de todos. Sem isso, se poderá avançar, conforme o sucesso econômico e a possibilidade de extensão do acesso a bens para todos. Porém, nosso critério tem que ser o da prioridade radical de incorporação aos direitos básicos dos pobres, da grande maioria, até aqui sempre marginalizada, do Brasil.

Ajudar a que tomem consciência dos seus direitos, de quem são seus inimigos, de como podem e devem se organizar para garantir seus interesses e a continuidade dos projetos que os beneficiam. Ajudar a que sejam o sujeito fundamental na construção de um país justo, solidário, para todos. Aí se joga o futuro do país: na superação do egoísmo, do consumismo, dos critérios de mercado, pelos de justiça, de solidariedade, de direito para todos.

POBRE HAITÍ

Enquanto as placas tectônicas do Caribe e da América do Norte não se estabilizam, o povo haitiano vive, mais uma vez, o limite de suas possibilidades históricas. O envio de mais de 10 mil soldados e marines, e uma frota capitaneada por um porta-aviões nuclear, sem que a ONU fosse sequer consultada, revela uma estratégia por demais conhecida. Se a natureza, como a própria guerra, tem as suas próprias leis, os fatos desatados por sucessivos abalos sísmicos servem como exercício para que os Estados Unidos reafirmem a preeminência na América Caribenha, descartando qualquer possibilidade de países vizinhos interferirem em sua supremacia na região.

Quando a secretária de Estado americana Hillary Clinton, a bordo de um avião militar, pronuncia que "o socorro às vítimas do terremoto poderia chegar de forma mais rápida se o Parlamento haitiano aprovasse um decreto dando mais poderes ao presidente René Préval, alguns dos quais poderiam ser delegados aos Estados Unidos como a possibilidade de declarar toque de recolher", suas palavras não podem ser compreendidas fora da lógica dos poderes que comandam a titeragem internacional.

O que lhes interessa (aos poderes), em qualquer circunstância, é executar a estratégia de dominação da grande potência mundial de nossos dias, pouco se importando com a deterioração das condições de vida da população afetada, com os escombros de Porto Príncipe ou com os milhares de mortos que estão sendo enterrados em valas comuns. O que conta é experimentar novas formas de controle sobre países periféricos, organizando uma logística que privilegia a ação militar em detrimento de uma operação humanitária. Não foi à toa que a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), uma das principais organizações humanitárias da França, acusou os Estados Unidos de prejudicarem as operações de auxílio no Haiti, causando graves atrasos para os médicos que tentam levar ajuda às vítimas..

QUEM VIVER VERÁ.

No futuro, quando Lula não for mais o presidente do Brasil e os bastidores da História vierem à tona, a imprensa brasileira negará, com o cinismo que lhe é próprio, todo o esforço feito para esconder, ignorar ou deturpar a atuação deste grande estadista. Durante muito tempo, os jornalistas que destilam ódio contra Lula, terão de conviver com a culpa e a vergonha, porque o povo não os perdoará. Serão idênticos aos que apoiaram o golpe militar de 1964 e hoje posam de democratas, recusando-se a falar do passado.

Engana-se quem diz que o papel da imprensa é bater nos governos constituídos. A vigilância será sempre bem-vinda. Não a perseguição com finalidades escusas, a mentira, as interpretações oportunistas dos fatos, o ranço preconceituoso que parece ser a sombra da elite que ela representa. Chega a ser, neste sentido, vergonhoso -- mas esclarecedor -- que um canal de televisão argentino produza uma entrevista/documentário de tal excelência com o presidente Lula, enquanto no Brasil sua história, seu pensamento e os avanços logrados por seu governo são tratados de forma tão desonesta pela mídia.

TRISTEZAS DA VIDA.

Há dias, por vezes mais de um, em que a tristeza nos acompanha. Numa sociedade em que há de se estar sempre sorrindo, correndo, ativo, fazendo, isto é deveras embaraçoso. Mas não há nada que se possa fazer. Quando a tristeza vem, ela traz recados. Sentires de seres amados que já se foram. Lugares que moram no nosso sentimento. Quando a tristeza vem, abro as portas. Deixo ela entrar pois que é de casa. Sem ela, não há alegria, pois ambas andam de mãos dadas. Assim como temos dois olhos, um que olha para dentro e de repente vê cadeiras e quartos vazios, também temos o outro que olha para fora e vê o sol brilhando e as estrelas acompanhando a lua no escuro da noite.

A IMPORTÂNCIA DE SABER QUEM EU SOU.

Conheça a você mesmo, dizem que estava escrito no pórtico do Oráculo de Delfos. Muitas vezes ao longo da vida, somos levados a acumularmos saber sobre outros, sobre outras coisas, sobre coisas que não dizem respeito ao saber de si, ao saber sobre nós mesmos.

Quem conhece os demais é inteligente, diz o Tão Te King, o livro chinês escrito por Lao Tsé, quem conhece a si mesmo é sábio. O saber de nós mesmos nos remete para o singular, para essa individualidade única e irrepetível que somos cada um de nós.

Quando eu me conheço, separo o que não se me aplica, e fico com o que é meu. Sempre deverei estar fazendo isto, pois estarei cercado, como estive até aqui, ao longo da minha vida, de gente que dizia e diz saber muito de mim, sem saber.

Quando começo a me conhecer, como diz o aforisma oracular citado no começo destas linhas, começo a respirar fundo, me defronto com uma realidade singular, esta do ser que eu sou. Eu não sou um ser genérico, nem você é. Ninguém é um ser genérico, somos todos criaturas únicas e singulares, irrepetíveis.

No entanto, funcionamos como se devêssemos constantemente obedecer a padrões alheios, externos, que não se aplicam a nós mesmos, pois são fruto de generalizações. Um escritor escreve o script da sua própria vida.

Nos seus escritos, ele ou ela vai se tornando o artífice dos seus próprios atos, do seu próprio ser, que vai se revelando nos seus dizeres, nas palavras que dele ou dela saem. Assim, aos poucos, ele ou ela, vão se tornando cada vez mais quem são, esse ser sem irrepetível que cada um de nós é.

Então, você ira sabendo como é sua forma de pensar, e não a que lhe dizeram que você tinha. Você ira sabendo o que quer, e não o que cria querer. Aos poucos, muito lenta mas claramente, de forma muito definida, você irá jogando fora o que não lhe pertence, para ficar com aquilo único que sempre lhe pertenceu.

OBAMA NADA A COMEMORAR NO PRIMEIRO ANO DE GOVERNO

Não fosse um imerecido Nobel da Paz, o presidente dos EUA nada teria a festejar ao cumprir o primeiro ano de mandato. Gastou seu capital político sem obter nada substancial (de uma aprovação inicial de 68%, a maior desde John Kennedy, caiu para 49%) e seu partido sofreu uma derrota eleitoral humilhante. 

O republicano Scott Brown ganhou a eleição para substituir o falecido senador democrata Ted Kennedy, um dos maiores defensores da reforma da Saúde, basicamente opondo-se a ela. Brown é menos conservador que a média dos republicanos e é algo excepcional a situação de Massachusetts, que já tem um sistema de saúde estadual, ao qual o federal apenas acrescentaria despesas, mas ainda assim foi uma derrota contundente.

As circunstâncias encontradas por Obama, criadas pelo governo de Bush júnior e pela gestão de Alan Greenspan no Fed, foram muito desfavoráveis, mas a maneira como as enfrentou não foram inspiradoras. Continua no Iraque, enviou mais tropas ao Afeganistão, desistiu de pressionar Israel a suspender as construções em terras palestinas, respaldou um golpe de Estado em Honduras e lavou as mãos em relação à mudança climática. 

TERRORISMO MIDIÁTICO

"O terrorismo midiático é a primeira expressão e condição necessária do terrorismo militar e econômico que o Norte industrializado emprega para impor à humanidade a sua hegemonia imperial e o seu domínio neocolonial". Manifesto do 1º Encontro Latino-Americano contra o Terrorismo Midiático (março de 2008).

A América Latina vive um processo inédito e intenso de mudanças políticas, que já se refletem no terreno econômico e social e também nos rumos da integração regional. O continente que foi saqueado pelas nações colonialistas, como tão bem retratou o escritor Eduardo Galeano no livro "As veias abertas da América Latina", que sofreu com sangrentas ditaduras militares e que foi o principal laboratório das destrutivas políticas neoliberais, atualmente se levanta e tateia caminhos alternativos, que garantam mais democracia, soberania nacional e justiça social. A perspectiva do "socialismo do século 21" volta a se colocar no horizonte na região da heróica revolução cubana.

Nesta América Latina rebelde, a mídia hegemônica está na berlinda. Ela é criticada por seu papel manipulador, pela postura de criminalização dos movimentos sociais e pela ação desestabilizadora contra governos democraticamente eleitos. Em todos os países surgem entidades que priorizam a batalha pela democratização dos meios de comunicação. Governantes progressistas, oriundos das lutas contra a regressão neoliberal, também adotam medidas para se contrapor ao terrorismo midiático. Mais ousados ou mais moderados, conforme a correlação de forças de cada país, eles tentam regulamentar o setor, incentivam redes públicas e polemizam com os barões da mídia.

OS PECADOS DO HAITI.

A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do Haiti e que tivera a louca idéia de querer um país menos injusto.

O voto e o veto
Para apagar as pegadas da participação estadunidense na ditadura sangrenta do general Cedras, os fuzileiros navais levaram 160 mil páginas dos arquivos secretos. Aristide regressou acorrentado. Deram-lhe permissão para recuperar o governo, mas proibiram-lhe o poder. O seu sucessor, René Préval, obteve quase 90 por cento dos votos, mas mais poder do que Préval tem qualquer chefete de quarta categoria do Fundo Monetário ou do Banco Mundial, ainda que o povo haitiano não o tenha eleito com um voto sequer.

Mais do que o voto, pode o veto. Veto às reformas: cada vez que Préval, ou algum dos seus ministros, pede créditos internacionais para dar pão aos famintos, letras aos analfabetos ou terra aos camponeses, não recebe resposta, ou respondem ordenando-lhe:

– Recite a lição. E como o governo haitiano não acaba de aprender que é preciso desmantelar os poucos serviços públicos que restam, últimos pobres amparos para um dos povos mais desamparados do mundo, os professores dão o exame por perdido.

A tradição racista
Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objetivos: cobrar as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem "uma tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de civilização". Um dos responsáveis da invasão, William Philips, havia incubado tempos antes a ideia sagaz: "Este é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que haviam deixado os franceses".

O Haiti fora a pérola da coroa, a colónia mais rica da França: uma grande plantação de açúcar, com mão-de-obra escrava. No Espírito das Leis, Montesquieu havia explicado sem papas na língua: "O açúcar seria demasiado caro se os escravos não trabalhassem na sua produção. Os referidos escravos são negros desde os pés até à cabeça e têm o nariz tão achatado que é quase impossível deles ter pena. Torna-se impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma, e sobretudo uma alma boa, num corpo inteiramente negro".

Em contrapartida, Deus havia posto um açoite na mão do capataz. Os escravos não se distinguiam pela sua vontade de trabalhar. Os negros eram escravos por natureza e vagos também por natureza, e a natureza, cúmplice da ordem social, era obra de Deus: o escravo devia servir o amo e o amo devia castigar o escravo, que não mostrava o menor entusiasmo na hora de cumprir com o desígnio divino. Karl von Linneo, contemporâneo de Montesquieu, havia retratado o negro com precisão científica: "Vagabundo, preguiçoso, negligente, indolente e de costumes dissolutos". Mais generosamente, outro contemporâneo, David Hume, havia comprovado que o negro "pode desenvolver certas habilidades humanas, tal como o papagaio que fala algumas palavras".

A humilhação imperdoável
Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca. O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos tinham conquistado antes a sua independência, mas meio milhão de escravos trabalhavam nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era dono de escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os negros foram, são e serão inferiores.

A bandeira dos homens livres levantou-se sobre as ruínas. A terra haitiana fora devastada pela monocultura do açúcar e arrasada pelas calamidades da guerra contra a França, e um terço da população havia caído no combate. Então começou o bloqueio. A nação recém nascida foi condenada à solidão. Ninguém comprava do Haiti, ninguém vendia, ninguém reconhecia a nova nação.

O delito da dignidade
Nem sequer Simón Bolívar, que tão valente soube ser, teve a coragem de firmar o reconhecimento diplomático do país negro. Bolívar conseguiu reiniciar a sua luta pela independência americana, quando a Espanha já o havia derrotado, graças ao apoio do Haiti. O governo haitiano havia-lhe entregue sete naves e muitas armas e soldados, com a única condição de que Bolívar libertasse os escravos, uma idéia que não havia ocorrido ao Libertador. Bolívar cumpriu com este compromisso, mas depois da sua vitória, quando já governava a Grande Colômbia, deu as costas ao país que o havia salvo. E quando convocou as nações americanas à reunião do Panamá, não convidou o Haiti mas convidou a Inglaterra.

Os Estados Unidos reconheceram o Haiti apenas sessenta anos depois do fim da guerra de independência, enquanto Etienne Serres, um gênio francês da anatomia, descobria em Paris que os negros são primitivos porque têm pouca distância entre o umbigo e o pênis. A essa altura, o Haiti já estava em mãos de ditaduras militares carniceiras, que destinavam os famélicos recursos do país ao pagamento da dívida francesa. A Europa havia imposto ao Haiti a obrigação de pagar à França uma indemnização gigantesca, a modo de perda por haver cometido o delito da dignidade.

A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de tragédia, é também uma história do racismo na civilização ocidental.

TEM BATATA NA CHALEIRA

Há algo surpreendente (para dizer o mínimo), com todo esse estardalhaço a respeito do III Programa Nacional de Direitos Humanos, que o governo Lula acaba de apresentar. Quase todos os pontos acerbamente criticados por militares, latifundiários e donos de empresas de comunicação, já constavam dos dois programas anteriores, elaborados e aprovados pelos sucessivos governos de Fernando Henrique Cardoso.

E mais: nos dois programas precedentes, vários desses pontos polêmicos continham propostas mais fortes e abrangentes do que as constantes do atual programa. Ora, os programas de Direitos Humanos aprovados pelo então presidente Fernando Henrique, em 1996 e 2002, passaram praticamente despercebidos na imprensa, no rádio e na televisão.

Como explicar, então, toda a bulha suscitada pelo programa do governo Lula, com conflitos públicos entre ministros e acusações de desestabilização da ordem constitucional vigente, para desembocar no vergonhoso acordo negociado entre o presidente e a oposição?

Não é preciso ter o olfato aguçado, para sentir em tudo isso o fedor eleitoral. Afinal, já entramos, neste ano da graça de 2010, no único período ativo da classe política.

RÁDIO COMUNITÁRIA VIRTUAL DE HORIZONTINA CONFIRMOU

A Rede ABRAÇO de Rádios Comunitárias fará cobertura radiofônica da 10ª edição do Fórum Social Mundial, que acontecerá entre os dias 25 e 29 de janeiro na capital gaúcha e em municípios da Grade Porto Alegre. Durante o período do Fórum serão produzidos 12 programas temáticos. Cada programa terá a duração de dez minutos, dividido em dois takes de cinco minutos. Também serão feitas transmissões ao vivo dos principais eventos. Os programas para download e os links para as transmissão estarão disponíveis do sitio da Rede: http://www.redeabraco.org.br/ Cento e trinta e quatro rádios de 14 estados já confirmaram a participação na cobertura. A reprodução do conteúdo é livre, desde que citada a fonte.

A Rede Abraço também realizará a transmissão ao vivo de atividades que acontecerão durante o Fórum, entre elas o Seminário de Comunicação Compartilhada que acontece no dia 24 de janeiro e é organizado pela Ciranda. Os temas abordados serão: reforma agrária, democratização da comunicação, radiodifusão comunitária, economia solidária, gênero, questão racial, mundo do trabalho, educação, cultura, reforma urbana, meio ambiente, pré-sal,direito autoral e o futuro do Fórum Social Mundial. Serão entrevistados especialistas e dirigentes de movimentos sociais. A cobertura realizada pela Rede ABRAÇO permitirá que moradores de comunidades espalhadas por todo o Brasil acompanhem, através das rádios comunitárias, os debates realizados na Grande Porto Alegre.

A Rede ABRAÇO de Rádios Comunitárias é vinculada a ABRAÇO Nacional e tem por objetivo prestar serviços às rádios comunitárias e aos movimentos sociais. A Rede produz programas e realiza coberturas ao vivo, como aconteceu na I Conferência Nacional de Comunicação e no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica e diversos outros eventos. Através da Rede a ABRAÇO Nacional está construindo um novo conceito de rede descentralizada e policêntrica, que permite um intercâmbio horizontal e democrático de informações.

PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL NO CAMPO

A produção agroecológica tem como objetivo preservar a vida com alimentos saudáveis sem agrotóxicos e transgênicos. A agroecologia é defendida por muitos agricultores e especialistas na área como um modelo de agricultura socialmente mais justo, economicamente mais viável e ecologicamente mais sustentável, diferente da agricultura convencional, que busca insumos e venenos para ampliar a produção e o lucro.

Só no Norte e Nordeste do país já existem cerca de dois milhões de unidades de produção que não utilizam agrotóxicos. Em contrapartida, temos cerca de 11,5 milhões de hectares com plantações transgênicas, o equivalente à área de mais de 11 milhões de campos de futebol.

MONOPÓLIO É ANTI DEMOCRÁTICO

O presidente Lula não erra quando afirma que o monopólio da comunicação contradiz quaisquer propósitos democráticos. Retruca o Estadão, "alto e bom som", que o monopólio no Brasil não se dá. Esquece as empresas deste país que enveredam por todos os caminhos midiáticos, sem contar a aliança selada entre elas, às vezes automaticamente, quando divisam o risco comum. 

Há 46 anos invocaram o golpe para deter uma marcha da revolução vermelha que nunca deu o ar da sua graça. Hoje preparam-se a sustentar em uníssono o candidato da oposição contra aquele do operário que chegou longe demais. De todo modo, não cabe ao Estado criar mecanismos para impedir este ou outros gêneros de monopólio. É sim da competência do Congresso aprovar uma lei para limitar os poderes dos barões. Que se estabeleçam fronteiras para a ação de cada qual: ninguém tem direito a tudo. Não vale a pena iludir-se, contudo. No Brasil atual, isto é quimera. 

ELE TINHA RAZÃO QUANTO A:MAROLINHA.

Acabo de ler a boa entrevista com Roberto Civita (o big boss da Editora Abril) realizada pela revista Negócios da Comunicação. 
 Ela é bastante esclarecedora do que a Abril pretende para os próximos anos e vale ser lida também por isso. Mas torna-se muito mais interessante por que lá pelas tantas Roberto Civita diz: "Aqui não se sabe o que é crise. O Lula tinha razão quanto à marolinha."
 Convenhamos, se ele acha que isso é a verdade dos fatos, por que não pede pra que os seus meninos da Veja façam um meio culpa na capa da revista.
 A declaração de Civita é mais uma prova cabal da falta de seriedade jornalística da Veja.
 

DIREITOS HUMANOS

Mas, afinal, por se irritam os generais e, com eles, o ministro Nelson Jobim? Com a possibilidade de, finalmente, o Estado investigar e nomear um bando de animais que esfolaram, mutilaram, estupraram e assassinaram pessoas às custas do contribuinte? Por que diabos o Ministério da Defesa se coloca ao lado de uma escória com a qual sequer existe, hoje em dia, uma mínima ligação geracional na caserna?

O Brasil precisa se livrar da ditadura militar, mas não antes de dissecá-la e neutralizar-lhe as sementes. Os militares de hoje não podem ser obrigados a defender gente como o coronel Brilhante Ustra, o carniceiro do DOI-CODI de São Paulo, nem o capitão Wilson Machado, vítima mutilada pela própria bomba que pretendia explodir, em 1º de maio de 1981, durante um show de música no Riocentro, onde milhares de pessoas comemoravam o Dia do Trabalho. Um Exército que dá guarida e, pior, se orgulha de gente assim não precisa de mais armamento. Precisa de ar puro.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

MAIS PODER ÁS FORÇAS ARMADAS

Composta pela Marinha, Aeronáutica e Exército, a dinâmica das Forças Armadas sempre foi a de combater o inimigo externo à nação. Há dez anos, alterações na lei que mudam o texto sobre as Forças Armadas circulam entre os jornais e o Congresso Nacional. Mais uma vez, agora defendido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, o projeto volta a ser considerado.

O novo texto para a Lei Complementar 97 modifica, entre outros quesitos, o papel do ministro da Defesa e atribui ao Exército, Marinha e Aeronáutica o poder da polícia comum. Assim, as Forças Armadas poderão revistar pessoas e veículos, bem como efetuar prisões em flagrante.Mas isto tem problemas.

Um deles é a autonomia dos estados. Vivemos em uma República Federativa, o que temos que construir é um sistema único de segurança pública, que assegure o uso preventivo, o uso da inteligência e também o da repressão. Como o ministro da Defesa vai atuar em um estado sendo que ele precisa de uma autorização do Congresso? Então, nós temos que construir um sistema de colaboração e integração de segurança pública. É preciso separar, senão o ministro acaba interferindo na autonomia e no pacto federativo brasileiro.

TEM HORIZONTINENSE DE OLHO NESTA GRANA.

Os parlamentares brasileiros são os mais caros do mundo. É o que revelou um estudo da organização Transparência Brasil. No Brasil, cada parlamentar custa mais de R$ 10 milhões por ano. Somados todos os deputados federais e senadores, o custo é de R$ 6 bilhões. Os salários dos parlamentares são pagos com dinheiro público.

RESPEITO PARA INGLÊS VER.

"A questão dos direitos humanos não tem a menor importância para as classes dominantes. É uma espécie de fachada para mostrar ao estrangeiro que somos civilizados e respeitamos os valores éticos. O Brasil tradicionalmente nunca respeitou os direitos humanos."

PAGUE A CONTA E APAGUE A LUZ



Os brasileiros pagam pelo menos R$ 1 bilhão a mais por ano do que deveriam nas contas de luz. Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), um erro no cálculo do reajuste tarifário da energia elétrica vem causando o prejuízo aos consumidores. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) – responsável por gerenciar e fiscalizar o setor de energia – admitiu ter percebido a falha no método do cálculo.

O problema acontece todo ano quando a Aneel define qual será a fatia cobrada do consumidor na conta. A falha ocorre porque o modelo de reajuste se baseia na demanda do ano anterior, desprezando o crescimento do número de consumidores. Por isso, se o valor das contas deveria ser distribuído entre mais consumidores, o custo de cada brasileiro seria diminuído.

CONADIN esteve reunido para discutir sobre Fábrica de Calçados

O Conselho Municipal de Incentivos Industriais e Assuntos do Distrito Industrial- CONADIN, esteve reunido na última semana para discutir sobre vários assuntos. Segundo o presidente do CONADIN, Secretário Municipal da Indústria, Comércio e Turismo Carlos Berwian, na oportunidade vários assuntos estiveram em discussão, entre eles, sobre a concessão de uso de um pavilhão no Parque Municipal de Eventos, para a Empresa Doublexx Industria de Calçados Ltda. O Conselho discutiu sobre os subsídios na ordem de 80% no transporte dos funcionários no município de Horizontina até a Empresa no Parque de Eventos. Os conselheiros se manifestaram todos a favor quanto a alteração da lei para que o município possa atender as demandas solicitadas pela empresa.

Caldo de galinha e precaução, nunca fez mal a ninguém.

Mas fica uma pergunta da população: Alguém verificou se a empresa cumpre rigorosamente seus compromissos fiscais, ecológicos e sociais? Como é a relação patrão empregado, como é a rotação de mão-de-obra e a satisfação dos colaboradores? – É unanime a alegria da comunidade com a instalação da empresa e por isso mesmo, tem que ser protegida pelas autoridades, que estão dando tudo de si para que aqui se instale.

BRASIL NA FRENTE MAIS UMA VEZ.

Tecnologia inédita no mundo permite que Usina Termelétrica Juiz de Fora (MG) passe a produzir energia tanto a partir de gás natural quanto a partir de etanol. "Trata-se de uma revolução no mercado de energia", destacou o presidente Lula. "É um grande passo", resumiu o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli."A produção de energia elétrica a partir do etanol é muito importante no momento em que, em escala planetária, busca-se energias renováveis para substituir as energias fósseis", disse o presidente da Petrobras Biocombustíveis

LUTO E LUTA DO HAITI

Golpes, intervenções militares externas, ditaduras e ocupações militares aprofundaram o quadro de miséria e violência. Se hoje o Haiti é o país mais pobre da América Latina, trata-se do resultado de um processo histórico de expropriação de sua riqueza e de super exploração de seu povo pelos interesses das grandes nações capitalistas."

É ANO ELEITORAL, PREVINA-SE!

Apesar de todas as transformações e potencialidades das formas alternativas de comunicação que a revolução digital representa, a mídia tradicional tem demonstrado que seu poder ainda é enorme, independente dos fatos e de qual seja a opinião da maioria da população brasileira.

Não serei o primeiro a constatar que a grande mídia brasileira – ao contrário de todas as outras pessoas e/ou instituições – tem se colocado acima das leis e do Judiciário e, para isso, tem se apropriado do argumento de defesa da Constituição, das liberdades e da democracia. Ao mesmo tempo, distorce e omite informações, sataniza movimentos sociais, partidos, grupos e pessoas que não compartilham de seus interesses, projetos e posições e, assim, estimula a intolerância, a radicalização política e o perigoso estreitamento do debate público.

E assim iniciamos o ano eleitoral de 2010.

TER RESPEITO AO INFORMAR.

Durante muitos anos, a imprensa americana publicou fotos do presidente Franklin Roosevelt apenas da cintura para cima. Evitava, assim, chamar a atenção para seus problemas físicos: Roosevelt, paralítico, usava cadeira de rodas.

A imprensa francesa jamais noticiou que o presidente François Mitterrand tinha duas famílias. O fato se tornou publicamente conhecido apenas em seu enterro, quando as duas esposas e os filhos de ambos os relacionamentos lhe prestaram as últimas homenagens. Para os jornalistas franceses, Mitterrand tinha de ser avaliado por sua vida pública, não por seus momentos íntimos.

O presidente Getúlio Vargas teve relacionamentos amorosos que os meios de comunicação ignoraram – por exemplo, com a famosíssima Virginia Lane, "A Vedete do Brasil". O presidente Juscelino Kubitschek teve por longos anos um caso com a elegantíssima Maria Lúcia Pedroso. Nos dois casos, muita gente sabia, mas ninguém publicou. E por um motivo fortíssimo: tirando os envolvidos na história, ninguém tem nada com isso. Excetuando-se os casos em que o amante, ou a amante, interfere na vida pública, intimidade é intimidade e deve ser respeitada.

Neste momento, há quem insinue romances extraconjugais de figuras importantes da República. Não importa que essas notícias saiam em publicações sem importância ou em blogs inexpressivos: o objetivo é jogá-las no ar, mantendo-as em circulação, para que sejam usadas posteriormente, em ocasião adequada.

Independentemente do que pensamos sobre as pessoas envolvidas, isso não é exercício da liberdade de imprensa: é jornalismo marrom, é fofocagem pura e simples, sem qualquer vínculo com o interesse público. Beira a chantagem. E, especialmente, é covarde: as pessoas atingidas não podem reagir à altura, sob pena de divulgar amplamente aquilo que foi publicado de maneira restrita.

QUESTIONANDO SERRA.

1. Qual sua plataforma para se candidatar à presidência no Brasil? Fala-se muito da sua segunda candidatura, mas nada sobre o que pretenderia fazer, caso chegasse a ganhar.

2. Quem, da equipe econômica de FHC, voltaria ao governo?

3. Sua campanha reivindicará o governo FHC, de que você participou desde o começo até o final, inclusive da equipe econômica? Se não vai reivindicar, quais os erros que esse governo – da mesma aliança que lhe apóia – cometeu?

4. Depois de ter abandonado a presidência da UNE e a prefeitura de São Paulo, vai abandonar de novo um cargo público para o qual se candidatou?

5. Você chegou a cogitar Arruda para seu vice. Não tinha nenhuma idéia dos escândalos? Não considera um erro grave de avaliação?

6. O governo FHC, com sua participação, elevou a taxa de juros ao recorde de 48% no começo de 1999, medida que não foi questionada por você, que agora questiona taxas de juros quase dez vezes menores do que aquela. Estava a favor daquela medida ou , senão estava, por que se calou?

7. Os tucanos paulistas privatizaram o Banespa, venderam para o banco espanhol Santander. Você ia fazer a mesma coisa com a Nossa Caixa, aí chegou o Banco do Brasil e evitou essa privatização. Casso fosse eleito presidente, o que pretende fazer com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e outras empresas estatais que FHC não conseguiu privatizar no seu governo? E com a Petrobrás?

8. Você critica vários aspectos da política internacional do governo Lula? Quem seria teu Ministro de Relações Exteriores? Celso Lafer? Luis Felipe Lampreia? Retomará a proposta de Tratados de Livre Comércio com os EUA, no lugar da integração regional?

9. Quem seriam teus aliados regionais, no lugar dos aliados atuais do Brasil: a Colômbia de Uribe, o México de Calderón, o Chile – de Piñera?

PRODUTORES RURAIS DEVEM APRESENTAR BLOCOS NA PREFEITURA

Todos os produtores rurais do município devem comparecer junto ao setor de blocos da Prefeitura para apresentação dos talões em uso e os não apresentados até o momento, que deverão estar acompanhados das respectivas contra-notas.. A apresentação acontece todos os anos e tem por finalidade o cálculo do valor adicionado para a formação do índice do ICMS. Os produtores que não apresentarem os talões poderão ter sua inscrição baixada de ofício.

O BERLUSCONI CHILENO

De tanto considerar-se um país da OCDE, distanciado da América Latina, o "tigre latinoamericano", o Chile ganhou um Berlusconi. Esse é o molde de Sebastien Piñera, recém eleito presidente do Chile, fazendo com que a direita volte ao governo – depois de ter ocupado violentamente o poder, mediante uma ditadura militar, de 1973 a 1990.

Depois dos ditadores militares que representaram os interesses da direita e dos EUA na região, o neoliberalismo projetou um outro tipo de líder da direita: o empresário supostamente bem sucedido. Roberto Campos, entre outros, já dizia que o Estado e as empresas estatais deveriam funcionar com o mesmo critério das privadas: a busca do lucro, o critério custo-beneficio, a competitividade. Empresas estatais deficitárias deveriam ser fechadas ou privatizadas – junto com as rentáveis também, já que não competiria ao Estado essa função.

Berlusconi foi eleito e reeleito, entre outras imagens, por essa: o empresário mais rico, o supostamente mais bem sucedido, da Itália. "Se deu certo dirigindo suas empresas, vai dar certo no Estado" – conforme a pregação liberal. "Vai passar o Estado a limpo", "Vai cortar os gastos inúteis" (isto é, os não rentáveis economicamente). O Estado funcionar conforme o custo-beneficio significa cortar recursos para políticas sociais, paga salários dos fucionários públicos, para investimentos de infra-estrutura. Daí o sucateamento do Estado, as privatizações, a mercantilização das relações sociais.


BATEU HORROR NA MÍDA

A mídia brasileira está sendo vítima de um surto da síndrome do pânico: está com horror ao espelho. Berra e esperneia quando alguém menciona a organização de conferências ou debates públicos sobre meios de comunicação, imprensa, jornalismo. Apavora-se ao menor sinal de controvérsias a seu respeito, por mais úteis ou inócuas que sejam. Parece ter esquecido que o direito de ser informado é um dos direitos inalienáveis do cidadão contemporâneo. O Estado Democrático de Direito garante a liberdade de expressão e o acesso universal à informação.

A instituição criada para impedir unanimidades, o poder instituído para promover o pluralismo, o bastião do Estado Democrático de Direito, agora se sobressalta e entra em transe quando pressente outros holofotes tentando focalizá-lo.

Diagnóstico 1: modéstia. Diagnóstico 2: narcisismo. Diagnóstico 3: onipotência. Diagnóstico 4: hipocrisia.

ASFALTO EM FASE DE CONCLUSÃO.



O Governo Municipal estará concluindo nos próximos dias a pavimentação de asfalto nas Ruas Regina Viana e das Palmeiras. As respectivas ruas dão acesso aos Bairros COHAB(Vila Bela), e Bairro Colato. Os recursos são de emenda parlamentar do Deputado Federal José Otávio Germano, no valor de R$ 200 mil. Para a execução destas obras, os moradores são isentos do pagamento de taxa de contribuição de melhorias, após aprovação de projeto pelo Legislativo Municipal.



segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A MINHA SAUDAÇÃO A TODOS.

Bom dia aos artesãos de utopias, cujas mãos calosas desenterram girassóis dos pântanos da ambigüidade; às mulheres garimpeiras de afetos recônditos, divas miraculosas do bem-querer gratuito; às crianças sobrevividas nos corações de todas as idades; e aos guardiões de silêncios medievais.

Bom dia aos magos da delicadeza e aos que tecem laços de fitas com linhas do tempo; aos auscultadores do rumor dos anjos e aos portadores de altivez luminosa montados em cavalos de fogo.

Bom dia aos peregrinos de trilhas desprovidas de obscuridade; aos catadores de conchas nas praias ensolaradas da sociedade ética; aos desatadores de nós nas dobras do espírito; aos arautos de alvíssaras e aos espantalhos do infortúnio.

Bom dia aos olhos vigilantes ao ocaso ambiental, nos quais lágrimas são ressecadas pela fuligem dos chaminés lucrativos; aos desengaioladores de pássaros, destemidos pilotos de vôos alucinados; e aos serviçais da gratuidade militantes do altruísmo compassivo.

Bom dia a quem teve um dia infeliz, ferido em dores e lagrimas, atolado em desesperanças e sendas obscuras – queira Deus que hoje possa resgatar o melhor de si, religar-se ao transcendente e fazer do amor a razão do seu renascer em vida.

É PRECISO PARA VIVER BEM.

O universo tem dono. Não tem donos. O dono é um único ser. Como gesto de caridade e solidariedade, como expressão da partilha de vida, reparte a si mesmo em cada criatura humana. O Dono tudo empresta. Não faz negócios.

A grande maldade das pessoas é tomar atitudes de donas. É querer tornar-se proprietária dp que não é seu. Ali está o fundamento de todo o pecado. É querer mudar a atitude de criatura por Criador. De servo por patrão.

É uma pena que nós, pequenas e limitadas criaturas, não podemos gritar a verdade para os ladrões e corruptos, para os apegados e gananciosos. Mas podemos provocar mudanças perto de nós e em nós. Podemos rever nossas atitudes de apego e ganância. Muitas pessoas vivem o apego e o desejo de possuir tudo o que podem.

Há um sentimento geral na sociedade de insatisfação e de vazio. A insatisfação surge da mente e de pensamentos sempre voltados para o mundo material. Desse continuo apego ao mundo material nasce o desejo e o desejo gera inquietação. Essa é a causa da insatisfação do coração humano na sociedade atual. Está insatisfeita com o que tem, com o que ganha e com os sonhos que não consegue realizar.

Toda essa realidade leva a uma reflexão: qual a razão da ladroagem e corrupção política? Qual a razão da violência dos roubos de todo o dia? Qual a razão das mentiras e enganos sociais? Qual a causa de injustiças entre vizinhos e parentes, entre companheiros de trabalho e esporte?

Uma nova atitude é necessária e urgente, atitude ali na vizinhança, com o viver de cada dia. Devo começar aqui a fazer minha parte, sem esperar pelos vizinhos e autoridades. Cada um fazendo sua parte o todo fica realizado.

QUANTO TEMPO?

Não se sabe e nunca se saberá quantos haitianos morreram. Qualquer estatística será enganosa, as divergências entre o número de vítimas (de 40 mil a 120 mil) talvez seja o aspecto mais aterrador da situação: nenhuma autoridade, municipal ou estatal, é capaz de assumir responsabilidades, tomar decisões e determinar providências, exceto o comando brasileiro da missão da ONU que se encarrega da segurança e os americanos que coordenam a ajuda humanitária.

Uma catástrofe sem dados, sem termos de comparação, um apocalipse sem gráficos, infográficos, baseado em fotos dantescas e histórias individuais horripilantes, anônimas, mudas, sem lágrimas – quanto tempo conseguirá a mídia internacional manter aquilo que foi o Haiti nas manchetes e na "escalada" da mídia eletrônica?

E nossa solidariedade, quanto durará?

Nossa compulsão para driblar tragédias, principalmente as distantes, quando começará a se impor ao dever humanitário de compartilhar sofrimentos?

QUANTO TEMPO?

Volta à rotina

Estamos no verão, temporada de férias, prazeres, os anunciantes querem a cobertura dos desfiles de moda, a São Paulo Fashion Week está aí, almas machucadas pela dor resistem aos impulsos compristas e a mídia adora bolhas, vive delas. Logo, logo, voltaremos às abobrinhas e irrelevâncias, à fleuma e ao burocratismo.

A revista IstoÉ minimizou o Haiti na capa, no domingo o Estado de S.Paulo acabou com o caderno haitiano e passou a cobertura para as páginas internacionais.

As tragédias em Angra dos Reis, Ilha Grande, São Luiz de Paraitinga e Porto Alegre aconteceram há18 dias, e no último fim de semana já não haviam evaporado.

Enterrados os mortos, estabelecido algum tipo de rotina em Porto Príncipe, o que restou do país terá ainda menos interesse. A indústria da notícia – ou circo da notícia – não suporta continuidades.

UMA TAREFA PARA A MÍDIA

"Pense no Haiti, reze pelo Haiti", dizia a velha canção de protesto da dupla Caetano-Gil. Agora o mundo inteiro está pensando no Haiti, rezando pelo Haiti, solidário com o Haiti. Ainda não se conhecem os números, as vítimas do terremoto podem ser 100 mil ou 50 mil. Na quinta-feira (14/1) foram enterrados os primeiros sete mil em covas comuns.

"O Haiti é aqui. O Haiti não é aqui", continuava o refrão. O Brasil deixou de ser o Haiti há muito tempo. O Brasil está no Haiti para ajudar o seu povo a criar um Estado. Os 14 soldados mortos e outros quatro desaparecidos nos remetem a 2004, quando nosso país decidiu participar da Missão da ONU para a Estabilização do Haiti e nossos xiitas foram às ruas para denunciar a adesão à "conspiração imperialista".

A morte da doutora Zilda Arns Neumann em Porto Príncipe, quando dava uma aula a um grupo de religiosos sobre a Pastoral da Criança, nos obriga a repensar nosso conceito de políticas públicas adicionando a imperiosa noção de solidariedade. Esta é uma tarefa para mídia.

Sem choro

Não se trata apenas da multiplicação dos pães, trata-se da multiplicação das consciências – ou das almas, como queiram. A nova tragédia haitiana comove o mundo e pode ajudar a despolitizar nossos melhores impulsos. Inclusive certos impulsos religiosos.

Um pouco mais de humanidade produzirá milagres. Um mínimo de convergência pode maximizar nossa convivência. Graças à belíssima figura de Zilda Arns a mídia encontrou outro tipo de unanimidade e está conseguindo singularizar uma catástrofe sem perder de vista suas proporções apocalípticas.

Na quinta-feira (14) não apareceu ninguém chorando nas reportagens do Jornal Nacional, porém milhões de brasileiros ficaram arrasados.

 
 

UM DEVER DE CIDADÃO: LUTAR POR ÉTICA E TRANSPARÊNCIA.

Todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido. O ano de 2010 será marcado pelas eleições na União e nos Estados. O povo mais uma vez, será chamado será chamado a indicar quem exercerá o poder em seu nome, não necessariamente em seu favor. A pratica costuma ficar muito longe dos discursos do palanque. Mesmo assim, a democracia é o sistema de governo com as melhores possibilidades de legislar em favor do bem comum. A cada quatro anos, o povo é elevado à condição de juiz, confirmando ou desautorizando os candidatos. É a possibilidade de refazer escolhas.

Mas o direito do povo não termina aí. O eleito não tem carta branca para decidir. Ele precisa – para ser legitimo - estar atento ao bem comum de todos. O Brasil sempre esteve envolvido em escândalos que ultimamente, graças a Deus, são amplamente divulgados. Diante disso, surgiram as inócuas e ridículas Cpis (Comissão Parlamentar de Inquérito ) Todas elas acabaram em pizza. As Cpis, sem exceção, fizeram valer a vontade da maioria. Foram cortinas de fumaça que, de alguma maneira, legitimaram os escândalos. A não condenação funciona a seu favor.

Neste ano, novamente caberá, ao povo a palavra final. É um momento onde não se pode errar. E isso porque o erro terá validade de quatro anos.

PODEMOS MUDAR SIM, É SÓ QUERER

Henry Ford, pioneiro da fabricação de automóveis em série, garantia: "Se você quiser, ou se você não quiser, sempre terá razão". Você decide se é um perdedor ou vencedor. Jean Cacteau, escritor Frances afirmou de um vitorioso: "Ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez". A história da humanidade aponta figuras ímpares que não aceitaram a impossibilidade. Foram lá e conseguiram o impossível. A mesma história ignora os milhões de desconhecidos que aceitaram como definitivas algumas coisas e por isso nada fizeram. Na vida existem estacas indicativas que devem ser levadas em conta. Todos nós precisamos de algumas certezas. Sem elas nos dispersamos no vazio e no relativismo. A inteligência é distinguir entre as estacas que nos ajudam e aquelas e aquelas que nos impedem de caminhar.

O certo é que temos mais forças do que imaginamos. Por vezes falta coragem de uma escolha ou a vontade de pagar o preço exigido. Ou deixamos as decisões para amanhã, para mais tarde. Se uma coisa é importante, devemos acolhê-la agora. Na realidade, todos os dias fazemos uma escolha: Escolhemos se vamos mudar ou se continuamos como somos.

O DEBATE DA DESINFORMAÇÃO

Definitivamente, não é pela imprensa que o cidadão brasileiro será informado sobre o verdadeiro significado do Programa Nacional de Direitos Humanos, ponto central da polêmica que inaugura este ano eleitoral.

Até esta data, passadas mais de duas semanas da divulgação do texto do decreto, cujos detalhes já vem sendo discutidos publicamente há anos, os jornais e revistas ainda não fizeram mais do que reproduzir declarações – na maior parte de personalidades contrárias às principais propostas.

A coisa funciona mais ou menos assim: os editores dão uma olhada no essencial e determinam como o tema será abordado.

Em seguida saem as pautas para os repórteres, que tratam de coletar declarações.

Para reforçar o controle da opinião que será formada, encomendam-se artigos para os mesmos protagonistas de sempre – aqueles que garantem seu quinhão de exposição pública, pelo talento de agradar a corrente dominante na imprensa, não importa qual seja o assunto.

Essas declarações, pela proporção, pela extensão e pelo destaque que ganham em cada página, definem como pensam os donos dos jornais.

E os donos dos jornais são conservadores.

É assim que funciona o mecanismo de controle das discussões públicas.

Não que funcione como controle efetivo, porque, com as novas tecnologias de informação, a comunicação se estende para muito além da imprensa de papel e da televisão.

Mas, para o mundo institucional, a imprensa tradicional ainda é o principal veículo que organiza e delimita a agenda pública.

Da mesma forma que coloca em discussão sob restrições o Programa Nacional de Direitos Humanos, a imprensa parece pouco interessada em aprofundar o debate de temas importantes que compõem o decreto.

Como o noticiário disponível não contempla as sutilezas do que se propõe no decreto, o resultado é a radicalização das opiniões, como se pode observar nos comentários que suscita qualquer citação aos temas da proposta.

A discussão pública, acontece mais em função da desinformação provocada pela imprensa do que pela informação que a imprensa pode ou quer oferecer. 

LUZ NA CATÁSTROFE; O ÚLTIMA DISCURSO.

A saída, para os jornalistas, é selecionar personagens que representem o sofrimento coletivo. Mas no meio das imagens desoladoras e dos depoimentos sem esperança, a Folha de S.Paulo resgata o discurso que a médica sanitarista e pediatra Zilda Arns teria feito a seus colegas de ação social em Porto Príncipe.

Ela pretendia relatar a história de sucesso da Pastoral da Criança, que ela criou e transformou em uma das maiores e mais eficientes organizações humanitárias do mundo.

Zilda Arns comandava 260 mil voluntários que acompanham quase 2 milhões de gestantes e crianças, além de dar assistência e educação sanitária a 1,4 milhão de famílias pobres em milhares de municípios.

Se tivesse tido tempo para fazer sua palestra, ela teria dito, entre outras coisas:

"A solução da maioria dos problemas sociais está relacionada com a redução urgente das desigualdades sociais, com a eliminação da corrupção, a promoção da justiça social, o acesso á saúde e à educação de qualidade, ajuda mútua financeira e técnica entre as nações, para a preservação e a restauração do meio ambiente".

A mensagem era para o Haiti, mas serve para todo o planeta.

DIREITOS HUMANOS

A grita de boa parte dos mais vistosos veículos de comunicação contra o Programa Nacional de Direitos Humanos em sua terceira roupagem não se justifica em absoluto seja por qual aspecto seja objeto de análise, reflexão, mensuração. Lutar para garantir o direito à comunicação democrática e também ao acesso à informação como meio de consolidação de uma cultura em Direitos Humanos é algo que remonta à própria noção de liberdade de imprensa. Aceitamos estes conceitos. E ficamos por aqui desde que continuem sendo apenas um amontoado de boas intenções?

Para que essas palavras, tão grávidas de boas intenções dêem à luz uma nova realidade partindo do papel dos veículos de comunicação torna-se inescapável perceber que deve ser missão dos veículos promover o respeito aos Direitos Humanos nos meios de comunicação e o cumprimento de seu papel na promoção da cultura em Direitos Humanos. E para isto nada como ter um exemplar da Constituição Federal à mão e, folheando, pararmos no disposto no artigo 221.

O texto reclama – desde seu nascimento, em 1988 – a criação de marco legal regulamentando este artigo, estabelecendo o respeito aos Direitos Humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos, permitidos ou autorizados, como condição para sua outorga e renovação, prevendo penalidades administrativas como advertência, multa, suspensão da programação e cassação, de acordo com a gravidade das violações praticadas.

Do contrário teremos apenas letra morta.

BOTA RACISMO NISSO (Blog do Ravi)

Quem ainda não assistiu pode evitar. Mas se for curioso ou quiser entender o que significa "elite branca e preconceituosa" em qualquer parte do mundo, pode assistir a este vídeo do SBT onde o cônsul do Haiti em São Paulo explica a tragédia vivida pelo seu povo como algo ligado à macumba.
 Textualmente o escroto diz: "A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido. Acho que de, tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo, o africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano está Fo..."
 Ainda não escrevi nada sobre a tragédia do Haiti porque falta fôlego. É uma sensação estranha ver um povo tão sofrido ter de sofrer ainda mais por conta de uma catástrofe natural.
 Esta entrevista tem de ser vista por pais, filhos, conjuges, irmãos, parentes e amigos daqueles que morreram para que eles saibam o nível dos que estão representando os interesses do seu país na maior cidade da América Latina.
 Esse cônsul precisa sair daqui o quanto antes. E se não vier a fazê-lo por convocação do governo do seu país, sugiro que o movimento negro daqui assuma esta luta em nome do povo negro de lá. E faça protestos na frente do consulado exigindo sua volta imediata. É importante ser solidário com o povo haitiano e fazer campanhas para enviar alimentos e ajuda humanitária. Mas também é preciso ajudar aquele povo a derrotar sua elite tacanha que levou o país a ser o mais miserável das Américas.
 Vá de retro cônsul dos infernos.

NATAL DE HORIZONTINA:O que está acontecendo?

Prezado Editor do Blog. Gostaria de te fazer um relato sobre o Natal de Horizontina. A prefeitura, ou ACIAP em parceria com o CFJL fez o natal, inclusive dando de presente mídia para o CFJL com dinheiro público, numa cidade onde existem duas escolas particulares. O que está acontecendo.

Obviamente minha indignação também é em função de que no mínimo deveriam ter nos convidado para fazer parte da programação e também divulgar nossa escola. Inclusive nos convidaram para fazer uma apresentação na praça de no máximo 10 minutos como convidados do show da professora Andréia do município, mas contando com alunos nossos. Tocamos duas músicas enquanto eles tocaram 11 musicas.

Muito estranho esta parceria ou será que pensam que só existem votos no CFJL.

Um abraço

(obs. O leitor solicitou não divulgar seu nome)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

DIREITOS HUMANOS: INTERESSES PRIVADOS CONTRA POLÍTICAS PÚBLICAS

Já são 20 dias de intenso bombardeio contra o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Ontem o Jornal da Band , apresentado por Bóris CCCasoy, levou ao ar uma pseudo-reportagem. O texto fala que o decreto do PNDH-3 é criticado por "especialistas", mas usa uma única fonte – o insuspeito Ives Gandra Martins (Opus Day). E não diz que o Programa foi assinado por nada menos que 31 ministérios. A Band chama de autoritário um texto que propõe, recomenda, apóia, fomenta. E diz ser autoritária uma proposta concluída após dezenas de conferências, ou seja, chancelada por intensa participação popular. Além disso, a Band afirma erroneamente que o PNDH-3 é uma lei, um erro crasso, já que só quem poderá transformar o Programa em lei é o Congresso Nacional. As demais corporações de mídia, umas mais, outras menos, seguem pelo mesmo caminho. O Jornal Nacional, por exemplo, voltou a insistir na tese de que o PNDH-3 quer a revisão da Lei de Anistia, apesar de toda a imprensa nacional já ter sido avisada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos de que isto não é verdade. E quem pegar para ler o programa vai constatar: não há nenhuma menção à Lei de Anistia.

Contra a campanha de políticas PÚBLICAS de Direitos Humanos estão os interesses PRIVADOS de latifundiários e oligopólios de mídia, além de preconceitos medievais contra os setores LGBTs, praticantes de religiões afro-descendentes e as mulheres. Há também os interesses particulares de quem seqüestrou, torturou e assassinou durante a ditadura de 1964.

Ao fim e ao cabo, o presidente da República é quem vai decidir sobre a redação final do texto, fazendo os ajustes que achar melhor. E o governo vai seguir adiante. Quanto as corporações de mídia, aconteça o que acontecer, é possível dizer que nenhum ajuste será suficiente para recuperar a credibilidade perdida – o que, no caso, ficou evidente com a predileção editorial pela peruca da Dilma em detrimento do PNDH-3 em si, no dia de seu lançamento.

OS DOIS TEMPOS “Rubem Alves”

Jornal é como remédio e mercadoria de supermercado: tem prazo de validade. Para saber a validade é só verificar a data. A validade de jornal é a mais curta que há: um dia, hoje. No dia seguinte, ele continua com a aparência de jornal, mas com a mudança da data, ele muda também: vira papel velho.

Por isso, jornalista tem de estar sempre informado do que está acontecendo. Jornalista que noticia notícia velha, já acontecida, acaba por perder o emprego (esse é o meu dilema: quero noticiar de novo notícia já noticiada...).

Mas há um outro tipo de escritura que não tem prazo de validade. Nenhuma data informa a sua idade porque a sua idade não importa: ela nunca fica velha. Quem entende isso são os poetas e os místicos. Poesia não tem data, está sempre jovem, não envelhece com a passagem do tempo – porque ela nasce de um outro tempo. O místico Ângelus Silésius explicou assim: "Temos dois olhos. Com um, vemos as coisas eternas, que permanecem. Com o outro, as coisas efêmeras, que desaparecem." Então, há dois tempos: um tempo das coisas que não passam e, portanto, não têm prazo de validade, e um tempo das coisas que valem só por um dia e logo desaparecem...

OS DOIS TEMPOS

As crianças haverão de entender

Aquilo que o tempo comeu, o tempo trará de volta. Como diz absurdamente o livro do Eclesiastes: "Lança o teu pão sobre as águas porque depois de muitos dias o encontrarás..." Pão sobre as águas do rio. As águas do rio passam e dissolvem o pão. As águas voltam – porque o rio é circular – e com elas volta também o pão. Tudo se repete. Não leio de novo o jornal de ontem. Ele está morto. Mas leio de novo, muitas vezes, o poema que já li, e sempre que o faço a vida ressuscita.

Os homens racionais devem ter paciência com os sonhadores. Porque esse tempo eterno são os sonhadores que o sentem na sua alma e o transformam em literatura. Fernando Pessoa se perguntava: "Ah, quem sabe, quem sabe, se não parti outrora, antes de mim, dum cais... Quem sabe se não deixei, antes de a hora / Do mundo exterior como eu a vejo / Raiar-se para mim, / Um grande cais cheio de pouca gente..."

Por que estou escrevendo essas coisas sobre o tempo do jornal e da notícia e sobre o tempo da poesia e da repetição? Porque estou com vontade de ressuscitar coisas que já publiquei. Foi o fracasso da conferência de Copenhague. Quero escrever de novo o que escrevi. Se os grandes políticos, economistas e cientistas não se entendem, as crianças haverão de entender...


 

TENDÊNCIA ELEITOREIRA

O "âncora" da TV Bandeirantes, Boris Casoy, resolveu assumir de vez o seu direitismo raivoso. Depois de humilhar os garis que desejaram feliz ano novo - "Que merda. Dois lixeiros desejando felicidades... do alto de suas vassouras... Dois lixeiros... O mais baixo da escala do trabalho" – e de receber uma bateria de duras críticas, ele decidiu radicalizar as suas posições. Nesta semana, Casoy acionou o jurista Ives Gandra, notório militante da seita fundamentalista Opus Dei, para falar sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos, de autoria do ministro Paulo Vannuchi.

Logo na abertura do Jornal da Band, o âncora, que é metido a dono da verdade, dá a sua opinião tendenciosa. "O novo decreto de direitos humanos do governo é criticado pela sociedade e até por ministros de estado. A lei estabelece censura aos meios de comunicação, é contra o direito de propriedade e de liberdade religiosa. Especialistas consideram o projeto o primeiro passo para um regime ditatorial". Casoy mente descaradamente ao tratar plano como uma imposição autoritária do presidente, já que ele será debatido no parlamento. Quanto aos tais especialistas, ele ouve somente uma "personalidade" ligada à ditadura, ao latifúndio e aos setores mais reacionários da sociedade.

Visão tendenciosa e eleitoreira

Na sequência, um narrador em off reforça a visão preconceituosa e mentirosa. "A nova lei que o presidente Lula assinou sem ler passou pelo crivo direto da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, virtual candidata do PT à presidência da República, e dos ministros da Justiça, Tarso Genro, da Comunicação, Franklin Martins, e dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. É um emaranhado de artigos e parágrafos que muitas vezes ataca a Constituição". O objetivo, nesta narração, é nitidamente eleitoreiro, como palanque do tucano José Serra, o candidato da mídia hegemônica.

OS JORNAIS E AS TARTARUGAS

É muito popular entre jornalistas a anedota segundo a qual determinado político, encarregado de cuidar de duas tartarugas, sempre deixa escapar uma delas.

Pois a imprensa brasileira virou personagem da anedota: mergulhados nas cidades onde as fortes chuvas provocaram as catástrofes na virada do ano, os jornais deixaram escapar um punhado de assuntos importantes, e agora tentam compensar os seus leitores.

Passaram sem atenção novos abusos do Congresso com o dinheiro público, a estréia do Brasil no Conselho de Segurança da ONU – em uma cadeira ainda provisória – e alguns detalhes da economia, como a queda na produção industrial e o saldo negativo nas reservas financeiras internacionais.

Ainda com relação às tragédias de Angra dos Reis e Ilha Grande, os jornais demoraram dias para assumir que o governador do Rio, Sérgio Cabral, deveria dar explicações sobre seu decreto, de junho de 2009, que tornou mais flexíveis as normas para construções em áreas de preservação.

A falta de interesse da imprensa deu ao governador tempo suficiente para voltar atrás e suspender os efeitos do decreto, determinando estudos mais sérios sobre as condições dos terrenos nas encostas da região.

Nem mesmo a informação de que o governo do Rio havia reduzido a previsão de investimentos no controle de inundações, revelada nesta quinta-feira, vai servir para questionar as responsabilidades do governador na tragédia, porque a fila anda e o assunto começa a escorregar das manchetes para espaços menos relevantes dos jornais.

Com a atenção concentrada nos acontecimentos fatídicos provocados pela combinação das fortes chuvas com a incúria das autoridades – que, claramente, privilegiam a especulação imobiliária em detrimento dos interesses da população – ficam mal explicados outros assuntos que também ajudam o leitor a conduzir suas vidas.

Certos temas que ficaram em segundo plano voltam agora a ocupar espaço na imprensa, mas quem precisava de mais informações para tomar decisões acaba prejudicado.

Uma tartaruga está bem segura. As outras escapuliram.

A IMPRENSA E O NOVO BRASIL

No final do ano passado, a revista The Economist brindou-nos com uma matéria de capa cujo título era "O Brasil decola". A reportagem chama nosso país de maior história de sucesso da América Latina. Lembra que fomos os últimos a entrar na crise de 2008 e os primeiros a sair e especula que possamos nos tornar a quinta potência econômica do globo dentro de 15 anos.

Não é apenas a revista inglesa que vem falando dos avanços aqui obtidos nos campos institucional, social e econômico nas últimas décadas. Somos hoje referência no mundo e um exemplo para os países em desenvolvimento, vistos como uma boa-nova que surge abaixo da linha do Equador.

Diante disto, me pergunto se a imprensa brasileira está em sintonia com a mundial – que aponta nossos defeitos, mas reconhece nossos méritos. Tal dúvida me surge porque há um Brasil que dá certo e que aparece pouco nos meios de comunicação. Aparentemente, o destaque é sempre dado ao escândalo do dia. Isso deixa a sensação de que não estamos conseguindo explicar aos brasileiros o que a imprensa internacional tem explicado aos europeus, norte-americanos e asiáticos.

A IMPRENSA E O NOVO BRASIL

Novos paradigmas

Tornar públicas as mazelas é obrigação da imprensa em um país livre. Mas falar somente do que há de ruim na vida nacional, dia após dia, alimenta e realimenta a visão negativa que o brasileiro ainda tem de si. Se as coisas por aqui caminham para um futuro mais promissor é porque, em vários âmbitos, estamos fazendo o que é o certo. Para líderes políticos, empresariais e sociais dos países que precisam encontrar o caminho do progresso, conhecer nossas experiências bem sucedidas pode ser o que buscam para desatar os nós que ainda os prendem à pobreza e ao subdesenvolvimento.

O fato é que, ficando nos estreitos limites do senso comum, a sensação é de que a imprensa, de uma forma geral, considera o que é bem feito uma obrigação -não merecedor, portanto, de ocupar espaços editoriais, porque o que está no plano da normalidade não atrairia os leitores.

Ocorre que o que acontece aqui, hoje, repercute onde antes não imaginávamos. Por outro lado, há uma mudança cultural em curso na sociedade brasileira e a imprensa tem um papel preponderante nesse processo. O protagonismo internacional do Brasil e nossa capacidade de criar novos paradigmas impõem que a boa notícia seja tão realçada quanto são os fatos que apontam para a necessidade absoluta de uma depuração de costumes que ainda persistem em nossas instituições.

APRESSANDO O VELÓRIO

Não há como escapar: previsão do tempo tornou-se prenúncio de susto, meteorologia associou-se à sensação de insegurança. E assim será por algum tempo, mesmo que o "El Niño" 2009-2010 seja mais breve e menos intenso – o que não parece provável.

Não adianta apelar para as lágrimas das vítimas, dos sobreviventes ou para a emoção das audiências. O telespectador de repente tornou-se mais solidário e mais exigente: quer providências, quer saber o que está sendo feito na sua rua, bairro, cidade, estado. O leitor, o ouvinte, o acessador da Internet quer saber onde estão naquela hora os prefeitos, os governadores e os ministros. O cidadão quer vê-los tomando providências à luz do dia e não nas entrevistas coletivas montadas por especialistas como se fossem shows.

Informações são processadas nas redações mas são colhidas na rua e para que os jornalistas possam ir ao encontro de tantas tragédias simultâneas é preciso de mais recursos e, sobretudo, mais gente, melhor treinada.

É ofensivo perguntar àqueles que tudo perderam como é que estão se sentindo. Estão arrasados, é óbvio. O que deve ser mostrado é a dolorosa verdade: montes de eletrodomésticos cobertos de lama e filas de compradores de eletrodomésticos nas mega-liquidações de janeiro.

A VANGUARDA DO ATRASO

Observe-se, por exemplo, as escaramuças entre "lulistas" e "fernandistas", núcleos principais dos dois blocos políticos em que o Brasil parece inevitavelmente dividido.

Os dois lados parecem ignorar que o Programa Nacional de Direitos Humanos é um dos muitos pontos em comum entre a agenda petista e a dos tucanos.

Na verdade, a maior parte dos temas que estão englobados na proposta foi organizada no governo do PSDB, como parte da ambição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por dar ao Brasil uma face mais moderna, à maneira européia.

Somente nesta terça-feira, quando as posições já se radicalizaram pela desinformação, os jornais observam as semelhanças entre a proposta do governo do PSDB e a do governo atual.

No que se refere à questão do julgamento dos militares que praticaram torturas e assassinatos durante a ditadura e no período da redemocratização, por exemplo, quase escapa do conhecimento dos leitores o fato de que é a Ordem dos Advogados do Brasil, e não uma associação de terroristas, que defende a punição dos criminosos em qualquer época, independentemente de ter havido uma lei de anistia.

Honrando o saber jurídico vigente no mundo civilizado, a OAB quer que a tortura seja considerada crime sem prescrição.

Assim também acontece com a maior parte dos outros temas contemplados no decreto.

Há evidências de que o texto original sofreu alterações, e essas distorções estão sendo corrigidas.

De qualquer maneira, a proposta inteira tem que ser transformada em projetos que serão levados ao Congresso Nacional para serem votados ao longo dos próximos meses. Com a má vontade que caracteriza a maioria dos congressistas quando não há vantagens em jogo. Para eles.

O projeto da descriminalização do aborto, como lembra a Folha de S.Paulo, está travado no Congresso desde 1991.

Ao limitar o entendimento da sociedade sobre o que está sendo proposto, a imprensa tradicional reveste de um caráter revolucionário e controverso uma proposta que não faz mais do que equiparar a legislação brasileira ao resto do mundo contemporâneo.

Se o Brasil quer e pode ser uma potência econômica, também tem que dar o passo no sentido de modernizar as regras de convivência social, no que se refere ao direito das mulheres de dispor sobre seu próprio corpo, ao direito à defesa de suspeitos sem coação e tortura, ao direito de agricultores sem terra de pleitear políticas de gestão territorial mais eficientes, e assim por diante.

O resto é desinformação, que só ajuda os vanguardistas do atraso.

 

HORIZONTINA TERÁ A PARTIR DE FEVEREIRO, UMA FÁBRICA DE CALÇADOS




A Doublexx Industria de Calçados Ltda confirmou a instalação de uma fábrica em Horizontina. A empresa tem sua matriz em Estância Velha e unidades em Humaitá com 330 funcionários e Boa Vista do Buricá com 380 pessoas trabalhando. Na última sexta feira dia 8 de janeiro, os Diretores da empresa estiveram em Horizontina visitando o Pavilhão junto ao Parque Municipal de Eventos, que irá abrigar a empresa neste primeiro momento, até que seja construído um novo pavilhão no Distrito Industrial II. O Diretor Proprietário da Empresa, Celso Silveira Rodrigues afirmou que a expectativa é da geração de cerca de 250 a 300 empregos num primeiro momento no município. O Governo Municipal vai disponibilizar a estrutura necessária para a empresa, um pavilhão de 1.400 metros quadrados no parque de eventos, até a construção de um junto ao Distrito Industrial, além do transporte dos funcionários até o parque. A seleção das pessoas para trabalhar na empresa será feita por uma equipe de Boa Vista do Buricá, que virá ao município, sendo que no município as inscrições serão feitas no SINE. A Doublexx produz sapatos femininos para exportação. Em Horizontina a empresa estará voltada no primeiro momento a mão de obra feminina. No inicio de fevereiro deve iniciar os trabalhos de instalação das linhas de produção. O Secretário Municipal da Industria, Comércio e Turismo Carlos Berwian, artífice da conquista,destacou que esta notícia é muito importante para a comunidade Horizontinense, uma vez que vem coroar um ano de muito trabalho no sentido de recuperar vagas de emprego e renda, perdidos nos últimos anos.

SMEC FECHA O ANO COM BOM DESEMPENHO.

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Horizontina no primeiro ano do atual Governo realizou diversas atividades. Segundo a Secretária Eloisa Freddo Dürks, no início do ano, houve a posse das direções das Escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental e reunião de planejamento com as Direções das escolas da rede municipal.

concluímos o ano com muitas realização, mesmo enfrentando adversidades, como alteração no calendário escolar, redução do orçamento, tendo um fechamento do ano de 2009 menor que o orçamento de 2008, a falta de vagas na Educação Infantil, sendo que estas serão sanadas neste ano de 2010 com a previsão de ampliação no espaço físico, uma vez que se projeta a transferência da Secretaria de Ação Social, com este espaço ficando disponível para a Escola de Educação Infantil Adelaide Ambros.

Agradecemos o trabalho de toda a equipe da SMEC, das Escolas, através de professores, funcionários, alunos, pais e ACPMs, Conselhos de Educação, FUNDEB, Merenda Escolar e todos que estiveram envolvidas e prestaram sua contribuição para que a Educação de Horizontina continue sendo uma educação de qualidade.


 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A FRUTA NUNCA CAI LONGE DO TRONCO



Ontem, dia 7 de janeiro de 2010. a noite na PUC, na solenidade de sua formatura, Juliana Meurer, filha de Lili e Clovis Meurer,dos 3 destaques/prêmios entregues pela Faculdade, Conselho e Universidade, Juliana "papou" todos: Distinção Acadêmica (melhor aluna de todo curso); Mérito Acadêmico (melhor pontuação nos trabalhos de conclusão); e, principalmente LAUREA ACADÊMICA (todas notas individuais, média de notas e índice geral de todo curso acima de grau 8,5, com destaques vários), outorgada pela primeira vez a uma aluna de Comércio Internacional/Administração de Empresas. À Juliana Meurer, os parabéns de seus familiares e amigos pela conquista.